(1) 2 3 4 ... 1152 »
Brasil : Comando de Fronteira Solimões/8º BIS lidera operação estratégica na Terra Indígena Vale do Javari
Enviado por alexandre em 09/05/2025 00:50:21


O Comando de Fronteira Solimões/8º Batalhão de Infantaria de Selva (8º BIS) conduziu uma operação integrada de grande relevância estratégica na Terra Indígena Vale do Javari, situada em uma das regiões mais remotas da Amazônia. A ação contou com a cooperação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e da Polícia Militar do Estado do Amazonas, reafirmando a presença do Estado Brasileiro na faixa de fronteira e fortalecendo a proteção aos povos originários.

Com base operacional instalada na região dos rios Ituí e Itaquaí, a atividade conjunta teve como foco a dissuasão de práticas ilícitas, o reforço da segurança local e o amparo institucional a uma das áreas de maior sensibilidade geopolítica do país. A Terra Indígena Vale do Javari, com uma área de 85.445 km² — maior que a Áustria — abriga 6.317 indígenas aldeados de 26 etnias, além de mais de 2.000 indígenas isolados, constituindo a maior concentração de povos não contatados do planeta.

A atuação do Comando de Fronteira Solimões/8º BIS representa o compromisso permanente com a defesa da soberania nacional, a preservação ambiental e a proteção dos povos indígenas. A operação interagências evidencia a importância da cooperação entre diferentes instituições para que a lei e a ordem cheguem aos pontos mais isolados da Amazônia, promovendo estabilidade, dissuasão de ilícitos e garantia dos interesses estratégicos do Brasil.

Comando Militar da Amazônia celebra o Dia das Comunicações com homenagem ao legado de Rondon


Manaus (AM) – O Comando Militar da Amazônia (CMA) celebrou, no dia 7 de maio, o Dia da Arma de Comunicações com uma formatura alusiva, realizada pelo 1º Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica de Selva (1º B Com GE Sl), em Manaus. A cerimônia destacou o papel estratégico da Arma e homenageou seu Patrono, o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, referência nacional em integração territorial e respeito aos povos originários.
A solenidade foi presidida pelo Comandante da 12ª Região Militar, General Alvarenga, e contou com a presença de autoridades civis e militares, além de familiares do Marechal Rondon: o Coronel de Comunicações Veterano Benjamin Acioli Rondon, o Sr. Sergio Ricardo Nunes Rondon, e o Major PMAM Diego Sid Pinto Rondon.
Durante a cerimônia, foi lida a Ordem do Dia alusiva à data, pelo Comandante do 1º B Com GE Sl, Tenente-Coronel Regueira. Em seguida, a tropa desfilou em continência ao Comandante da 12ª Região Militar.
A celebração relembrou a trajetória do Marechal Rondon, que liderou expedições em áreas inexploradas da Amazônia e instalou mais de dois mil quilômetros de linhas telegráficas, integrando regiões remotas ao restante do país. Seu lema “Morrer se preciso for, matar nunca” imortalizou seu espírito pacifista e o fez ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz, em 1957.
Criada em 1956, a Arma de Comunicações é conhecida como a “Arma do Comando”, por garantir, em todos os níveis, a ligação entre os chefes militares e as tropas em operação. Sua atuação vai além do campo de batalha, abrangendo hoje missões cibernéticas, controle do espectro eletromagnético e apoio a grandes eventos e operações de Garantia da Lei e da Ordem.
Na Amazônia, onde os desafios geográficos e logísticos exigem inovação permanente, os comunicantes mantêm vivo o legado de Rondon, enfrentando com coragem e competência os desafios das Operações Multidomínio e da era digital.

Dia da Vitória: 80 anos depois, o Brasil reverencia seus heróis da liberdade Heróis sempre lembrados


Há exatos 80 anos, em 8 de maio de 1945, a Europa calava seus canhões e celebrava o fim de um dos capítulos mais sombrios da história humana. Para o Brasil, essa data vai além da memória global: ela exalta a bravura de nossos soldados e eterniza a Força Expedicionária Brasileira (FEB) como um dos mais nobres símbolos de coragem, sacrifício e amor à pátria — um legado que inspira gerações e honra a história do nosso país.

