Painel Político : PAINEL POLITICO
Enviado por alexandre em 08/11/2011 13:28:37

Desgaste
A greve da Universidade Federal de Rondônia, que já dura quase dois meses, começa a cair no descrédito e o impasse preocupa estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio e acadêmicos que vêem o cronograma de formatura ficar mais longe a cada dia, até porque o movimento não tem data para terminar. Interessante observar que uma das lideranças grevistas, o estudante de medicina Vinicius Ortigosa, continua freqüentando as aulas de residência médica e anuncia para o dia 15 de dezembro sua formatura.
Números
De acordo com levantamento feito nos campi do interior, dos 26 cursos existentes, apenas quatro estão sem aulas, Engenharia de Alimentos em Ariquemes, Letras em Vilhena, História e Pedagogia em Rolim de Moura. Em Porto Velho os departamentos informam que dos mais de 300 professores, 76 aderiram ao movimento e dos mais de 11 mil alunos, cerca de 300 fazem parte da greve e devem ficar prejudicados, já que as aulas estão sendo aplicadas normalmente. Portanto, como dissemos anteriormente, os insatisfeitos devem procurar outros caminhos para tentar tirar o reitor Januário Amaral, que certo ou errado, foi democraticamente eleito pelo voto de professores, técnicos e estudantes.
Outra
Por mais que os grevistas esperneiem, Januário teve suas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas da União e pela Controladoria Geral da União. As acusações contra ele são referentes ao Período em que esteve à frente da Fundação Riomar, entidade de apoio à Unir. Obviamente existem interesses políticos em ambos os lados da questão, mas como a coluna já colocou anteriormente, infelizmente os problemas da UNIR só interessam a UNIR. O movimento pode durar um ano, mas dificilmente a sociedade portovelhense vai abraçar essa causa, já que a instituição vive fechada em suas questões. O que falta aos manifestantes é olhar a questão por outro prisma e perguntar, a quem interessa o afastamento de Januário? E se ele cair, quem assume?
Íntegra
Na manhã desta segunda-feira aconteceu na Assembleia Legislativa uma audiência pública para discutir o problema da greve na UNIR. Os deputados fizeram o que estava a seu alcance, que era discutir o tema com a sociedade. Só estavam presentes os manifestantes e o que era para ser um debate, se transformou em discursos. No fim da coluna, a íntegra da carta do Reitor, lida no plenário da Assembleia.
Destemperado
O prefeito Roberto Sobrinho não gostou nem um pouco de ter tido seus negócios empresariais revelados por PAINEL POLÍTICO e Rondoniaovivo em reportagens divulgadas há cerca de uma semana. Em um evento na última sexta-feira ele confirmou ser proprietário da empresa V.R. Madeira e Transportes LTDA. O caso vai ser analisado pela executiva do Partido dos Trabalhadores e para variar, não deve dar em nada. Lá pela executiva ainda bola aquela denúncia feita por Hermínio Coelho sobre a hospedagem de Roberto Sobrinho em um hotel do grupo Marquise, no Ceará.
Contratado
Sabe uma coisa que só quem sabe é quem trabalha nas usinas? O filho do prefeito Roberto Sobrinho, Vitor Santiago trabalha com a assistente social conhecida como Eliana e lá pelo canteiro de obras corre a informação que “quem olha torto para o filho do prefeito é demitido na hora”.
Resposta
A UNI Engenharia, empresa que foi responsável pelo desastre das obras da Avenida Vieira Caúla enviou uma notificação extra-judicial ao Rondoniaovivo solicitando a exclusão de matérias referentes a empresa, porque ao se fazer uma pesquisa no Google, só aparecem referências negativas. Ocorre que a UNI, além de ter feito lambanças em Porto Velho, também andou aprontando em outros estados e por aqui a coisa foi feia. Para quem não sabe ou não lembra, a empresa deixou uma série de dívidas com fornecedores que foram cobrar na justiça seus direitos. Na época a UNI alegava que faltava material básico em Porto Velho para concluir as obras. Curioso que a prefeitura, em plena campanha eleitoral, conseguiu colocar máquinas por conta própria e fez uma maquiagem na avenida, para não prejudicar a campanha de Roberto Sobrinho.
Agora
Em sua notificação, a UNI chama a prefeitura de “desorganizada” e “desestruturada”, mas agora é tarde para isso. A UNI é ligada a direção nacional do Partido dos Trabalhadores e também venceu uma licitação para fazer galerias de esgoto na zona Leste. Não fez e onde fez, fez mal feito. No Ministério Público Federal tem uma denúncia referente ao processo licitatório da UNI. Uma testemunha acusa a empresa e a prefeitura de terem manipulado o certame.
