Documento dá a liberdade para que o produto seja comercializado no mercado nacional e internacional Assessoria O açaí 100% natural produzido pela Cooperativa dos Povos Indígenas do Rio Branco (COOPIRB) recebeu o registro do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em solenidade realizada nessa quinta-feira (1), em Alta Floresta d’Oeste (RO). O documento dá a liberdade para que o produto seja comercializado no mercado nacional e internacional. A cooperativa é administrada pelos povos indígenas Kanoé, Aruá, Makurap e Tupar. A empresa foi criada há dois anos e, desde então, foram produzidos 1,2 mil litros de polpa natural, sem conservantes químicos. “Apesar da grande produção e capacidade de expansão, a venda era um dos principais gargalos. Esse foi mais um grande passo. Com o registro em mãos, agora vamos organizar a documentação para iniciar a exportação do produto”, explicou a advogada Cássia Lourenço, que acompanha e orienta o grupo nos processos burocráticos. O documento foi entregue oficialmente pelo superintendente do MAPA, Valter Lins, que foi pessoalmente até a terra indígena para conhecer as instalações da agroindústria e participar da solenidade. De acordo com o Ministério, o registro tem por objetivo, além de legalizar a comercialização do produto, promover a segurança alimentar. A cooperativa A cooperativa é um projeto voltado para o emprego de jovens e mulheres indígenas, que trabalham desde a colheita do açaí até a produção final. Ao todo, 44 cooperados estão envolvidos no processo de produção em uma área de 236 mil hectares. Para aumentar a capacidade de produção, os indígenas querem investir em infraestrutura e maquinário para produzir – além da polpa, que é perecível – o açaí em pó. O processamento visa agregar valor ao produto final e aumentar a durabilidade do produto para a exportação. “Os indígenas conectam as riquezas da floresta ao consumo consciente e garantem a conservação dos recursos naturais”, pontuou a advogada Cássia. A perspectiva é que a TI Rio Branco siga a tendência de crescimento e ultrapasse os 2,5 mil litros de polpa produzidos, em breve. O presidente da cooperativa Hellyson Kanoé ressaltou que a produção nativa do fruto é de cerca de 200 toneladas ao ano. O projeto conta com o apoio da Emater-RO e da Funai. |