Semeando
O secretário de Educação Júlio Olivar quer trazer para Rondônia, em parceria com o pessoal de informática do governo, um sistema de gestão informatizada que interliga todas as escolas, através da implantação de um centro de gestão, que consiste no desenvolvimento e licenciamento de software e treinamento de servidores. Em Ilhéus, na Bahia, esse sistema ficou conhecido como “Projeto Semear” que foi alvo de denúncias e auditoria. Ano que vem, deve estourar lá pelas terras do dendê, denúncias em pelo menos mais 20 municípios e é esse mesmo pessoal que deve migrar para Rondônia.
Parêntese
Por coincidência, os dois titulares da TI (Tecnologia de Informática) do Estado compraram dois carros, um comprou o i35 na Saga e o outro um carro chinês. O que comprou o Hyundai esteve na Bahia na semana retrasada. Se é coincidência, é das grandes. Nas próximas colunas traremos mais detalhes sobre “estranhas coincidências”.
Voltando
Informatizar é preciso, é uma necessidade e estamos na pré-história quando se fala em informática no serviço público, mas vale lembrar que existem atualmente milhares de softwares e empresas que disponibilizam serviços a preços competitivos, sem contar que as gigantes do setor fazem isso praticamente a custo zero, exatamente para manterem o mercado. Portanto, querer implantar projetos que vem sendo alvos de denúncias em outros estados é um retrocesso, até porque se deu problema por lá, certamente vai ter problema por aqui.
Requentando
A informação que Porto Velho é a cidade que menos tem rede de saneamento no País é velha e requentada. A revista Istoé havia publicado uma reportagem, anos atrás, dando um detalhe ainda mais pitoresco, a rede de esgotos da capital de Rondônia é exatamente a mesma de 80 anos atrás. Portanto, quem se assustou com a notícia é porque não é daqui ou não acompanha o cotidiano da cidade. Para quem não sabe, a maioria das casas tem fossa, e isso é sinal de falta de saneamento. A maioria das casas também tem poços amazônicos e advinha, a fossa contamina o poço.
Por aqui
Abrir uma empresa de limpa-fossas é um grande negócio. E tem mais, a pouca rede de esgoto que serve a cidade, vive congestionada. Agora no período das chuvas, a coisa piora, já que o lixo jogado nas ruas entope os bueiros e bocas de lobo. O resultado disso são ruas alagadas e proliferação de doenças. Em alguns bairros, a coisa é tão feia, que ratos aparecem nadando no meio das ruas com as enxurradas.
Embaçado
E o Tribunal de Contas da União continua firme no propósito de manter as obras de saneamento de Porto Velho paralisadas. Em 2009 o consórcio Cowan-Triunfo foi o vencedor da licitação de R$ 800 milhões, mas devido a denúncias, a obra foi suspensa. Agora o governo de Rondônia lançou uma licitação no valor de R$ 5 milhões para desenvolver um projeto executivo visando à ampliação do sistema de esgotamento de Porto Velho de águas residuais e sistema de tratamento para atender a demanda pelos próximos 20 anos.
Assustador
O número de casos de violência sexual envolvendo menores em Rondônia é assustador. Só em Porto Velho, entre 2009 e 2010 o índice aumentou em 100%, saltando de 306 casos para 636, de acordo com dados do Ministério Público, que encabeça o projeto Girassol.
Denúncias
Ainda de acordo com o Ministério Público, foram oferecidas 9.787 denúncias em 2009 contra 10.336 em 2010 e a previsão é que esses dados continuem aumentando, já que uma análise preliminar apontou que até junho deste ano o Ministério Público já ofereceu 5.152 denúncias.
Abusos
E os casos de abuso são os mais diversos possíveis, de pais que molestam filhos a primos, vizinhos, tios e conhecidos. a violência sexual contra crianças em Porto Velho podem ser constatada nas ruas, em bares e “inferninhos” espalhados pela capital. É comum observar meninas com idades entre 12 e 16 anos nas ruas, acompanhada de homens muito mais velhos. Apesar dos esforços das autoridades, esse tipo de prática, pelo visto, está longe de acabar.
