Do descaso com a Amazônia ao repúdio à expressão artística, figuras políticas de Rondônia geram controvérsia nacional
Por Rondoniadinamica
Porto Velho, RO – As recentes atuações de figuras políticas em Rondônia têm ilustrado um teatro de absurdos que ressoa por todo o Brasil, destacando-se duas situações que ilustram um distanciamento preocupante entre ações governamentais e as necessidades prementes da sociedade.
Enquanto Bagattoli mostra fraqueza política frente a Marcos Rogério, seu ímpeto para desmatar a Amazônia permanece inabalável; simultaneamente, Madonna enfrenta um repúdio que dificilmente perturbará seu sono, cortesia de Cristiane Lopes ao assinar matéria de autoria de sua colega, Chris Tonietto (PL/RJ).
Primeiramente, o senador Jaime Bagattoli (PL-RO) parece ter ignorado os alertas científicos e os clamores populares pela preservação ambiental ao propor o Projeto de Lei 3.334/2023. Esta medida sugere reduzir a reserva legal na Amazônia de 80% para 50%, um ato que poderia transformar drasticamente o bioma, facilitando um desmatamento que equivaleria a dobrar a área do estado do Rio de Janeiro em território devastado. Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, reagiu com veemência. "Essa proposta é um ataque direto às nossas últimas linhas de defesa contra a crise climática," disse ela, apontando também para o oportunismo de promover tais medidas enquanto o país ainda lamenta as tragédias causadas por eventos climáticos extremos, como as recentes enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul.
Proposta de Bagattoli é majoritariamente execrada pela população brasileira no site do Senado / Reprodução
Adicionalmente, o senador Jaime Bagattoli, que demonstra uma energia implacável para impulsionar legislações que ameaçam a integridade ambiental da Amazônia, parece ter reservas quando se trata de confrontos políticos internos. Em um episódio revelador de sua trajetória, Bagattoli admitiu publicamente sua fragilidade política durante um encontro com o presidente Jair Bolsonaro, onde lamentou ter sido politicamente sobrepujado por Marcos Rogério e Costa Neto, dois pesos pesados de seu espectro político. A cena, descrita em detalhes pelo Rondonia Dinâmica, mostra um Bagattoli emocionalmente abalado, confessando sua incapacidade de enfrentar adversários dentro de seu próprio campo político. No entanto, paradoxalmente, sua determinação parece redobrar quando se trata de promover medidas que facilitam o desmatamento. Essa incongruência entre a falta de força para confrontar desafios políticos e a energia despendida para enfraquecer proteções ambientais levanta questões profundas sobre as verdadeiras prioridades e a consistência dos princípios defendidos pelo senador.
Enquanto isso, em outro espectro completamente diferente do absurdo político, a deputada Cristiane Lopes (UNIÃO/RO) dirigiu suas energias para uma Moção de Repúdio contra Madonna, Anitta e Pablo Vittar, por uma performance no Rio de Janeiro, que ela descreveu como um insulto à fé cristã predominante no Brasil e um espetáculo de "forte viés erótico". A ironia não poderia ser mais amarga quando consideramos que, ao mesmo tempo em que grandes áreas da Amazônia enfrentam o risco de extinção, preocupações morais sobre apresentações pop ocupam o tempo legislativo.
Rogério "meteu" a "rasteira" em Bagattoli no PL de Rondônia e o pecuarista admitiu fraqueaza / Reprodução
O ridículo da situação se aprofunda ao imaginar Madonna e Pablo Vittar tremendo de medo após a leitura da moção da Deputada Cristiane Lopes. Certamente, a pop star internacional deve estar agora preocupada com seu futuro, potencialmente contemplando uma nova vida sob as pontes do Rio Sena, pois, claro, a influência de uma moção de repúdio assinada por uma deputada pouco conhecida fora de Rondônia é justamente esse tipo de coisa que arruina carreiras globais. E enquanto Madonna procura por um novo lar debaixo de uma ponte, o senador Bagattoli segue tentando convencer o mundo de que menos árvores equivalem a mais progresso.
Madonna não vai dormir mais depois do repúdio assinado por Cristiane Lopes / Reprodução
Esses episódios são emblemáticos de um descompasso grotesco entre as urgências ambientais e sociais do país e as prioridades de alguns de seus líderes políticos. Eles não apenas sublinham uma política de distrações, mas também desafiam o público a ponderar sobre o tipo de futuro que tais políticas irão forjar. Em uma época onde liderança e visão são mais necessárias do que nunca, esses políticos parecem estar olhando para trás, ou pior, para o lado errado.
Agência não informou quantas pessoas seriam afetadas pela determinação, mas disse no comunicado que era um número pequeno.