A vitória que uniu nações e imortalizou brasileiros

O Dia da Vitória, celebrado mundialmente neste 8 de maio, representa a rendição incondicional das forças do Eixo aos Aliados e o fim oficial da Segunda Guerra Mundial na Europa. A data é lembrada como tributo ao esforço militar e à resistência democrática. No Brasil, é também o momento de honrar os 25 mil combatentes da FEB, que levaram o nome da pátria aos campos de batalha italianos e regressaram como heróis da liberdade.

Da neutralidade ao combate: quando o Brasil respondeu ao chamado da história

Inicialmente neutro, o Brasil entrou no conflito após ataques a seus navios mercantes por submarinos nazifascistas. Em resposta, formou a Força Expedicionária Brasileira — um feito sem precedentes em sua história militar. Integrada ao 5º Exército dos Estados Unidos, a FEB atuou com destaque em batalhas decisivas como Monte Castello, Montese e Fornovo di Taro, consolidando-se como um dos símbolos mais fortes do papel do país na luta contra o totalitarismo.

O Dia da Vitória e a profissão militar: um elo que transcende o tempo

O 8 de Maio não apenas relembra a vitória militar. Ele ressalta o que há de mais autêntico na profissão militar: a entrega total à missão, o enfrentamento do perigo em nome da coletividade, e a vivência de valores que formam o caráter das Forças Armadas. Nas dificuldades da guerra, os soldados brasileiros demonstraram que o serviço à pátria é uma vocação marcada por coragem, resiliência e profundo senso de dever — qualidades que seguem vivas no Exército Brasileiro contemporâneo.

2025: o Brasil celebra, recorda e se compromete

Neste ano em que a FEB completa 80 anos de sua criação, o Dia da Vitória adquire um brilho ainda mais intenso. É a ocasião de agradecer aos veteranos, reverenciar os que tombaram e renovar o compromisso do Exército Brasileiro com seus valores fundadores. Mais que uma efeméride, o 8 de maio é um lembrete da responsabilidade que o presente carrega em preservar os ideais conquistados com tanto sangue e sacrifício.

O Dia da Vitória é mais do que uma data histórica — é um pacto eterno com a liberdade. E o Exército Brasileiro, fiel ao legado da FEB, segue de cabeça erguida entre as instituições nacionais que se sacrificam pela paz, pela justiça e pela dignidade humana.



Brasil : Brasil tem 57 milhões de pessoas em cidades com baixo desenvolvimento
Enviado por alexandre em 09/05/2025 00:44:20

Saneamento básico
Rio poluído: cidade em situação crítica em desenvolvimento urbano (Foto: Carolina Gonçalves/ Agência Brasil)
Por Vitor Abdala, da Agência Brasil

RTO DE JANEIRO – Estudo divulgado nesta quinta-feira (8) pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) mostra que 47,3% dos municípios do país tinham Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) baixo ou crítico, em 2023. São 57 milhões de pessoas que vivem nesses locais, de acordo com o levantamento.

A pesquisa mostra que 4,5% dos municípios tinham IFDM crítico e 42,8%, IFDM baixo. Por outro lado, 48,1% tinham IFDM moderado e 4,6%, IFDM alto. 

A mesma pesquisa mostra, no entanto, que, em uma década, houve melhora no índice de desenvolvimento humano municipal do país. Em 2013, 36% dos municípios estavam na categoria de IFDM crítico e 41,4% em IFDM baixo, que reuniam, juntos, 103,8 milhões de habitantes. Aqueles com IFDM moderado eram 22,4% e aqueles com IFDM alto, 0,2%.

Para calcular o IFDM, o estudo leva em consideração indicadores de emprego e renda, saúde e educação em cada município brasileiro. A pontuação varia de 0,000 a 1,000.

Os critérios, portanto, são diferentes do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) calculado pela Organização das Nações Unidas e divulgado na terça-feira (6).

