Justiça em Foco : 25 anos de Constituição: Professor diz que sociedade brasileira 'não tem cultura constitucional' por Cláudia Cardozo
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Enviado por alexandre em 05/10/2013 18:41:01 |
 Professor Manoel Jorge Neto | Foto: Tiago Melo/ Bahia NoticiasPromulgada no dia 5 de outubro de 1988, a Constituição Federal inaugurou uma nova era de direitos e liberdades no Brasil. Ao deixar de lado o documento de 1967, criado em tempos de ditadura militar no país, a nova Constituição coloca a dignidade da pessoa humana como eixo central no Estado democrático de direitos. Ao Bahia Notícias, o professor de Direito Constitucional Manoel Jorge Neto afirmou que a Carta Magna é um texto “primoroso, belíssimo, que consagra a proteção de direitos fundamentais importantíssimos” e que ela precisa “ser simplesmente realizada, efetivada”. O professor se diz totalmente contrário a “qualquer iniciativa que se destine a alterar a Constituição” e acredita que, para o texto sair do papel, “basta que realize o programa constitucional”. Após 25 anos de promulgação, o professor se considera forçado a concluir que o regramento soberano brasileiro foi realizado em “um nível muito baixo”. Para Manoel Jorge, só há uma forma de implementar o texto constitucional: “através da conscientização do povo brasileiro de que essa efetivação do Direito e do texto é a própria condição de melhoria da vida de cada um de nós”.  Luiz Viana | Foto: Angelino de Jesus/OAB-BA Neto do senador constituinte Luiz Viana Filho, o presidente da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), Luiz Viana Queiroz, ressaltou ao BN o nome de Constituição Cidadã, dado à Carta Magna pelo ex-deputado federal Ulysses Guimarães, que presidiu a Assembleia Constituinte. “Tudo gira em torno desse principio máximo, de proteger as pessoas e de proteger a dignidade das pessoas”, lembrou, ao explicar que, pela primeira vez na história do Brasil, a dignidade da pessoa humana foi colocada no centro condutor de todo o texto constitucional. Para o presidente da Ordem baiana, os 25 anos do documento “têm cumprido um papel fundamental de estabilidade política”, apesar de suas imperfeições. “Somente no Segundo Império é que tivemos maior período de estabilidade que temos”, lembrou. Segundo Viana, o texto constitucional “criou instituições que permitem enfrentar as crises”, ao citar problemas financeiros do Estado e o impeachment do ex-presidente Fernando Collor.  Desde a sua promulgação, o documento já recebeu 74 emendas e ainda tramitam no Congresso Nacional mais de 1,7 mil Projetos de Emendas Constitucional (PECs). Enquanto o presidente da OAB-BA considera que algumas emendas ao texto são contrárias ao espírito constituinte, como a redução de direitos dos aposentados, dos servidores públicos e das empresas nacionais, o professor Manoel Jorge Neto diz que é inadmissível que a Carta Magna seja retalhada sistematicamente, e que a existência de muitas emendas aponta que o Brasil não tem uma “cultura constitucional” porque não há uma “cultura democrática”, já que o país tem 513 anos de história formal e apenas 80 de democracia. “São 430 anos de autocracia, tirania e despotismos”, opinou, ao destacar que a Constituição é um texto com pretensão de perenidade, mas que não é imutável – e que, por isso, se adapta à realidade social, econômica e política, que se transforma com o passar dos tempos. “À medida em que não temos vivência democrática, nós também não temos respeito à Constituição”, completou. O professor ressalta que o texto de 1988 garante uma sociedade menos desigual, fraterna, pluralista, com a tolerância e o respeito ao interesse coletivo, mas que o Brasil só experimentará uma cultura constitucional quando houver um “despertar da consciência, de uma visão voltada para o coletivo”. |
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Justiça em Foco : Telexfree pode perder hotel em que já investiu R$ 15,8 milhões
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Enviado por alexandre em 05/10/2013 18:39:15 |