Republicanos têm criticado consistentemente a administração do presidente Joe Biden por políticas que, segundo eles, agravaram os problemas na fronteira sul.
Uma nova regra do governo dos EUA anunciada quinta-feira, visa acelerar o processo de pedido de asilo na fronteira sul, permitindo que um grupo limitado de pessoas que se acredita terem cometido crimes graves ou tenham ligações terroristas seja rapidamente rejeitado.
A mudança ocorre no momento em que o governo federal tenta mostrar aos eleitores que está no controle da fronteira sul, num ano eleitoral em que a imigração é uma questão fundamental.
Os republicanos têm criticado consistentemente a administração do presidente Joe Biden por políticas que, segundo eles, agravaram os problemas na fronteira sul.
Num comunicado divulgado para anunciar as mudanças, o Departamento de Segurança Interna (DHS) disse que os migrantes considerados uma ameaça pública são detidos, mas se são elegíveis para asilo será determinado até mais tarde no processo.
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De acordo com a regra proposta, os funcionários responsáveis pelo asilo que ouvem os casos numa fase inicial de revisão – que ocorre dias após a chegada de uma pessoa ao país – poderão agora ter em conta o histórico criminal ou ligações terroristas ao decidir se alguém deve ser deportado do país.
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“Isso permitirá que o DHS remova rapidamente indivíduos que representam uma ameaça para os Estados Unidos muito mais cedo do que é atualmente possível, protegendo melhor a segurança da nossa fronteira e do nosso país”, afirmou o departamento no comunicado.
Ao abrigo da legislação atual, existem certas barreiras obrigatórias que tornam as pessoas inelegíveis para asilo, por exemplo, se tiverem sido condenadas por um crime particularmente grave.
Mas normalmente entram em jogo quando um juiz de imigração toma uma decisão final sobre se alguém recebe asilo, e esse processo pode levar anos.
Os migrantes normalmente são detidos durante esse período, disse o departamento.
“A regra proposta permitirá que as autoridades de asilo recusem pedidos dentro de dias após uma pessoa ser encontrada, quando houver provas de que a pessoa foi excluída do asilo devido a terrorismo, segurança nacional ou proibição criminal, reduzindo significativamente o tempo total entre o encontro e a deportação de os Estados Unidos”, disse o departamento.
A agência não informou quantas pessoas seriam afetadas pela determinação, mas disse no comunicado que era um número pequeno.
Quase 9 mil brasileiros foram deportados dos EUA desde 2019
De outubro de 2019 até maio deste ano, 8.969 pessoas foram deportadas dos Estados Unidos para o Brasil. No total, 94 aviões pousaram no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, levando homens, mulheres e famílias inteiras em situação irregular no país ou que foram presos ao tentar atravessar a fronteira pelo México. O levantamento foi feito pelo G1 Minas.
Segundo a BH Airport, concessionária que administra o terminal, o Aeroporto de Confins é o terminal para onde, desde 2019, vão todos os voos com brasileiros deportados dos EUA. A razão para isso é que grande parte das pessoas são de Minas Gerais.
A Polícia Federal prendeu três pessoas suspeitas de promover um esquema de migração ilegal para os Estados Unidos. A estimativa é que 250 pessoas entraram ilegalmente no páis, entre elas 100 crianças e adolescentes.
Os imigrantes chegavam a pagar US$ 25 mil para entrarem no esquema. Mesmo com a promessa de facilitação da entrada nos Estados Unidos, muitos acabam voltando para casa.
Brasileiros já relataram maus-tratos por parte das autoridades norte-americanas. Muitos disseram que tiveram que viajar de volta algemados, em frente ao filhos.
Desde 2019, os voos de deportação foram intensificados "em razão do aumento das detenções de nacionais na fronteira Sul dos Estados Unidos", segundo o Itamaraty. Na época, o governo de Donald Trump endureceu a imigração nos Estados Unidos. Mesmo com a eleição de Joe Biden, em 2020, a situação não mudou.
Em nota, o Itamaraty disse que tem procurado "sensibilizar o público para os riscos envolvidos nas tentativas de ingresso irregular nos EUA".
O Ministério das Relações Exteriores disse que "o processo de deportação ocorre integralmente sob as leis e a jurisdição soberana dos Estados Unidos".
"O MRE segue acompanhando com atenção os desdobramentos que envolvem os voos de repatriação de cidadãos brasileiros. As repartições consulares brasileiras nos Estados Unidos prestam assistência consular aos brasileiros naquele país, independentemente de sua situação imigratória, e zelam para que lhes seja assegurado tratamento digno e respeitoso", completou o Itamaraty.
Programa transmitido no YouTube e Facebook, se destaca pela condução imparcial e participação ativa dos internautas, abordando temas relevantes sem restrições.