Saiu
O jornalista Carlos Moraes, que vinha apresentando o programa “Fala Rondônia” na Rede TV! emissora do senador Acir Gurgacz, foi substituído pelo jornalista Marcelo Benesby, que estava afastado da televisão há quase dois anos. A saída de Carlos, que foi “importado” do Paraná não foi nada tranqüila. É que o jornalista paranaense acreditava que podia defender temas polêmicos como, por exemplo, que políticos fossem atendidos pelo SUS e que seus filhos fossem obrigados a estudar em escolas da rede pública.
Claro
Que com esses posicionamentos ele não duraria muito e foi o que aconteceu. Foi demitido e agora não sabe o que fazer. Carlos Novaes trabalhou durante sete anos na TV Educativa do Paraná, e por lá tinha liberdade para expressar suas opiniões. Agora ele descobriu que democracia em veículos de comunicação é um conto de fadas.
Absurdo
Mais um episódio envolvendo policiais foi registrado na semana passada. Agentes de policia civil e policiais militares envolveram- se em um confronto, com direito a troca de tiros, gente ferida e ameaças de ambos os lados. O lamentável episódio reforça a certeza de que algo está muito errado na direção da Polícia e que o governador Confúcio Moura errou feio ao colocar no comando policiais recém-ingressos. As policias em Rondônia já protagonizaram incidentes diversos, mas nunca com tanta gravidade quanto às ocorridas na administração de Confúcio Moura. A polícia civil está rachada e a PM não se entende. O governo precisa urgentemente trocar o comando, do contrário, a coisa tende a piorar. Esse tipo de comportamento não pode se repetir. O governador é o comandante em chefe das policias e se ele não tem controle sobre elas, é sinal que tem muita coisa errada.
Demorou
Ser exonerado de um cargo por incompetência e ter esse fato divulgado na internet não tem preço. E foi isso que aconteceu com o ex-presidente da CAERD em Rondônia, Castelo Branco, presidente do PRTB. O governador Confúcio Moura revelou em seu blog que a companhia não tinha apresentado nenhum projeto em quase dez meses e para piorar estava sob uma saraivada de críticas e na iminência de sofrer uma CPI. Com a mudança na direção Confúcio espera resolver, ou pelo menos minimizar, os problemas enfrentados pela companhia, que tem um rombo de mais de R$ 600 milhões.
Embolado
O deputado estadual Hermínio Coelho que trocou o PT de Roberto Sobrinho pelo PSD aparece bem colocado em uma pesquisa de opinião realizada entre os dias 23 e 26 de outubro, referentes a sucessão municipal. Mas o principal é a pequena taxa de rejeição do parlamentar junto ao eleitorado portovelhense. Moreira Mendes, Hermínio e o PSD comemoraram os índices positivos e já começam a se articular para enfrentar as eleições de 2012. Hermínio conseguiu grande projeção ao denunciar, sistematicamente, o prefeito de Porto Velho e seus secretários, além de ter se posicionado contra o reajuste no preço da passagem de ônibus, no início do ano. Ele chegou a obter uma liminar impedindo o aumento proposto pelo prefeito petista e as empresas.
Folga
Depois de uma semana de folga, voltamos ao batente com PAINEL POLÍTICO. Agradeço a todos que enviaram e-mails, telefonaram e mantiveram contato, permitindo que a coluna continuasse como a mais bem informada e atualizada de Rondônia. E vamos em frente, essa semana, mais novidades sobre a empresa do prefeito.
Fusão
O escritório de advocacia Nogueira e Vasconcelos se uniu ao escritório de Amadeu Machado e deve começar a operar em conjunto a partir da próxima segunda-feira. A união representa uma reviravolta no mercado jurídico em Rondônia. O novo escritório passa a ser composto pelo ex-conselheiro Amadeu Guilherme Matzenbacher Machado, Diego Vasconcelos, Márcio Nogueira, Rose Machado e Amadeu Lopes Machado.
Cítricas podem causar erosões nos dentes
Se consumidas em excesso, frutas ácidas são capazes de causar erosão nos dentes, desgastando-os a ponto de deixar a dentina exposta e comprometer sua estrutura. A conclusão é da tese "Avaliação do potencial erosivo de sucos de frutas tropicais brasileiras", da cirurgiã-dentista Adelsilene das Graças Cavalcanti Veras, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), ligada à Unicamp. No trabalho, polpas de frutas muito comuns no Nordeste, como camu-camu, cupuaçu e umbu, diluídas em água, tiveram seu pH medido. Quanto menor o índice, mais ácido é o alimento ou bebida. A professora Cínthia Pereira Machado Tabchoury, orientadora da tese, diz que o resultado se aplica também a outras frutas ácidas, como limão, maracujá e abacaxi; a refrigerantes e até ao vinho. Ela frisa, porém, que o simples consumo não causa erosão. Há outros fatores, como a forma e a frequência de ingestão. Cárie e erosão são diferentes. Enquanto a cárie é produzida por bactérias presentes em placas formadas sobre os dentes, a erosão só acontece onde não há placas. Estudos feitos no exterior estimam que 30% da população mundial tenha algum tipo de erosão dental.