A Firjan considera indicadores como mercado de trabalho formal, Produto Interno Bruto (PIB) per capita, diversidade econômica, taxa de pobreza, educação integral, abandono escolar, educação infantil, formação docente, gravidez na adolescência, óbitos infantis, cobertura vacinal, internações sensíveis à atenção básica e ao saneamento inadequado, entre outros.

É considerado IFDM crítico aquele município que pontua menos de 0,400. Uma pontuação entre 0,400 e 0,599 é considerado IFDM baixo. De 0,600 a 0,799 o IFDM é classificado como moderado. Já municípios com 0,800 ou mais entram na categoria de IFDM alto.

A média do IFDM do país subiu de 0,4674 em 2013 para 0,6067 em 2023, um aumento de 29,8%. Nesse período, 5.495 dos municípios brasileiros (99% do total) tiveram melhora no índice. 


Os municípios com até 20 mil habitantes, segundo a pesquisa, apresentaram um crescimento mais acelerado em comparação com as cidades com mais de 100 mil habitantes

O indicador de educação foi o que mais evoluiu nesses dez anos, com um avanço de 52,1%. Mesmo com a melhoria geral da situação do IFDM, 55 municípios apresentaram retrocesso. 

Além disso, o economista-chefe da Firjan, Jonathas Goulart, destaca que ainda há muitos municípios com índice baixo ou crítico.

“Se a gente pegar o padrão de desenvolvimento desses municípios com desenvolvimento crítico apresentado de 2013 a 2023 e projetar para saber em quanto tempo eles vão chegar no nível de desenvolvimento dos municípios com alto desenvolvimento, a gente percebeu que esses municípios com nível de desenvolvimento crítico só vão chegar no padrão das cidades com alto desenvolvimento em 2046”.

“Então a gente pode falar que os municípios menos desenvolvidos estão com 23 anos de atraso em relação aos municípios com alto desenvolvimento. Aqui a gente já começa a perceber que existe uma discrepância muito grande, são dois países completamente diferentes. Apesar de a gente ter um país que é regido pela mesma Constituição e dentro de um mesmo regime político”.

A pesquisa mostrou que a maior parte dos municípios com IFDM crítico ou baixo estão nas regiões Norte e Nordeste. Juntas, as duas regiões contabilizam 87% de seus municípios nessa faixa de IFDM.

Os 14 estados com maior percentual de municípios com desenvolvimento baixo ou crítico estão nessas regiões. No Amapá, 100% dos municípios estão nessa situação. 

Em seguida, aparecem Maranhão (77,6%), Pará (72,4%) e Bahia (70,5%). Rondônia e Ceará apresentam situação melhor, com percentuais de 26% e 29,1%, respectivamente.

Por outro lado, Sul, Sudeste e Centro-Oeste possuem, em conjunto, apenas cerca de 20% de seus municípios nessa situação. 

Em São Paulo, o percentual é de apenas 0,3%. O Rio de Janeiro é o pior estado dessas três regiões, com um percentual de 31,8% (acima de Rondônia e Ceará).

Municípios

Os dez municípios com os maiores IFDM ficam em São Paulo ou no Paraná. A lista é liderada por Águas de São Pedro (0,8932), município paulista que tem economia voltada para o turismo. 

Em segundo lugar aparece São Caetano do Sul, também em São Paulo (0,8882). Em terceiro lugar, Curitiba é a capital mais bem posicionada, com 0,8855. 

Completam a lista dos dez melhores índices Maringá (PR), com 0,8814; Americana (SP), com 0,8813; Toledo (PR), com 0,8763; Marechal Cândido Rondon (PR), com 0,8751; São José do Rio Preto (SP), com 0,8750; Francisco Beltrão (PR), com 0,8742; e Indaiatuba (SP), com 0,8723.

Além de Curitiba, as capitais com melhores índices são São Paulo (0,8271), Vitória (0,8200), Campo Grande (0,8101) e Belo Horizonte (0,8063).