O podcast "Sem Censura", apresentado pelo renomado e polêmico radialista Hamilton Alves, vem conquistando uma audiência impressionante logo nos primeiros episódios. Pioneiro na apresentação de podcasts na região, Amilton Alves tem se destacado por sua condução dinâmica e imparcialidade nas entrevistas, abordando temas relevantes e questões enviadas pelos internautas, tudo conforme o próprio nome do programa sugere: sem censura.
Desde sua estreia, o "Sem Censura" tem se firmado como um espaço de debate livre e aberto, onde nada está fora dos limites. O formato inovador do programa e a habilidade de Hamilton em conduzir discussões com profundidade e clareza têm atraído uma ampla gama de ouvintes, ansiosos por participar e ouvir os debates francos e diretos. A audiência crescente reflete o sucesso desse novo formato, que se diferencia por permitir um diálogo honesto e sem restrições com os convidados.
Hamilton Alves, um nome bem conhecido no meio radiofônico da região, traz para o podcast sua vasta experiência e um estilo único de comunicação. Seu compromisso com a imparcialidade e a liberdade de expressão tem sido um fator chave para o sucesso do "Sem Censura". A cada episódio, ele não apenas entrevista seus convidados, mas também incorpora perguntas e comentários do público, proporcionando uma interação enriquecedora e democrática.
O "Sem Censura" vai ao ar nas segundas, quartas e sextas-feiras, das 18h às 19h, nas plataformas YouTube e Facebook. A audiência tem demonstrado um grande entusiasmo pelo programa, que segue crescendo em popularidade e influência na região.
Com temas que vão desde políticas locais até questões sociais amplas, o "Sem Censura" tem se tornado um fórum indispensável para aqueles que buscam uma análise aprofundada e descomprometida dos assuntos mais pertinentes da atualidade. A presença de Hamilton Alves à frente deste projeto garante que a qualidade e a integridade do conteúdo sejam mantidas, proporcionando aos ouvintes um programa que verdadeiramente faz jus ao seu nome.
A equipe da Polícia Federal (PF) envolvida no resgate de aproximadamente 3 mil armas da Taurus no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), não verificou as identidades das pessoas que atuaram na ação.
Segundo apuração do UOL, a equipe do Controle de Operações Táticas da Polícia Federal (COT) no Rio Grande do Sul não checou a identidade das pessoas que participaram do resgate da carga. A ação tinha como objetivo evitar saques de grupos criminosos.
Em nota, a PF disse que a responsabilidade pela verificação dos participantes da operação era “exclusivamente” da empresa proprietária da carga.
“A retirada das armas que estavam depositadas no Aeroporto Internacional Salgado Filho foi coordenada pela Polícia Federal, em articulação com a Fraport, administradora do Aeroporto Internacional Salgado Filho, e com a empresa proprietária da carga e as pessoas contratadas por ela, sendo esses, exclusivamente, os participantes envolvidos com a logística de remoção do armamento”, destacou a corporação.
Nicolas Vedovatto, um dos voluntários, relatou ao UOL que o grupo foi acionado para resgatar crianças, mas acabou no aeroporto carregando caixas de armamentos.
“Eles [agentes] pareciam não saber que éramos civis (…) um dos agentes até botou a mão na cabeça quando descobriu que levamos a primeira remessa [de armas] de barco até um caminhão sem nenhuma escolta. Em nenhum momento perguntaram quem éramos”, disse.
Vedovatto e cinco amigos que participaram do resgate da carga bélica da Taurus afirmaram que em momento algum tiveram suas identidades confirmadas.
A Taurus, por sua vez, alegou desconhecer a participação de pessoas não autorizadas na operação. Em nota enviada ao UOL, a empresa mencionou que contou com o apoio do COT e de viaturas de uma transportadora credenciada.
“A conferência e manuseio das armas foram feitas por 12 funcionários da Taurus, da área de logística, devidamente capacitados. A empresa desconhece a participação de voluntários e vai levantar os fatos junto às autoridades policiais que participaram da operação”, afirmou.
Há uma crescente onda de solicitações de instalação de delegacias da Polícia Federal (PF) em cidades de médio e pequeno porte por parte de parlamentares, inclusive do PT, o que tem sido criticado como uma “praga” por autoridades do governo. As informações são do colunista Lauro Jardim, do Globo.
Tal movimentação estaria sendo vista como uma resposta à nacionalização da segurança pública e à aproximação das eleições.
O Ministério da Justiça observa que essa demanda súbita reflete a escalada da preocupação dos brasileiros com a segurança, que em apenas seis meses passou de 10% para 17% na lista dos principais problemas do país, segundo dados da Quaest.
Esse aumento coloca a violência como a terceira maior preocupação da população, perdendo apenas para economia e saúde.