Contatos
Contatos com a coluna podem ser feitos pelo alan.alex@gmail.compainelpolitico@hotmail.comwww.painelpolitico.com - Twitter/painelpolitico Facebook.com/painel.politico– telefone 9248-8911.
Carta do reitor da UNIR lida na Audiência Pública nesta segunda-feira na Assembleia Legislativa
Carta ao Senhor Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia
(documento este lido na Audiência Pública realizada na Assembléia Legislativa de Rondônia, na manhã de 07 de novembro 2011)
Senhor Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia,
Senhores e Senhoras Deputados desta Augusta Casa,
Ao cumprimentar V. Excelências, permitam-me lamentar que o convite para esta Audiência Pública não tenha sido estendido a mim, enquanto Dirigente máximo da Universidade Federal de Rondônia, re-eleito democraticamente pela comunidade universitária, exatamente há um ano.
Dito isto, venho respeitosamente esclarecer.
A crise por que passa a nossa UNIR tem duas naturezas: a primeira, uma crise estrutural; a segunda, uma crise política.
A crise estrutural diz respeito a histórica escassez de recursos para investimento em infraestrutura, em estrutura física, para compra de equipamentos, contratação de professores e, principalmente, contratação de servidores técnico-administrativos.
Esta crise, reconhecida pelo MEC, vem sendo parcialmente superada com a aplicação dos recursos do Projeto de Reestruturação e Expansão da Universidade Brasileira – PROJETO REUNI, aprovado pelo Conselho Superior da UNIR, em 2007, e cujos recursos começaram a ser aplicados a partir do ano de 2008.
Parte significativa dos grevistas, senhores e senhoras, é intransigentemente contrária a esse Projeto, simplesmente pelo fato de que é um Projeto do Governo Federal.
Não conseguem enxergar os benefícios que o Projeto trouxe e continuará trazendo para a nossa Universidade: são 18 Cursos criados; mais de 1200 vagas abertas anualmente para novos alunos; mais de 300 professores contratados; mais de 50 obras em andamento, algumas em fase de conclusão, outras já concluídas como, por exemplo, a Biblioteca do Campus de Cacoal, que foi a primeira obra construída com recursos do REUNI.
Mesmo assim temos problemas? Claro que temos. O maior de todos é um corpo de servidores técnico-administrativos insuficiente para por a universidade para andar no ritmo de que precisamos para gerir eficientemente nossos projetos, programas, obras e serviços.
Esse gargalo administrativo não é responsabilidade do Reitor, todos sabem disso; e sim, da própria estrutura da administração pública brasileira. Mudar um reitor por outro, não vai mudar essa realidade.
A solução para esse problema está na aprovação do Projeto de Lei, que tramita no Congresso Nacional, que autoriza a contratação de 490 servidores técnicos para a UNIR.
É a contratação de servidores técnicos que vai solucionar os problemas relacionados aos serviços de limpeza, de vigilância, de gestão de contratos de projetos de pesquisa e extensão; de compra de equipamentos; de técnicos especializados para os laboratórios; de planejamento e execução de obras.
No presente momento, nossos servidores técnico-administrativos têm se desdobrado em inúmeras funções para não deixar a máquina administrativa parar de vez. Esse é o nosso problema original, donde decorrem todos os demais.
Lamentamos profundamente que obras essenciais estejam atrasadas e que os serviços não estejam a contento no Campus de Porto Velho. Aliás, os problemas de solução mais difícil se restringem ao Campus de Porto Velho, porque a solução não pode ser em curto prazo, porque não se pode construir uma obra da noite para o dia.
Novamente, nesse item não é a troca de um reitor pelo outro que vai solucionar o problema.
Por isso, a crise tem duas naturezas. A outra natureza, a crise política, começa no dia 21 de setembro de 2011.
Nesse dia, o comando da greve, deflagrada em 14 de setembro, joga no lixo o verdadeiro motivo da greve - a pauta de reivindicações por melhores condições de estudo e trabalho, com a qual, diga-se de passagem, concordo plenamente, porque me daria força para reivindicar junto ao MEC - e se lança numa luta irresponsável pela derrubada do reitor.
Irresponsável, porque sabia o comando que nessa aventura os mais exaltados e os insatisfeitos de toda ordem embarcariam.
Irresponsável, porque sabia o comando que os mais sensatos assumiriam com medo de represálias, e de verem seus nomes associados aos impropérios tantas vezes ditos nas assembleias, e impronunciáveis nesta augusta casa.