Na outra ponta, os dez municípios com piores índices ficam no Norte e Nordeste. A última colocação ficou com Ipixuna (AM), com 0,1485, seguido por Jenipapo dos Vieiras (MA), com 0,1583; Uiramutã (RR), com 0,1621; Jutaí (AM), com 0,1802; Santa Rosa do Purus (AC), com 0,1806; Oeiras do Pará (PA), com 0,2143; Fernando Falcão (MA), com 0,2161; Limoeiro do Ajuru (PA), com 0,2420; Melgaço (PA), com 0,2429; e Curralinho (PA), com 0,2431.

As cinco capitais com piores IFDM são Macapá (0,5662), Boa Vista (0,6319), Belém (0,6390), Salvador (0,6442) e Manaus (0,6555). Entre as capitais, apenas Florianópolis teve piora no IFDM, de 2013 para 2023. Fortaleza e Maceió tiveram os principais avanços no indicador, nesse período.

Brasil : Ibama multa 242 pessoas por incêndios criminosos em 2024
Enviado por alexandre em 09/05/2025 00:25:59

Queimadas no ano passado bateram recorde no país

Os incêndios florestais que devastaram mais de 30 milhões de hectares no país, ao longo do ano passado, foram causados, em grande medida, por atividades criminosas. É o que aponta o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que emitiu autuações contra centenas de pessoas.

 

"O Ibama identificou e está punindo 242 pessoas por conta desses grandes incêndios criminosos em 2024. Outros casos ainda estão sob análise. Esses 242 incluem multas e outras medidas administrativas que somam mais de R$ 460 milhões", afirmou nesta quinta-feira (8) o diretor de Proteção Ambiental da autarquia, Jair Schmitt, em coletiva de imprensa para apresentar dados sobre desmatamento e incêndios nos primeiros meses de 2025.

 

"Uma das ações que nós estamos fazendo em relação à prevenção é identificando áreas propriedades de maior risco desses incêndios e estamos fazendo notificações eletrônicas, notificações por edital, para que os proprietários adotem medidas e saibam que o Ibama está monitorando", acrescentou o diretor.

 

Veja também

 

Prefeitura de Manaus reforça importância do Bosque da Ciência para o turismo de natureza na capital

 

Decisão de Trump sobre mineração submarina acende alerta global

 

A autarquia ambiental também informou que está mantendo e ampliando a presença de equipes de patrulhamento em campo nas áreas mais críticas.

 

O volume de queimadas no ano passado superou em 79% o tamanho do território incendiado no ano anterior, equivalente a uma área do tamanho da Itália, segundo apurou o MapBiomas. O quadro foi agravado, na avaliação de técnicos do governo federal, pela seca extrema que afetou o país, especialmente na Região Norte.

 

"Foram dois anos seguidos de seca grave na Amazônia. Isso tem a ver com os efeitos das mudanças climáticas, o El Niño com o aquecimento do Atlântico Norte, seca na Amazônia, a floresta fica mais vulnerável, e aí os incêndios foram de magnitude muito maior", explicou o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, André Lima.

 

Já nos dados de 2025, segundo o secretário, se observa redução de até 70% nos focos de calor da Amazônia, entre janeiro e abril, e queda de mais de 90% dos focos de calor no Pantanal, os dois biomas mais castigados nos últimos anos.

 


 

Apesar da situação climática mais favorável, o governo verificou um aumento dos focos de desmatamento tanto na Amazônia quanto no Cerrado no último mês de abril, o que acendeu um alerta para adoção de medidas que possam reverter o cenário, que ainda é de redução dos indicadores, em termos acumulados.

 

Fonte: Agência Brasil

LEIA MAIS

Brasil : Maior felino das Américas, ótima nadadora e de família? Descubra 6 curiosidades sobre a onça-pintada
Enviado por alexandre em 07/05/2025 00:40:46



A onça-pintada (Panthera onca) é um ícone da biodiversidade sul-americana e uma das grandes representantes da fauna brasileira.

