Política : SINTERO
Enviado por alexandre em 01/11/2011 12:06:13



Diretoria do Sintero causa prejuízos a trabalhadores em educação


A atual presidente do sindicato, Claudir Mata, entrou na Justiça contra a própria categoria. Um assunto que não foi explicado até agora pelos atuais diretores do Sintero foi a troca de advogados na chamada ação da isonomia e também o prejuízo causado pelo sindicato a milhares de trabalhadores. Na época, chegou a ser denunciado que isso aconteceu porque dirigentes sindicais teriam levado vantagem. A CBT alega que este é um bom momento para esclarecer a situação.

O advogado Luís Felipe Belmonte foi contratado pelo Sintero para representar os trabalhadores em educação do antigo território federal de Rondônia na ação da isonomia. Os filiados reivindicavam na Justiça do Trabalho a diferença salarial em relação aos federais. A ação se arrastou por mais de 13 anos, mas o sindicato venceu.

De repente, após a ação estar conclusa, faltando somente a sentença no Tribunal Superior do Trabalho, a direção do Sintero resolveu tirar Luís Felipe da ação e colocar um outro advogado. O ministro relator informou que o sindicato poderia trocar o advogado, mas os 20% cobrados por Felipe teriam que ser pagos.

É claro que a categoria não concordou com a troca, porque não viu razão para pagar um outro percentual para mais um advogado. Assim a direção do Sintero se recolheu por alguns momentos e esperou a sentença ser proferida. Depois disso os diretores do sindicado passaram a dizer que o dinheiro não seria pago se o valor não fosse “negociado” com a União.

Foram realizadas diversas assembléias, tendo sido colhidas assinaturas de 500 dos 3.600 filiados que participavam da ação. Mesmo com autorização de uma minoria, a diretoria do Sintero colocou um advogado para “negociar”. O valor da causa já estava definido em R$ 4,6 bilhões, em decisão da última instância da Justiça do Trabalho. Não cabia mais recurso.

Mesmo assim, novo o advogado contratado pelo Sintero assinou um acordo com a Advocacia Geral da União (AGU) receber apenas 11% do valor ao qual todos tinham direito, e ainda cobrou dos filiados 6% pelo “serviço”. Luís Felipe recorreu à Justiça, porque a maioria dos representados por ele não aceitou a negociação e quer o restante do dinheiro.

A atual presidente do Sintero, Claudir Mata, passou a recorrer à Justiça para impedir que os trabalhadores em educação prosseguissem com a ação. Os atuais diretores defendiam a tese de que ninguém tinha direito a mais nada, porque o sindicato tinha concordado em “negociar”. Assim, o Sintero trabalhou contra os filiados.

A Justiça do Trabalho acabou decidindo que os 500 trabalhadores em educação que assinaram as atas de participação nas assembleias onde a negociação foi discutida não teriam direito a mais nada. Continuam na briga para receber o restante do dinheiro somente quem não concordou com a negociação.

A diretoria do Sintero teria lutado na Justiça contra os próprios filiados para que não ficasse nítido que tinha enganado a categoria ao pregar que ninguém receberia coisa alguma se o valor não fosse “negociado”. Por razões não explicadas, a direção do sindicato abriu mão de dinheiro ao qual os filiados tinham direito líquido e certo.
Foi por isso que na época chegou a ser dito que alguém levou vantagem com a troca de advogados e com a “negociação”. Não foram os servidores, que receberam bem menos do que tinha direito e ainda tiveram que pagar a um outro advogado por conta disso.

Autor: CTB

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