Irresponsável, porque o comando incita o desrespeito, a violência simbólica, a agressão verbal contra o direito inalienável daqueles que não embarcaram na aventura irresponsável dessa greve.
Irresponsável, porque sabe o comando que um Reitor, eleito democraticamente, e empossado de acordo com o estatuto constitucional da Autonomia Universitária, só pode ser destituído do cargo em três situações:
a) Pela não aprovação de sua prestação de contas do ano anterior; o que não ocorreu na minha administração,
b) Por 2/3 dos votos do Conselho Universitário, o que também não ocorreu;
c) Renúncia por motivo de foro intimo do Reitor.
Como se pode constatar, em nenhuma dessas situações se encontra a reitoria atual. Pensar que eu iria renunciar é outra irresponsabilidade.
Sinceramente, senhoras e senhores, depois que a reitoria foi invadida pelos alunos comandados pelo Movimento Estudantil Popular Revolucionário – o MEPR, que prega a insurreição urbana e rural, já que o ponto principal de seu programa revolucionário, disponível na página do movimento, é a reforma agrária por meio da luta armada, se assim for necessário, retomando as guerrilhas ideológicas dos anos 60, de triste memória (lembro que não há insurreição sem violência física e bélica) contra toda e qualquer forma institucional; eu pensei em renunciar.
No entanto, senhoras e senhores, minha base de apoio me convenceu do contrário. Segundo esta, minha renúncia significaria um duro golpe na democracia, nas instituições democráticas duramente conquistadas por anos de luta dentro e fora da universidade; significaria ceder a quem prega a violência, seja pelo esquerdismo senil de alguns professores, seja radicalismo pueril de alguns alunos; significaria a instabilidade dos sucessivos reitores, porque qualquer denúncia seria motivo de afastamento de um reitor; mais - acima de tudo - significaria a vitória antidemocrática da minoria barulhenta, que se movimenta à base da calúnia e da difamação.
Para provar que eles são a minoria, por duas vezes tentamos pôr em pauta de Assembléia a continuidade ou não da greve. Por duas vezes eles impediram: a primeira, tumultuando a assembléia até o cancelamento (há vídeos esclarecedores no youtube); a segunda, não compareceram, aliás, fugiram como o diabo foge da cruz.
A mesma base que me dá apoio e que me faz resistir, também, me convenceu de que tudo o que viesse a causar prejuízo à UNIR e aos próprios grevistas, sejam alunos ou professores, seria culpa da irresponsabilidade do Comando de Greve.
Aliás, verifiquem em todas as minhas declarações, escritas ou gravadas, se ofendi à pessoa de alguém ou se desrespeitei a alguma autoridade?
A culpa pelo ocorrido ao professor e aos alunos é exclusiva do Comando de Greve que, experiente, sabe como incitar, mas nunca ser flagrado. Quantos membros do Comando de Greve, seja aluno ou professor, foram detidos?
Quantos pais, mães, esposos, esposas, irmãos, irmãs sabem que a greve, desde o dia 21 de setembro, não é mais por melhorias de estudo e trabalho, e sim pelo afastamento do reitor?
Quantos pais, mães, esposos, esposas, irmãos, irmãs sabem que o afastamento do reitor, pela via da greve, é ilegal e inconstitucional?
Quantos pais, mães, esposos, esposas, irmãos, irmãs sabem quem financia os panfletos, com papel de alta qualidade, que denigrem, sem provas, a imagem de pessoas e autoridades?
Quantos pais, mães, esposos, esposas, irmãos, irmãs sabem que os mais prejudicados pela invasão do prédio da UNIR-centro, onde ficam todos os processos de construção de obras e compras de equipamentos, são os próprios alunos?
Quantos pais, mães, esposos, esposas, irmãos, irmãs sabem que obras que ficariam prontas em meado do próximo ano, podem não ser concluídas nem no final, os quais sofrerão atrasos em função do encerramento do exercício de 2011, o qual ocorrerá em 04 de dezembro próximo .
Quantos pais, mães, esposos, esposas, irmãos, irmãs sabem que o MEC cumpriu tudo o que se propôs para que a greve terminasse: disponibilizou recursos financeiros para a UNIR; constituiu Comissão de Infraestrutura (chamada também de Comissão de Crise) e constituiu Comissão de Sindicância para apurar as denúncias?
Portanto, senhoras e senhoras, as reivindicações por melhorias de condições de estudo e trabalho já foram ou estão sendo atendidas; a greve pela destituição do reitor não tem base legal. A continuidade dessa greve é uma afronta às instituições democráticas e às autoridades constituídas; todas as consequências negativas e prejuízos pessoais e materiais são da responsabilidade do Comando de Greve!
É o que tenho a dizer a esta Augusta Casa.

