Robert Francis Prevost, o papa Leão XIV, durante discurso na Basílica de São Pedro. Foto: Reprodução
Neste sábado (10), o papa Leão XIV explicou que sua escolha pelo nome papal foi motivada por seu compromisso com as questões sociais, especialmente diante dos desafios impostos pela nova revolução industrial e pela inteligência artificial. A declaração ocorreu durante um encontro com cardeais.
As palavras do novo líder da Igreja Católica, o primeiro papa proveniente dos Estados Unidos, têm sido acompanhadas de perto desde sua eleição na última quinta-feira.
Em seu discurso ao Colégio Cardinalício, o pontífice esclareceu que a escolha de seu nome papal reflete seu alinhamento com as causas sociais promovidas por Leão XIII, que no século XIX foi um ardente defensor dos direitos dos trabalhadores.
O papa Leão XIII ocupou o posto entre 1878 e 1903, por 25 anos. Foto: Reprodução
“Considerei adotar o nome de Leão XIV. Há várias razões, mas a principal é que o papa Leão XIII, com a histórica encíclica Rerum Novarum, abordou a questão social no contexto da primeira grande revolução industrial”, afirmou o papa de 69 anos.
“Hoje, a Igreja oferece a todos seu patrimônio de doutrina social para responder a mais uma revolução industrial e aos desenvolvimentos da inteligência artificial, que colocam novos desafios na defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho”, disse ele.
O papa também afirmou que continuará o estilo de trabalho de Francisco, com “dedicação total ao serviço”, destacando que ser pontífice significa ser “um humilde servo de Deus e dos irmãos, e nada mais”.
Ilze Scamparini diz que novo papa negou desejo de Francisco; saiba qual
A correspondente da Globo em Roma e especialista nos bastidores do Vaticano, Ilze Scamparini, revelou no Jornal Hoje da última quinta-feira (8) que o Papa Leão XIV já começou seu pontificado contrariando um desejo de seu antecessor, o Papa Francisco.
“Um desejo do papa Francisco ele já não satisfez, porque o papa Francisco por duas vezes se referiu ao sucessor dele como João 24. Ele preferiu Leão XIV. Vamos ver o que isso vai significar”, provocou Ilze em conversa ao vivo com César Tralli.
Quando questionada pelo âncora sobre o significado do nome escolhido e o que ele poderia representar, a correspondente preferiu não se aprofundar. “Olha, eu acho que a gente vai ter que esperar um pouquinho para entender, vamos ver o que ele vai propor”, desconversou ela.
Apesar de a escolha sugerir um afastamento de alguns desejos de Francisco, o novo pontífice parece disposto a manter a linha de seu antecessor, enfatizando a palavra “sinodal” em seu discurso de posse. Isso indica uma continuidade com o estilo de governo de Francisco.
Josias Bezerra Menezes, 41 anos, conhecido como “Senhor das Armas”, “Oclinhos” ou simplesmente “Pastor”, tornou-se o elo vital entre o Comando Vermelho (CV) e o Bando do Magrelo, facção nascida em Rio Claro que disputa território com o PCC no interior de São Paulo. Foragido e protegido no Complexo da Maré, no Rio, ele coordena a venda de armamento pesado ao CV e autoriza execuções, segundo inquérito da DIG de Limeira.
A ficha de Josias revela ascensão meteórica no crime: preso em flagrante em 2018 na Via Dutra com sete fuzis, pistolas e 510 munições, foi condenado a quatro anos e meio, mas recuperou a liberdade em janeiro de 2023 e retomou as operações. Interceptações telefônicas mostram o ex-pastor ordenando mortes ao cabo PM Carlos Alexandre dos Santos e ao GCM Denis Davi, integrantes de uma célula que prestava serviços ao CV; ambos foram presos na Operação Hitman.
Em novembro passado, o grupo roubou um arsenal de um instrutor de tiro — sogro de Denis Davi — e negociou o lote por WhatsApp: fuzis 5,56 mm e 7,62 mm, espingardas calibre 12 e metralhadoras ponto 40. O objetivo era fortalecer a facção fluminense e assumir a estratégica “Rota Caipira”, corredor de armas e cocaína que liga Bolívia e Colômbia ao interior paulista.
A ofensiva expôs a infiltração de policiais e guardas municipais no crime organizado: três GCMs foram afastados em Araras e a PM paulista prendeu um de seus próprios integrantes. Enquanto isso, Josias permanece escondido, chancelando execuções e ampliando o alcance do Comando Vermelho — um alerta de que a guerra pelo controle do interior paulista está longe do fim.
A ação representa mais um importante avanço no combate à impunidade e à violência
Por PC/RO
Nesta sexta-feira (09), a Polícia Civil do Estado de Rondônia, por meio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), em ação conjunta com as Polícias Civis dos estados do Acre e do Mato Grosso, prendeu E. L. de S. S., foragido da Justiça pelos crimes de estupro, homicídio e maus-tratos.
A prisão é resultado da integração entre as forças policiais interestaduais, que atuaram de forma estratégica para localizar e capturar o suspeito. E. L. de S. S., estava com mandados judiciais em aberto.