 Foto: ReproduçãoA Telexfree pode perder alguns milhões de reais em um investimento que fez em um hotel em construção no Rio de Janeiro. A empresa, cujas contas foram bloqueadas há 108 dias, deve quatro parcelas à incorporadora do empreendimento, o que permite a rescisão do contrato. O assunto tem sido discutido pelo departamento jurídico da credora, a Tijuca Design Hotel SPE. Caso não consiga manter os pagamentos em dia, a Telexfree ficará sem parte dos R$ 15,8 milhões que alega já ter pago à empresa, uma vez que o contrato prevê apenas ressarcimento parcial em caso de rompimento. Segundo informações dadas pelos advogados da Telexfree à Justiça do Acre, a Ympactus (razão social da Telexfree no Brasil) comprou em outubro de 2012 todas as cotas do Hotel Design Tijuca, que seria construído pela Tijuca Design Hotel SPE no Rio de Janeiro. O negócio foi fechado por R$ 32,25 milhões, dos quais R$ 22 milhões deveriam ser pagos em 24 parcelas de cerca de R$ 900 mil. Em junho, entretanto, as contas da Telexfree e de seus sócios foram bloqueadas a pedido do Ministério Público do Acre (MP-AC), que acusa a companhia de ser uma pirâmide financeira com cerca de 1 milhão de membros. Com informações do IG. |
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Justiça em Foco : Menino de dois anos passa por cirurgia para retirar irmão gêmeo da barriga
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Enviado por alexandre em 04/10/2013 01:52:39 |
Um menino de dois anos passou por uma cirurgia para retirar o feto do seu irmão gêmeo que estava dentro de seu estômago. O caso aconteceu na cidade de Huaxi, na China. A criança, chamada Xiao Feng, foi levada ao hospital após seu estômago ter ficado tão dilatado que começou a provocar dificuldades respiratórias. O menino foi levado às pressas para fazer uma cirurgia após exames detectarem a presença do feto no estômago. O gêmeo parasita media 20 centímetros de largura e tinha coluna completamente formada e membros, com dedos das mãos e dos pés. Gêmeos siameses podem sobreviver como 'parasitas', mas não quando um dos irmãos absorve o outro. Informações do Daily Mail. |
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Justiça em Foco : Professor de Direito libera consulta à Constituição a alunos com camisa do Bahia
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Enviado por alexandre em 04/10/2013 01:50:00 |
 Foto: Carlos Eduardo O professor de Direito Constitucional e vice-presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Feira de Santana, Carlos Eduardo Guimarães, colocou uma condição um tanto quanto atípica aos seus alunos para poderem consultar a Constituição Federal durante uma prova: vestir a camisa do Bahia em sala de aula. Os estudantes do quarto semestre do curso de Direito da Faculdade Anisio Teixeira aceitaram a proposta lançada pelo professor-tricolor. O resultado foi uma sala repleta de graduandos com o “manto sagrado do Baêa”. A prova foi aplicada na noite desta segunda-feira (30). De acordo com Carlos Eduardo, ele é professor da turma desde o segundo semestre e esse será o último período em que lecionará para os educandos. “Eles pediram que eu liberasse a consulta à Constituição, como esse é o nosso último semestre juntos, disse que só permitiria se eles me dessem uma contrapartida: que queria a presença de todos os alunos com a camisa do Bahia”, afirma. De acordo com o acadêmico, havia torcedores de muitos times como Vitória, Flamengo, Botafogo, Fluminense de Feira vestindo a camisa tricolor. “Eu entendi como uma homenagem, já que todos eles sabem que sou torcedor do Bahia”, analisa. Para Carlos Eduardo, a contrapartida foi algo "bacana", “que mostra que o processo educacional deve ser lúdico, que atinja questões gerais da sociedade”. Além disso, ele destaca que o futebol, junto com a educação, pode quebrar diversas barreiras, ainda mais em tempos em que se vê as torcidas cada vez mais violentas. “Em um processo de educação bacana, as rivalidades foram deixadas de lado. O futebol é alegria, e a comunhão do esporte com a educação é valioso”, analisou. Sobre a resultado da prova, o professor diz que ainda não corrigiu a avaliação, mas que a turma sempre teve bons resultados. “Eles serão excelentes profissionais no futuro”, finaliza. |
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Justiça em Foco : "Não acredito nessa pesquisa', diz Maria da Penha sobre lei não reduzir mortes de mulheres
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Enviado por alexandre em 04/10/2013 01:43:23 |