Prof. José Januário de Oliveira Amaral

Reitor da Universidade Federal de Rondônia


Desgaste
A greve da Universidade Federal de Rondônia, que já dura quase dois meses, começa a cair no descrédito e o impasse preocupa estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio e acadêmicos que vêem o cronograma de formatura ficar mais longe a cada dia, até porque o movimento não tem data para terminar. Interessante observar que uma das lideranças grevistas, o estudante de medicina Vinicius Ortigosa, continua freqüentando as aulas de residência médica e anuncia para o dia 15 de dezembro sua formatura.
Números
De acordo com levantamento feito nos campi do interior, dos 26 cursos existentes, apenas quatro estão sem aulas, Engenharia de Alimentos em Ariquemes, Letras em Vilhena, História e Pedagogia em Rolim de Moura. Em Porto Velho os departamentos informam que dos mais de 300 professores, 76 aderiram ao movimento e dos mais de 11 mil alunos, cerca de 300 fazem parte da greve e devem ficar prejudicados, já que as aulas estão sendo aplicadas normalmente. Portanto, como dissemos anteriormente, os insatisfeitos devem procurar outros caminhos para tentar tirar o reitor Januário Amaral, que certo ou errado, foi democraticamente eleito pelo voto de professores, técnicos e estudantes.
Outra
Por mais que os grevistas esperneiem, Januário teve suas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas da União e pela Controladoria Geral da União. As acusações contra ele são referentes ao Período em que esteve à frente da Fundação Riomar, entidade de apoio à Unir. Obviamente existem interesses políticos em ambos os lados da questão, mas como a coluna já colocou anteriormente, infelizmente os problemas da UNIR só interessam a UNIR. O movimento pode durar um ano, mas dificilmente a sociedade portovelhense vai abraçar essa causa, já que a instituição vive fechada em suas questões. O que falta aos manifestantes é olhar a questão por outro prisma e perguntar, a quem interessa o afastamento de Januário? E se ele cair, quem assume?
Íntegra
Na manhã desta segunda-feira aconteceu na Assembleia Legislativa uma audiência pública para discutir o problema da greve na UNIR. Os deputados fizeram o que estava a seu alcance, que era discutir o tema com a sociedade. Só estavam presentes os manifestantes e o que era para ser um debate, se transformou em discursos. No fim da coluna, a íntegra da carta do Reitor, lida no plenário da Assembleia.
Destemperado
O prefeito Roberto Sobrinho não gostou nem um pouco de ter tido seus negócios empresariais revelados por PAINEL POLÍTICO e Rondoniaovivo em reportagens divulgadas há cerca de uma semana. Em um evento na última sexta-feira ele confirmou ser proprietário da empresa V.R. Madeira e Transportes LTDA. O caso vai ser analisado pela executiva do Partido dos Trabalhadores e para variar, não deve dar em nada. Lá pela executiva ainda bola aquela denúncia feita por Hermínio Coelho sobre a hospedagem de Roberto Sobrinho em um hotel do grupo Marquise, no Ceará.
Contratado
Sabe uma coisa que só quem sabe é quem trabalha nas usinas? O filho do prefeito Roberto Sobrinho, Vitor Santiago trabalha com a assistente social conhecida como Eliana e lá pelo canteiro de obras corre a informação que “quem olha torto para o filho do prefeito é demitido na hora”.
Resposta
A UNI Engenharia, empresa que foi responsável pelo desastre das obras da Avenida Vieira Caúla enviou uma notificação extra-judicial ao Rondoniaovivo solicitando a exclusão de matérias referentes a empresa, porque ao se fazer uma pesquisa no Google, só aparecem referências negativas. Ocorre que a UNI, além de ter feito lambanças em Porto Velho, também andou aprontando em outros estados e por aqui a coisa foi feia. Para quem não sabe ou não lembra, a empresa deixou uma série de dívidas com fornecedores que foram cobrar na justiça seus direitos. Na época a UNI alegava que faltava material básico em Porto Velho para concluir as obras. Curioso que a prefeitura, em plena campanha eleitoral, conseguiu colocar máquinas por conta própria e fez uma maquiagem na avenida, para não prejudicar a campanha de Roberto Sobrinho.
Agora
Em sua notificação, a UNI chama a prefeitura de “desorganizada” e “desestruturada”, mas agora é tarde para isso. A UNI é ligada a direção nacional do Partido dos Trabalhadores e também venceu uma licitação para fazer galerias de esgoto na zona Leste. Não fez e onde fez, fez mal feito. No Ministério Público Federal tem uma denúncia referente ao processo licitatório da UNI. Uma testemunha acusa a empresa e a prefeitura de terem manipulado o certame.