Distritos
Nos distritos a situação é ainda pior. As famílias não sabem o que fazer para tirar as filhas de situações de risco e é difícil, já que se prostituindo, elas tem acesso a quantias que dificilmente teriam exercendo outras atividades.
Desemprego
A partir de janeiro Santo Antônio e Jirau devem começar as demissões dos barrageiros. Cerca de 10 mil homens devem ficar desempregados. A maioria segue para seus estados de origem, outro tanto deve ir para o Pará onde será construída a usina de Belo Monte, mas certamente uma turma deve ficar por aqui.
Esfriando
E essas demissões vão refletir no comércio. Se janeiro, fevereiro e março é o pesadelo dos comerciantes, 2012 deve começar sombrio. Sem o dinheiro dos peões de Jirau e Santo Antônio a economia deve dar uma esfriada e não tem previsão para voltar a aquecer. Com as duas maiores obras do País em fase de finalização, as empresas que prestam serviços também devem ser dispensadas e migrar para outras paragens. E podemos nos preparar para o temido “pós usinas”.
Otimismo
Claro que as autoridades fazem de tudo para tentar minimizar os efeitos, mas dificilmente Rondônia terá outro boom em tão pouco tempo. O lamentável disso tudo é que o Estado, e principalmente Porto Velho, poderia ter melhorado sensivelmente, mas o que fica é a desilusão. A cidade está pior que nunca, trânsito caótico, ruas esburacadas, obras inacabadas e a desconfiança do governo federal. Até mesmo as obras de saneamento, que poderiam manter o mercado minimamente aquecido, não devem acontecer em 2012.
Recessão
O mercado imobiliário deve passar por uma reformulação. Já é notória a imensa quantidade de imóveis para alugar, com preços ainda inflacionados, mas muitos já se adequando a nova realidade. Os novos empreendimentos também devem brecar, e agora é aguardar a entrega dos imóveis que foram vendidos na planta. E não foram poucos. A recessão será sentida também pelos prestadores de serviço. Porto Velho deve iniciar 2012 na ressaca das usinas e essa dor de cabeça só deve começar a amenizar em 2013.
Adiada
Por 30 dias a implantação da CPI da Caerd. Em reunião que durou cerca de 4 horas, deputados e o presidente da empresa, Castelo Branco, chegaram a um acordo. A Caerd deve repassar, no prazo de 30 dias, um balancete completo de despesas com pessoal, convênios, contratos, débitos e saldos. Se ao fim desse prazo não cumprir o acordo, a CPI será instalada.
Interessante
É que mesmo sob fogo cerrado, devendo mais de R$ 600 milhões, a companhia pretende abrir licitação de publicidade institucional. Ano passado a empresa fechou com um déficit de R$ 40 milhões. Também, gastou em 2010 R$ 52 milhões para pagar 536 funcionários em um ano. Os salários na Caerd variam entre R$ 8 a R$ 12 mil, alguns chegando a R$ 14. Desse jeito, não há dinheiro que chegue.
Radioterapia contra câncer de mama
Um estudo com mais de 10 mil pacientes com câncer de mama mostra que o uso de radioterapia após a cirurgia corta pela metade o risco de volta do tumor em dez anos. A pesquisa foi publicada hoje na revista médica inglesa "Lancet". O trabalho, o maior já feito até agora sobre o tema, reúne dados de mulheres que participaram de 17 estudos sobre radioterapia após a realização da cirurgia que conserva as mamas. Uma outra opção é fazer a retirada total. Após os dez anos da pesquisa, 35% das mulheres que não fizeram radioterapia sofreram uma volta do tumor. Nas que fizeram o tratamento, 19% voltaram a ter a doença em algum momento.
Contatos
Contatos com a coluna podem ser feitos pelo alan.alex@gmail.com – painelpolitico@hotmail.com – www.painelpolitico.com - Twitter/painelpolitico Facebook.com/painel.politico– telefone 9248-8911.