Por Niassa Jamena  Fotos: Niassa Jamena/ Bahia Notícias A ativista pelo fim da violência contra a mulher, Maria da Penha Maia Fernandes, afirmou, nesta terça-feira (1º), que não acredita no estudo divulgado na última quarta-feira (24) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que atesta a não diminuição do feminicídio – morte de mulheres por agressão dos seus companheiros – mesmo após sete anos de a lei, que leva o seu nome, ter entrado em vigor. “Eu não acredito nessa pesquisa. Se a gente pensar que até o ano passado ainda não existia o juizado para a mulher e que durante esses sete anos as coisas só foram mais efetivas nas capitais, e ainda assim com muita dificuldade, não podemos dizer que a lei não funcionou”, refletiu. “Os gestores públicos não se preocupavam com a lei e muitos até hoje não se preocupam. Se essas mulheres não têm para onde ir, elas vão ficar com o agressor”, completou. A declaração foi feita no lançamento da campanha “Compromisso e Atitude Lei Maria da Penha” na Bahia, realizada na sede do Ministério Público estadual (MP-BA). O programa do governo federal objetiva conseguir a aplicação mais efetiva da lei para diminuir a impunidade dos agressores. Maria da Penha defendeu a necessidade de uma melhor preparação dos policiais para lidar com situações de agressão doméstica. “Se a denunciante não tem a certeza de que vai ser protegida, é melhor não denunciar. Nossos policiais têm que ser capacitados. Quando um policial prende um agressor, os outros se sentem mais coibidos para continuar cometendo as violências”, afirmou. A vice-prefeita Célia Sacramento em discurso Durante o evento, a militante, que ficou paraplégica devido a um tiro disparado pelo seu ex-marido, ministrou a palestra “Sobrevivi. Posso contar”, em que relata todo o ciclo de violência doméstica a que esteve submetida e como conseguiu levar o seu agressor a julgamento. O ex-esposo de Maria da Penha, o colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, já negou em entrevistas à imprensa todas as acusações. Apesar de falar bastante das dificuldades que as mulheres, principalmente as do interior e municípios menores, encontram ao tentar denunciar um companheiro violento, Maria da Penha diz que nas delegacias especializadas há grandes avanços. “Em relação ao juizado da mulher, a tramitação não é tão lenta assim. Na maioria dos casos, as pessoas estão nesses locais por afinidade com a causa e por isso as coisas funcionam. Há uma interferência pessoal para que haja uma maior agilidade”, considerou. Questionada sobre o perfil das pessoas mais vitimadas pela violência doméstica – negras, nordestinas e de baixa escolaridade – a ativista fez questão de destacar que os casos acontecem em todas as classes sociais. “Geralmente as pessoas de renda mais baixa são as pessoas de cor negra, mas isso não quer dizer que só haja mulheres negras sofrendo violência doméstica. Mulheres brancas também sofrem violência em suas comunidades. Na alta sociedade, ou negra ou branca, também acontece, só não tem essa visibilidade tão grande para a imprensa. Elas têm seus advogados e conseguem resolver de uma maneira que não se exponham”, ponderou. Marta Veloso e a promotora Márcia Teixeira A vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento (PV), realizou um pronunciamento no início do evento e falou da importância de as mulheres violentadas romperem o silêncio. “Nós não podemos ficar caladas. Temos que ir à luta como a Maria da Penha foi. Eu me preocupo muito com as mulheres das classes mais baixas. Na periferia todo mundo sabe [da agressão] porque a parede é meia. Nas classes mais altas você só descobre quando a mulher aparece com o olho roxo, mas a violência está em todas as classes”, concluiu, ao defender ainda políticas públicas para o segmento LGBT. Também estiveram presentes no lançamento da campanha a representante da Secretaria Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres da Presidência da República, Marta Veloso de Menezes, que apresentou a iniciativa, as deputadas estaduais Luiza Maia (PT) e Neusa Cadore (PT) e a coordenadora do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher do MP (Gedem), a promotora de Justiça Márcia Teixeira. |
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