Saiu
O jornalista Carlos Moraes, que vinha apresentando o programa “Fala Rondônia” na Rede TV! emissora do senador Acir Gurgacz, foi substituído pelo jornalista Marcelo Benesby, que estava afastado da televisão há quase dois anos. A saída de Carlos, que foi “importado” do Paraná não foi nada tranqüila. É que o jornalista paranaense acreditava que podia defender temas polêmicos como, por exemplo, que políticos fossem atendidos pelo SUS e que seus filhos fossem obrigados a estudar em escolas da rede pública.
Claro
Que com esses posicionamentos ele não duraria muito e foi o que aconteceu. Foi demitido e agora não sabe o que fazer. Carlos Novaes trabalhou durante sete anos na TV Educativa do Paraná, e por lá tinha liberdade para expressar suas opiniões. Agora ele descobriu que democracia em veículos de comunicação é um conto de fadas.
Absurdo
Mais um episódio envolvendo policiais foi registrado na semana passada. Agentes de policia civil e policiais militares envolveram- se em um confronto, com direito a troca de tiros, gente ferida e ameaças de ambos os lados. O lamentável episódio reforça a certeza de que algo está muito errado na direção da Polícia e que o governador Confúcio Moura errou feio ao colocar no comando policiais recém-ingressos. As policias em Rondônia já protagonizaram incidentes diversos, mas nunca com tanta gravidade quanto às ocorridas na administração de Confúcio Moura. A polícia civil está rachada e a PM não se entende. O governo precisa urgentemente trocar o comando, do contrário, a coisa tende a piorar. Esse tipo de comportamento não pode se repetir. O governador é o comandante em chefe das policias e se ele não tem controle sobre elas, é sinal que tem muita coisa errada.
Demorou
Ser exonerado de um cargo por incompetência e ter esse fato divulgado na internet não tem preço. E foi isso que aconteceu com o ex-presidente da CAERD em Rondônia, Castelo Branco, presidente do PRTB. O governador Confúcio Moura revelou em seu blog que a companhia não tinha apresentado nenhum projeto em quase dez meses e para piorar estava sob uma saraivada de críticas e na iminência de sofrer uma CPI. Com a mudança na direção Confúcio espera resolver, ou pelo menos minimizar, os problemas enfrentados pela companhia, que tem um rombo de mais de R$ 600 milhões.
Embolado
O deputado estadual Hermínio Coelho que trocou o PT de Roberto Sobrinho pelo PSD aparece bem colocado em uma pesquisa de opinião realizada entre os dias 23 e 26 de outubro, referentes a sucessão municipal. Mas o principal é a pequena taxa de rejeição do parlamentar junto ao eleitorado portovelhense. Moreira Mendes, Hermínio e o PSD comemoraram os índices positivos e já começam a se articular para enfrentar as eleições de 2012. Hermínio conseguiu grande projeção ao denunciar, sistematicamente, o prefeito de Porto Velho e seus secretários, além de ter se posicionado contra o reajuste no preço da passagem de ônibus, no início do ano. Ele chegou a obter uma liminar impedindo o aumento proposto pelo prefeito petista e as empresas.
Folga
Depois de uma semana de folga, voltamos ao batente com PAINEL POLÍTICO. Agradeço a todos que enviaram e-mails, telefonaram e mantiveram contato, permitindo que a coluna continuasse como a mais bem informada e atualizada de Rondônia. E vamos em frente, essa semana, mais novidades sobre a empresa do prefeito.
Fusão
O escritório de advocacia Nogueira e Vasconcelos se uniu ao escritório de Amadeu Machado e deve começar a operar em conjunto a partir da próxima segunda-feira. A união representa uma reviravolta no mercado jurídico em Rondônia. O novo escritório passa a ser composto pelo ex-conselheiro Amadeu Guilherme Matzenbacher Machado, Diego Vasconcelos, Márcio Nogueira, Rose Machado e Amadeu Lopes Machado.
Cítricas podem causar erosões nos dentes
Se consumidas em excesso, frutas ácidas são capazes de causar erosão nos dentes, desgastando-os a ponto de deixar a dentina exposta e comprometer sua estrutura. A conclusão é da tese "Avaliação do potencial erosivo de sucos de frutas tropicais brasileiras", da cirurgiã-dentista Adelsilene das Graças Cavalcanti Veras, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), ligada à Unicamp. No trabalho, polpas de frutas muito comuns no Nordeste, como camu-camu, cupuaçu e umbu, diluídas em água, tiveram seu pH medido. Quanto menor o índice, mais ácido é o alimento ou bebida. A professora Cínthia Pereira Machado Tabchoury, orientadora da tese, diz que o resultado se aplica também a outras frutas ácidas, como limão, maracujá e abacaxi; a refrigerantes e até ao vinho. Ela frisa, porém, que o simples consumo não causa erosão. Há outros fatores, como a forma e a frequência de ingestão. Cárie e erosão são diferentes. Enquanto a cárie é produzida por bactérias presentes em placas formadas sobre os dentes, a erosão só acontece onde não há placas. Estudos feitos no exterior estimam que 30% da população mundial tenha algum tipo de erosão dental.