Ela é conhecida por muitos nomes: jaguar, onça-preta, jaguaretê, yaguareté. Mas, independentemente do título, a onça-pintada (Panthera onca) é um ícone da biodiversidade sul-americana e uma das grandes representantes da fauna brasileira. Presente na Amazônia, ela também habita outros biomas como o Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga.

Leia também: Onças pintadas são diferentes na Amazônia e no Pantanal

Para entender mais sobre esse felino enigmático, o Portal Amazônia conversou com o biólogo Rogério Fonseca, que revelou curiosidades surpreendentes sobre a vida e os hábitos dessa verdadeira diva da floresta.


Segundo o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), cerca de 50% da população mundial de onças-pintadas vive no Brasil. No entanto, a destruição do habitat e a caça ilegal colocam a espécie em risco. “Ela é encontrada em diversos biomas brasileiros, mas está especialmente ameaçada na Mata Atlântica e na Caatinga”, explica Rogério.

Na Amazônia, seu habitat mais preservado, a onça-pintada desempenha um papel fundamental no equilíbrio ecológico, atuando como predador de topo na cadeia alimentar.

A onça-pintada é o maior carnívoro da América do Sul e o terceiro maior felino do mundo, atrás apenas do tigre e do leão. Ela é também o único representante do gênero Panthera nas Américas — o mesmo dos leões, leopardos e tigres.

Desde os tempos pré-colombianos, a onça é símbolo de força e poder para diversas culturas indígenas. “Ela exerce uma função ecológica importantíssima, controlando populações de outras espécies e mantendo o equilíbrio dos ecossistemas”, destaca o biólogo.

Leia também: Onça-pintada: Um animal que dispensa apresentações!
Mãe dedicada

Apesar da fama de solitária, a onça-pintada possui vínculos sociais, especialmente entre mães e filhotes. “A fêmea cuida intensamente da cria por até dois anos. Durante esse tempo, ensina o filhote a caçar, reconhecer o território e identificar ameaças — como machos dominantes que podem representar perigo”, explica Rogério.

A ninhada geralmente tem um ou dois filhotes, e a reprodução pode ocorrer ao longo de todo o ano, desde que as condições ambientais e hormonais da fêmea estejam favoráveis.

Leia também: Portal Amazônia responde: como as onças ensinam seus filhotes a sobreviver?
A onça-pintada possui vínculos sociais, especialmente entre mães e filhotes. Foto: Rubens Fraulini/Divulgação/Refúgio Bela Vista
Mordida imbatível

A onça-pintada possui a mordida mais forte entre todos os felinos do planeta. Essa força extraordinária permite que ela perfure o crânio de suas presas — como os jacarés, comuns na Amazônia. “Ela ataca a parte de trás do pescoço e faz uma compressão cervical poderosa. Isso permite quebrar a base do crânio ou a espinha dorsal da presa com um único golpe”, explica o especialista.

Essa técnica de caça mostra como a onça é altamente adaptada a seu ambiente e às presas disponíveis.
https://www.youtube.com/watch?v=D1PicodlH0o
Nadadora de elite

Se o apelido de “diva” não bastasse, a onça-pintada também poderia ser chamada de “Michael Phelps da Amazônia”. Isso porque é uma exímia nadadora, sendo frequentemente avistada atravessando rios, igarapés e áreas alagadas. Essa habilidade ajuda na caça, na locomoção e até na regulação da temperatura corporal.

   
Caçadora da noite

A onça-pintada é predominantemente noturna, com maior atividade ao entardecer e à noite. No entanto, pode mudar seu comportamento de acordo com o padrão das presas. Entre seus alvos principais estão queixadas, catetos, antas e capivaras.

    TagsAmazôniacuriosidadescuriosidades sobre a onça ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/meio-ambiente/6-curiosidades-sobre-a-onca-pintada/

Brasil : Atlas da Amazônia Brasileira busca descontruir estereótipos da região
Enviado por alexandre em 07/05/2025 00:34:46

Levantamento é da Fundação Heinrich Böll no Brasil

O Atlas da Amazônia Brasileira foi lançado nesta segunda-feira (5) pela Fundação Heinrich Böll no Brasil, e busca desconstruir estereótipos da região com um conteúdo que contribui para uma mudança urgente de perspectiva, para que pessoas do país e do mundo possam conhecer a Amazônia novamente, desta vez sob a perspectiva dos diversos habitantes da região.