Semeando
O secretário de Educação Júlio Olivar quer trazer para Rondônia, em parceria com o pessoal de informática do governo, um sistema de gestão informatizada que interliga todas as escolas, através da implantação de um centro de gestão, que consiste no desenvolvimento e licenciamento de software e treinamento de servidores. Em Ilhéus, na Bahia, esse sistema ficou conhecido como “Projeto Semear” que foi alvo de denúncias e auditoria. Ano que vem, deve estourar lá pelas terras do dendê, denúncias em pelo menos mais 20 municípios e é esse mesmo pessoal que deve migrar para Rondônia.
Parêntese
Por coincidência, os dois titulares da TI (Tecnologia de Informática) do Estado compraram dois carros, um comprou o i35 na Saga e o outro um carro chinês. O que comprou o Hyundai esteve na Bahia na semana retrasada. Se é coincidência, é das grandes. Nas próximas colunas traremos mais detalhes sobre “estranhas coincidências”.
Voltando
Informatizar é preciso, é uma necessidade e estamos na pré-história quando se fala em informática no serviço público, mas vale lembrar que existem atualmente milhares de softwares e empresas que disponibilizam serviços a preços competitivos, sem contar que as gigantes do setor fazem isso praticamente a custo zero, exatamente para manterem o mercado. Portanto, querer implantar projetos que vem sendo alvos de denúncias em outros estados é um retrocesso, até porque se deu problema por lá, certamente vai ter problema por aqui.
Requentando
A informação que Porto Velho é a cidade que menos tem rede de saneamento no País é velha e requentada. A revista Istoé havia publicado uma reportagem, anos atrás, dando um detalhe ainda mais pitoresco, a rede de esgotos da capital de Rondônia é exatamente a mesma de 80 anos atrás. Portanto, quem se assustou com a notícia é porque não é daqui ou não acompanha o cotidiano da cidade. Para quem não sabe, a maioria das casas tem fossa, e isso é sinal de falta de saneamento. A maioria das casas também tem poços amazônicos e advinha, a fossa contamina o poço.
Por aqui
Abrir uma empresa de limpa-fossas é um grande negócio. E tem mais, a pouca rede de esgoto que serve a cidade, vive congestionada. Agora no período das chuvas, a coisa piora, já que o lixo jogado nas ruas entope os bueiros e bocas de lobo. O resultado disso são ruas alagadas e proliferação de doenças. Em alguns bairros, a coisa é tão feia, que ratos aparecem nadando no meio das ruas com as enxurradas.
Embaçado
E o Tribunal de Contas da União continua firme no propósito de manter as obras de saneamento de Porto Velho paralisadas. Em 2009 o consórcio Cowan-Triunfo foi o vencedor da licitação de R$ 800 milhões, mas devido a denúncias, a obra foi suspensa. Agora o governo de Rondônia lançou uma licitação no valor de R$ 5 milhões para desenvolver um projeto executivo visando à ampliação do sistema de esgotamento de Porto Velho de águas residuais e sistema de tratamento para atender a demanda pelos próximos 20 anos.
Assustador
O número de casos de violência sexual envolvendo menores em Rondônia é assustador. Só em Porto Velho, entre 2009 e 2010 o índice aumentou em 100%, saltando de 306 casos para 636, de acordo com dados do Ministério Público, que encabeça o projeto Girassol.
Denúncias
Ainda de acordo com o Ministério Público, foram oferecidas 9.787 denúncias em 2009 contra 10.336 em 2010 e a previsão é que esses dados continuem aumentando, já que uma análise preliminar apontou que até junho deste ano o Ministério Público já ofereceu 5.152 denúncias.