Contatos
Contatos com a coluna podem ser feitos pelo alan.alex@gmail.compainelpolitico@hotmail.comwww.painelpolitico.com - Twitter/painelpolitico Facebook.com/painel.politico– telefone 9248-8911.
Carta do reitor da UNIR lida na Audiência Pública nesta segunda-feira na Assembleia Legislativa
Carta ao Senhor Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia
(documento este lido na Audiência Pública realizada na Assembléia Legislativa de Rondônia, na manhã de 07 de novembro 2011)
Senhor Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia,
Senhores e Senhoras Deputados desta Augusta Casa,
Ao cumprimentar V. Excelências, permitam-me lamentar que o convite para esta Audiência Pública não tenha sido estendido a mim, enquanto Dirigente máximo da Universidade Federal de Rondônia, re-eleito democraticamente pela comunidade universitária, exatamente há um ano.
Dito isto, venho respeitosamente esclarecer.
A crise por que passa a nossa UNIR tem duas naturezas: a primeira, uma crise estrutural; a segunda, uma crise política.
A crise estrutural diz respeito a histórica escassez de recursos para investimento em infraestrutura, em estrutura física, para compra de equipamentos, contratação de professores e, principalmente, contratação de servidores técnico-administrativos.
Esta crise, reconhecida pelo MEC, vem sendo parcialmente superada com a aplicação dos recursos do Projeto de Reestruturação e Expansão da Universidade Brasileira – PROJETO REUNI, aprovado pelo Conselho Superior da UNIR, em 2007, e cujos recursos começaram a ser aplicados a partir do ano de 2008.
Parte significativa dos grevistas, senhores e senhoras, é intransigentemente contrária a esse Projeto, simplesmente pelo fato de que é um Projeto do Governo Federal.
Não conseguem enxergar os benefícios que o Projeto trouxe e continuará trazendo para a nossa Universidade: são 18 Cursos criados; mais de 1200 vagas abertas anualmente para novos alunos; mais de 300 professores contratados; mais de 50 obras em andamento, algumas em fase de conclusão, outras já concluídas como, por exemplo, a Biblioteca do Campus de Cacoal, que foi a primeira obra construída com recursos do REUNI.
Mesmo assim temos problemas? Claro que temos. O maior de todos é um corpo de servidores técnico-administrativos insuficiente para por a universidade para andar no ritmo de que precisamos para gerir eficientemente nossos projetos, programas, obras e serviços.
Esse gargalo administrativo não é responsabilidade do Reitor, todos sabem disso; e sim, da própria estrutura da administração pública brasileira. Mudar um reitor por outro, não vai mudar essa realidade.
A solução para esse problema está na aprovação do Projeto de Lei, que tramita no Congresso Nacional, que autoriza a contratação de 490 servidores técnicos para a UNIR.
É a contratação de servidores técnicos que vai solucionar os problemas relacionados aos serviços de limpeza, de vigilância, de gestão de contratos de projetos de pesquisa e extensão; de compra de equipamentos; de técnicos especializados para os laboratórios; de planejamento e execução de obras.
No presente momento, nossos servidores técnico-administrativos têm se desdobrado em inúmeras funções para não deixar a máquina administrativa parar de vez. Esse é o nosso problema original, donde decorrem todos os demais.
Lamentamos profundamente que obras essenciais estejam atrasadas e que os serviços não estejam a contento no Campus de Porto Velho. Aliás, os problemas de solução mais difícil se restringem ao Campus de Porto Velho, porque a solução não pode ser em curto prazo, porque não se pode construir uma obra da noite para o dia.
Novamente, nesse item não é a troca de um reitor pelo outro que vai solucionar o problema.
Por isso, a crise tem duas naturezas. A outra natureza, a crise política, começa no dia 21 de setembro de 2011.
Nesse dia, o comando da greve, deflagrada em 14 de setembro, joga no lixo o verdadeiro motivo da greve - a pauta de reivindicações por melhores condições de estudo e trabalho, com a qual, diga-se de passagem, concordo plenamente, porque me daria força para reivindicar junto ao MEC - e se lança numa luta irresponsável pela derrubada do reitor.
Irresponsável, porque sabia o comando que nessa aventura os mais exaltados e os insatisfeitos de toda ordem embarcariam.
Irresponsável, porque sabia o comando que os mais sensatos assumiriam com medo de represálias, e de verem seus nomes associados aos impropérios tantas vezes ditos nas assembleias, e impronunciáveis nesta augusta casa.