A ação representa mais um importante avanço no combate à impunidade e à violência, destacando o comprometimento das Polícias Civis envolvidas com a proteção da sociedade e a aplicação da justiça.
Ajude a combater o crime. Denuncie anonimamente: Disque 197 – Polícia Civil Sigilo absoluto garantido
Ação provocou um prejuízo de R$ 3,2 milhões às facções criminosas
Por PRF/MT
O Grupo Especial de Fronteira (Gefron) apreendeu, na madrugada de ontem (sexta-feira, 9), uma carga de 105 quilos de pasta base de cocaína na carroceria de um caminhão, em Cáceres, cidade de Mato Grosso a 217 km de Cuiabá.
O motorista foi preso em flagrante por tráfico de entorpecentes. Com a apreensão da droga e do caminhão, a ação provocou um prejuízo de R$ 3,2 milhões às facções criminosas que seria responsável pelo tráfico.
A apreensão ocorreu depois que o Gefron recebeu informações, da polícia do Estado de Goiás, de que uma carreta de transporte de grãos saiu de Ji-Paraná, segunda maior cidade de Rondônia, na região central do Estado, e estaria levando uma carga de entorpecente para Brasília.
Após montar uma operação de monitoramento, os policiais do Gefron identificaram e abordaram o veículo suspeito. Os tabletes foram encontrados escondidos na carroceria da carreta. Para retirada do entorpecente, os operadores de fronteira utilizaram uma serra para fazer o corte de abertura da carroceria.
O motorista do veículo recebeu voz de prisão e foi encaminhado à delegacia da Polícia Federal juntamente com a droga para pro
Mesmo com apoio declarado de Bolsonaro e favoritismo nas pesquisas, senador pode enfrentar em 2026 o mesmo cenário de 2022, caso um nome competitivo de centro aglutine o eleitorado moderado e anti-radical As informações são do site Rondônia Dinâmica. Marcos Rogério larga na frente. Mas será que cruza a linha de chegada em primeiro?
Se as eleições para o governo de Rondônia fossem hoje, o senador Marcos Rogério (PL) entraria na disputa como o nome a ser batido. As pesquisas indicam sua força, sua base bolsonarista permanece mobilizada, e ele agora tem algo que não teve com tanta clareza em 2022: a benção direta de Jair Bolsonaro. O ex-presidente já declarou que o senador é seu pré-candidato no estado, algo que não fez de forma objetiva no último pleito — quando sinalizava simpatia tanto por Rogério quanto pelo então governador Marcos Rocha.
Além disso, o próprio Rogério parece ter aprendido com os erros do passado. Em recente entrevista, fez uma autocrítica pública: “Faltou maturidade, traquejo político, habilidade”, disse, referindo-se à derrota no segundo turno de 2022. Ou seja, não apenas manteve seu capital político como também indica disposição para ajustar a rota.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Com isso, a candidatura se apresenta, até aqui, como robusta, enraizada e antecipadamente polarizada. Mas a história eleitoral recente de Rondônia ensina que isso, por si só, não garante a vitória. Em 2022, Rogério também era visto como favorito e chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Marcos Rocha — um candidato que conseguiu furar a bolha bolsonarista e atrair eleitores mais moderados, incluindo os da esquerda, que diante de duas opções conservadoras, optaram pelo que consideraram o “menos bolsonarista”.
O que aconteceria, então, se em 2026 surgir um nome capaz de repetir essa fórmula? Um perfil de centro, com apelo à moderação e capacidade de atrair apoios amplos — da esquerda ao centro-direita? Há especulações, bastidores movimentados e nomes em análise, mas ainda é cedo para saber quem, de fato, se colocará com essa proposta.
Entre os nomes ventilados, destaca-se o do senador Confúcio Moura (MDB). Experiente, avesso a radicalismos e com bom trânsito em vários espectros ideológicos, Confúcio foi citado pelo próprio Rogério como alguém que dialoga com a esquerda, o centro e parte da direita moderada. Isso não faz dele necessariamente um candidato, tampouco o único nome com potencial de agregação — mas reforça a ideia de que uma alternativa competitiva ao bolsonarismo puro pode novamente atrair um leque mais amplo de eleitores.
Além dele, há movimentações de outros possíveis concorrentes: Sérgio Gonçalves, que deve assumir o governo com a saída de Marcos Rocha rumo ao Senado; Adailton Fúria, prefeito reeleito de Cacoal, apontado como plano B do grupo de Ivo Cassol; Hildon Chaves, ex-prefeito de Porto Velho que precisa resolver sua situação partidária; Fernando Máximo, que flerta com o Senado com apoio bolsonarista; e Lúcio Mosquini, que já manifestou desejo de disputar o governo, mesmo que isso signifique sair do MDB.
Diante desse cenário, a pergunta se impõe: o que Marcos Rogério fará para não reviver 2022? A base bolsonarista pode levá-lo até o segundo turno. Mas para vencer, será preciso ir além. Dialogar com os setores que não querem um governo ideológico, mas sim pragmático. Mostrar maturidade, como ele mesmo reconheceu que faltou.