 

Trata-se de uma publicação inédita com 32 artigos que abordam os desafios, os saberes e as potências da maior floresta tropical do planeta. A iniciativa busca ampliar o debate sobre justiça climática e territorial em um ano marcado pela realização da COP30 na Amazônia brasileira. Entre os 58 autores e autoras, estão 19 indígenas, cinco quilombolas e dois ribeirinhos.

 

Para o coordenador da área de Justiça Socioambiental da Fundação Heinrich Böll no Brasil e co-organizador do atlas, existe uma visão de que a Amazônia é só floresta, mas existe uma riqueza singular na região que muitas vezes fica invisibilizada.

 

Veja também

 

STF autoriza desapropriação de terras destruídas por crimes ambientais

 

Empresa é denunciada à Polícia Federal por suspeita de praticar crime ambiental

 

“A gente mal sabe que 75% da população da Amazônia é urbana. Tem povos e comunidades que há muito tempo trabalham na relação com a natureza, com formas de proteção e preservação ambiental com a construção de um bem viver cada vez mais sustentável. É preciso colocar quem está nos territórios para ter um papel de protagonista nesses debates.”

 

Segundo da Fundação, entre 2019 e 2022, a Amazônia registrou recordes de desmatamento (principalmente para abertura de pastagem para criação de gado); o garimpo ilegal em áreas protegidas (principalmente em terras indígenas da região amazônica) cresceu em 90%; e cidadãos estimulados pelo avanço da extrema direita se armaram – entre 2018 e 2022 o número de pessoas com registro de armas na Amazônia Ocidental aumentou 1.020%.

 

Ao mesmo tempo, em 2022 a Amazônia reuniu mais de um quinto dos assassinatos de defensores do meio ambiente em todo o mundo: foram 39 ativistas assassinados na região naquele ano.

 

CRISES

 

Brasília (DF), 30/04/2025 - Capa do livro

Foto: Reprodução

 

Em 2023, o mundo teve acesso às cenas da crise humanitária vivida pelo povo indígena Yanomami, cujo território, nos anos anteriores, foi tomado pela atividade garimpeira ilegal.

 

No mesmo ano, a Amazônia foi assolada por uma intensa crise climática, com secas extremas e rios alcançando os mais baixos níveis já registrados, o que, além da morte de animais, impactou sua extensa infraestrutura fluvial, levando à escassez de água potável e alimentos, além da dificuldade de acesso a aparelhos públicos.

 

Os danos não foram totalmente superados e outra seca atingiu a região em 2024. No mesmo ano, o bioma amazônico concentrou o maior número de focos de incêndio dos 17 anos anteriores, e o impacto da fumaça na qualidade do ar prejudicou a saúde de milhares de pessoas – sendo transportada pela atmosfera para outros estados das regiões Centro Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

 

Outros biomas que compõem a Amazônia Legal, como o Pantanal e o Cerrado, também atingiram recordes de queimadas.

 

Assim, na avaliação da fundação, os últimos anos parecem ter desenhado um futuro sombrio para a Amazônia e sua população, seja pelos impactos do colapso climático na região, seja pelas disputas políticas que ditam não apenas o ritmo da intensificação de crimes ambientais (cada vez mais organizados pelas facções do tráfico de drogas nos territórios), mas os interesses econômicos que orientam grandes projetos para a região.

 

“Em contrapartida, a Amazônia é território de uma efervescente mobilização de movimentos sociais, coletivos e organizações socioambientais que têm se tornado linha de frente das discussões envolvendo tanto a gestão territorial regional, quanto a agenda climática global", diz a fundação.