Irresponsável, porque o comando incita o desrespeito, a violência simbólica, a agressão verbal contra o direito inalienável daqueles que não embarcaram na aventura irresponsável dessa greve.
Irresponsável, porque sabe o comando que um Reitor, eleito democraticamente, e empossado de acordo com o estatuto constitucional da Autonomia Universitária, só pode ser destituído do cargo em três situações:
a) Pela não aprovação de sua prestação de contas do ano anterior; o que não ocorreu na minha administração,
b) Por 2/3 dos votos do Conselho Universitário, o que também não ocorreu;
c) Renúncia por motivo de foro intimo do Reitor.
Como se pode constatar, em nenhuma dessas situações se encontra a reitoria atual. Pensar que eu iria renunciar é outra irresponsabilidade.
Sinceramente, senhoras e senhores, depois que a reitoria foi invadida pelos alunos comandados pelo Movimento Estudantil Popular Revolucionário – o MEPR, que prega a insurreição urbana e rural, já que o ponto principal de seu programa revolucionário, disponível na página do movimento, é a reforma agrária por meio da luta armada, se assim for necessário, retomando as guerrilhas ideológicas dos anos 60, de triste memória (lembro que não há insurreição sem violência física e bélica) contra toda e qualquer forma institucional; eu pensei em renunciar.
No entanto, senhoras e senhores, minha base de apoio me convenceu do contrário. Segundo esta, minha renúncia significaria um duro golpe na democracia, nas instituições democráticas duramente conquistadas por anos de luta dentro e fora da universidade; significaria ceder a quem prega a violência, seja pelo esquerdismo senil de alguns professores, seja radicalismo pueril de alguns alunos; significaria a instabilidade dos sucessivos reitores, porque qualquer denúncia seria motivo de afastamento de um reitor; mais - acima de tudo - significaria a vitória antidemocrática da minoria barulhenta, que se movimenta à base da calúnia e da difamação.
Para provar que eles são a minoria, por duas vezes tentamos pôr em pauta de Assembléia a continuidade ou não da greve. Por duas vezes eles impediram: a primeira, tumultuando a assembléia até o cancelamento (há vídeos esclarecedores no youtube); a segunda, não compareceram, aliás, fugiram como o diabo foge da cruz.
A mesma base que me dá apoio e que me faz resistir, também, me convenceu de que tudo o que viesse a causar prejuízo à UNIR e aos próprios grevistas, sejam alunos ou professores, seria culpa da irresponsabilidade do Comando de Greve.
Aliás, verifiquem em todas as minhas declarações, escritas ou gravadas, se ofendi à pessoa de alguém ou se desrespeitei a alguma autoridade?
A culpa pelo ocorrido ao professor e aos alunos é exclusiva do Comando de Greve que, experiente, sabe como incitar, mas nunca ser flagrado. Quantos membros do Comando de Greve, seja aluno ou professor, foram detidos?
Quantos pais, mães, esposos, esposas, irmãos, irmãs sabem que a greve, desde o dia 21 de setembro, não é mais por melhorias de estudo e trabalho, e sim pelo afastamento do reitor?
Quantos pais, mães, esposos, esposas, irmãos, irmãs sabem que o afastamento do reitor, pela via da greve, é ilegal e inconstitucional?
Quantos pais, mães, esposos, esposas, irmãos, irmãs sabem quem financia os panfletos, com papel de alta qualidade, que denigrem, sem provas, a imagem de pessoas e autoridades?
Quantos pais, mães, esposos, esposas, irmãos, irmãs sabem que os mais prejudicados pela invasão do prédio da UNIR-centro, onde ficam todos os processos de construção de obras e compras de equipamentos, são os próprios alunos?
Quantos pais, mães, esposos, esposas, irmãos, irmãs sabem que obras que ficariam prontas em meado do próximo ano, podem não ser concluídas nem no final, os quais sofrerão atrasos em função do encerramento do exercício de 2011, o qual ocorrerá em 04 de dezembro próximo .
Quantos pais, mães, esposos, esposas, irmãos, irmãs sabem que o MEC cumpriu tudo o que se propôs para que a greve terminasse: disponibilizou recursos financeiros para a UNIR; constituiu Comissão de Infraestrutura (chamada também de Comissão de Crise) e constituiu Comissão de Sindicância para apurar as denúncias?
Portanto, senhoras e senhoras, as reivindicações por melhorias de condições de estudo e trabalho já foram ou estão sendo atendidas; a greve pela destituição do reitor não tem base legal. A continuidade dessa greve é uma afronta às instituições democráticas e às autoridades constituídas; todas as consequências negativas e prejuízos pessoais e materiais são da responsabilidade do Comando de Greve!
É o que tenho a dizer a esta Augusta Casa.

Prof. José Januário de Oliveira Amaral

Reitor da Universidade Federal de Rondônia

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