Abusos
E os casos de abuso são os mais diversos possíveis, de pais que molestam filhos a primos, vizinhos, tios e conhecidos. a violência sexual contra crianças em Porto Velho podem ser constatada nas ruas, em bares e “inferninhos” espalhados pela capital. É comum observar meninas com idades entre 12 e 16 anos nas ruas, acompanhada de homens muito mais velhos. Apesar dos esforços das autoridades, esse tipo de prática, pelo visto, está longe de acabar.
Distritos
Nos distritos a situação é ainda pior. As famílias não sabem o que fazer para tirar as filhas de situações de risco e é difícil, já que se prostituindo, elas tem acesso a quantias que dificilmente teriam exercendo outras atividades.
Desemprego
A partir de janeiro Santo Antônio e Jirau devem começar as demissões dos barrageiros. Cerca de 10 mil homens devem ficar desempregados. A maioria segue para seus estados de origem, outro tanto deve ir para o Pará onde será construída a usina de Belo Monte, mas certamente uma turma deve ficar por aqui.
Esfriando
E essas demissões vão refletir no comércio. Se janeiro, fevereiro e março é o pesadelo dos comerciantes, 2012 deve começar sombrio. Sem o dinheiro dos peões de Jirau e Santo Antônio a economia deve dar uma esfriada e não tem previsão para voltar a aquecer. Com as duas maiores obras do País em fase de finalização, as empresas que prestam serviços também devem ser dispensadas e migrar para outras paragens. E podemos nos preparar para o temido “pós usinas”.
Otimismo
Claro que as autoridades fazem de tudo para tentar minimizar os efeitos, mas dificilmente Rondônia terá outro boom em tão pouco tempo. O lamentável disso tudo é que o Estado, e principalmente Porto Velho, poderia ter melhorado sensivelmente, mas o que fica é a desilusão. A cidade está pior que nunca, trânsito caótico, ruas esburacadas, obras inacabadas e a desconfiança do governo federal. Até mesmo as obras de saneamento, que poderiam manter o mercado minimamente aquecido, não devem acontecer em 2012.
Recessão
O mercado imobiliário deve passar por uma reformulação. Já é notória a imensa quantidade de imóveis para alugar, com preços ainda inflacionados, mas muitos já se adequando a nova realidade. Os novos empreendimentos também devem brecar, e agora é aguardar a entrega dos imóveis que foram vendidos na planta. E não foram poucos. A recessão será sentida também pelos prestadores de serviço. Porto Velho deve iniciar 2012 na ressaca das usinas e essa dor de cabeça só deve começar a amenizar em 2013.
Adiada
Por 30 dias a implantação da CPI da Caerd. Em reunião que durou cerca de 4 horas, deputados e o presidente da empresa, Castelo Branco, chegaram a um acordo. A Caerd deve repassar, no prazo de 30 dias, um balancete completo de despesas com pessoal, convênios, contratos, débitos e saldos. Se ao fim desse prazo não cumprir o acordo, a CPI será instalada.
Interessante
É que mesmo sob fogo cerrado, devendo mais de R$ 600 milhões, a companhia pretende abrir licitação de publicidade institucional. Ano passado a empresa fechou com um déficit de R$ 40 milhões. Também, gastou em 2010 R$ 52 milhões para pagar 536 funcionários em um ano. Os salários na Caerd variam entre R$ 8 a R$ 12 mil, alguns chegando a R$ 14. Desse jeito, não há dinheiro que chegue.
Radioterapia contra câncer de mama
Um estudo com mais de 10 mil pacientes com câncer de mama mostra que o uso de radioterapia após a cirurgia corta pela metade o risco de volta do tumor em dez anos. A pesquisa foi publicada hoje na revista médica inglesa "Lancet". O trabalho, o maior já feito até agora sobre o tema, reúne dados de mulheres que participaram de 17 estudos sobre radioterapia após a realização da cirurgia que conserva as mamas. Uma outra opção é fazer a retirada total. Após os dez anos da pesquisa, 35% das mulheres que não fizeram radioterapia sofreram uma volta do tumor. Nas que fizeram o tratamento, 19% voltaram a ter a doença em algum momento.
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