 

"Essa mobilização envolve a valorização dos modelos de pensamento dos povos e comunidades, que constroem relações com o território e seus seres bastante distintas daquelas que guiam os setores responsáveis pelo iminente colapso climático”,

 

CRIME ORGANIZADO

 

No artigo Crime Organizado, os autores Aiala Colares Couto (professor e pesquisador na área de geografia da Universidade do Estado do Pará – UEPA) e Regine Schönenberg (Fundação Heinrich Böll) traçam as dinâmicas das facções criminosas na região amazônica.

 

Segundo eles, importantes rotas do tráfico de drogas passam pela Amazônia brasileira e controlar essas rotas e os mercados locais se tornou o objetivo das facções. Com a profissionalização do narcotráfico e sua relação com os crimes ambientais, a região vive um processo de interiorização da violência.

 

“Estudos apontam que, desde os anos de 1980, a bacia amazônica é utilizada pelo crime organizado. Na época, como um importante corredor para o escoamento de cocaína que entrava pelas fronteiras do Brasil com os países andinos, principalmente Bolívia, Colômbia e Peru, que até hoje se destacam como os maiores produtores de cocaína do mundo”, dizem os autores.

 

De acordo com Aiala e Regine, facções criminosas que antes atuavam na Região Sudeste passaram a ter mais presença na Amazônia, tais como, o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro.

 

Além disso, facções regionais passaram a se organizar na região instituindo relações de poder e controle dos territórios, a exemplo da Família do Norte (FDN) do Amazonas e Comando Classe A (CCA) do Pará, fazendo alianças e enfrentamento aos grupos faccionais não-regionais, algo que contribuiu de forma significativa para os conflitos violentos na Amazônia.

 

Segundo os autores, a relação entre o narcotráfico e os crimes ambientais se dá por meio de atividades ilegais como exploração ilegal de madeira, contrabando de minérios (manganês e cassiterita) e grilagem de terras.

 

Essas atividades vêm sendo financiadas pelo crime organizado nos últimos anos, principalmente como estratégia de lavagem de dinheiro.

 

“Em relação à ameaça aos territórios indígenas, destacam-se a expansão do garimpo ilegal do ouro e a invasão desses territórios por integrantes de facções criminosas, aliciando jovens indígenas e alterando o cotidiano das comunidades", dizem os pesquisadores, que alertam para o alcance desse impacto.

 

"Também se enfatiza a aproximação a esses povos gerada pelos vários meios de transporte das drogas, seja via estradas próximas ou interligadas às Terras Indígenas, pelos rios que se conectam a elas ou pela utilização de aeronaves que pousam em pistas clandestinas construídas ilegalmente nas áreas protegidas.”

 

Nascido no quilombo de Menino Jesus de Pitimandeua, no município de Inhangapi, no Pará, o pesquisador Aiala diz que há uma dificuldade na ação do Estado no que diz respeito à agilidade do processo de intervenção no combate ao crime organizado.

 

“O crime organizado não passa por processos burocráticos para agir. A agilidade do crime organizado em suas múltiplas conexões acaba se sobrepondo às ações governamentais que dependem de recursos financeiros e da desburocratização por parte do governo”.

 

A FUNDAÇÃO

 

A Fundação Heinrich Böll é uma organização política alemã presente em mais de 42 países. Promover diálogos pela democracia e garantir os direitos humanos; atuar em defesa da justiça socioambiental; defender os direitos das mulheres e se posicionar como antirracista são valores que impulsionam as ideias e ações da fundação.

 


 

No Brasil, a Fundação apoia projetos de diversas organizações da sociedade civil, organiza debates e produz publicações gratuitas. No campo da justiça socioambiental, busca fortalecer o debate público que alie a defesa do meio ambiente à garantia dos direitos dos povos do campo e da floresta. A fundação completa 25 anos de atuação no Brasil.

 

Fonte: Metrópoles

LEIA MAIS
https://portaldozacarias.com.br/site/noticia/atlas-da-amazonia-brasileira-busca-descontruir-estereotipos-da-regiao/" data-width="100%" data-numposts="10" style="width: 100%;">

(1) 2 3 4 ... 1152 »
Publicidade Notícia