Trânsito Legal : De bigu com a modernidade
Enviado por alexandre em 14/02/2022 08:50:21

De bigu com a modernidade

Novo Jeep Renegade: veja o que mudou

A linha 2022 do Jeep Renegade (que já vendeu no Brasil 380 mil unidades desde seu lançamento, em 2015). finalmente chegou, com leve reestilização no visual e uma ousada decisão: o fim da opção a diesel e a troca do motor 1.8 flex para, em todas as versões, o 1.3 turboflex de até 185cv. Os preços vão de R$ 123.990 a R$ 163.290.

E o mais importante: todas as versões (duas delas com tração 4x4 com reduzida e câmbio automático de 9 marchas) têm de série seis (ou sete nas 4x4) airbags, faróis Full LED, detector de fadiga, alerta de assistente de manutenção de faixa e frenagem autônoma de emergência.

O motor 1.3 T270 turboflex de quatro cilindros (que aposenta de vez o 1.8 nos produtos da Stellantis por exigências da legislação ) é a melhor iniciativa. Ele já é usado no Compass e Commander e na Fiat Toro, com câmbio automático de 6 marchas nas versões 4x2 e excelente torque de 27,5kgfm de torque. Nas opções 4x4, de 9 marchas, há cinco modos de condução: neve, areia/lama, pedras, esportiva e auto. 

O Renegade tem bons equipamentos de segurança ativa - e desde a versão Sport. Destaque, vale ressaltar, para a frenagem autônoma de emergência (AEB), que faz um monitoramento contínuo do tráfego à frente. Quando é detectado o risco de colisão com outros veículos, o Renegade emite um alerta sonoro e visual ao motorista. Se não houver nenhuma ação, o sistema aciona automaticamente os freios do Renegade, reduzindo o impacto da colisão ou até impedindo uma batida.

Esse recurso é possível graças a uma câmera posicionada na parte superior do para-brisas - que permite a inclusão de outros sistemas, como o assistente de manutenção de faixa (LKA). Eles fazem a leitura da sinalização horizontal da via e podem fazer correções pontuais no volante para alertar o motorista que o veículo está invadindo as faixas laterais. 

A segurança é reforçada pelo detector de fadiga, de série em todas as versões. Ele analisa diversos parâmetros do veículo, incluindo o tempo de viagem, e sugere ao condutor uma parada para descanso sempre que é identificado o risco de sonolência ao volante. 

O monitor de veículos no ponto cego (BSM) usa sensores nas laterais para alertar o motorista, por meio de luzes nos retrovisores, da presença de carros ao redor em pontos que podem não ser vistos pelo condutor. O aviso de tráfego traseiro soma mais proteção em manobras e saídas de garagem em ré: quando os sensores detectam a proximidade de carros perpendiculares um alerta é emitido na cabine. 

Para completar, o modelo ainda pode receber faróis com comutador automático do facho alto (AHB), e sistema de estacionamento automático Park Assist. Vale dizer que este último, AHB e BSM são de série nas versões Trailhawk e Série S.

Do ponto de vista visual, a atualização de estilo: mudanças no design da dianteira e traseira, com novos pára-choques frontais e traseiros, novo desenho da grade e faróis e lanternas Full LED. Na lateral, as novas rodas e retrovisores. Por dentro, de cara chama a atenção o volante redesenhado (e usado no Compass e no Commander) com o bonito distintivo Jeep. 

Welcome kit
Os 1.000 primeiros clientes que comprarem o Novo Jeep Renegade ganharão um welcome kit composto por uma caixa de som e copo retrátil que virão em um estojo exclusivo. Para completar, os novos proprietários do Novo Renegade também terão direito a uma corrente militar personalizada. Para receber, ele deve seguir as orientações que seguirão com o kit, se inscrever no programa Jeep Wave e indicar seus dados para a entrega.

Preços
- Sport T270 Turbo Flex AT6 - R$ 123.990
- Longitude T270 Turbo Flex AT6 - R$ 138.990
- S T270 Turbo Flex AT9 4x4 - R$ 163.290
- Trailhawk T270 Turbo Flex AT9 4x4 - R$ 163.290

C40, o elétrico de R$ 420 mil - A marca sueca Volvo apresentou esta semana o segundo carro totalmente elétrico no país: o C40, um SUV cupê. É o primeiro modelo Volvo ‘nascido’ para ser elétrico. A expectativa de vendas é de 1 mil unidades este ano.

As primeiras 200 – o processo de pré-venda já foi aberto – serão entregues no fim de março. O benefício para os compradores em pré-venda é basicamente o preço (R$ 420 mil), pois o segundo lote terá os valores voltando “ao normal”.

O C40 usa o conjunto de propulsão do XC40: dois motores elétricos, um em cada eixo, com 408cv de potência e 67,3kgfm de torque, com baterias de 78 kWh de capacidade, sendo 75 kWh úteis. Com isso, a Volvo Cars brasileira é a segunda mais eletrificada no mundo, atrás apenas da Noruega.

A segurança, claro, é de primeira, com as tradicionais tecnologias de condução que vão do piloto automático adaptativo, com assistente de faixa e alerta de colisão com frenagem automática.

O C40 traz um interessante panorâmico, que molda o carro todo, desde a primeira fileira de bancos, até os assentos traseiros. A nova tecnologia empregada na construção do vidro dispensa o uso da cortina de fechamento. O vidro escurecido possui proteção UV e IR e é capaz de reduzir 95% a entrada de luz e 80% da radiação de calor.

De mimos, entre outras tantos, um sistema de som Harman Kardon e um painel digital configurável ‘parceiro’ da central multimídia desenvolvida pelo Google: o conjunto pode virar um tablet ou smartphone, com aplicativos de músicas e navegação, além do próprio sistema de navegação Google.

O C40 vem com 3 anos de garantia e com 3 anos de revisões periódicas custeadas pela Volvo. “O cliente tem a tranquilidade de ter uma garantia prolongada e ainda não tem despesas com as revisões”, ressalta André Bassetto, diretor de produto e pós-vendas.

A Volvo Car Brasil, pioneira na eletrificação no país, lidera o ranking de carros elétricos com o XC40 Recharge Pure Electric. O veículo, que chegou em setembro de 2021 ao Brasil, teve mais de 100 unidades emplacadas somente em janeiro deste ano, o dobro do segundo lugar no ranking.

BMW X1 - A linha 2022 do SUV X1 ganhou pequenas alterações - novos acabamentos internos e rodas de 19’’, por exemplo. Mas os preços das versões anteriores foram mantidos. Em relação ao acabamento, um vem é padrão alumínio escovado (versão X-Line) e outro em preto brilhante (GP Plus, a de entrada). O volante ganhou empunhadura mais esportiva ainda, com novo desenho. O sistema de som agora é Harman Kardon com 12 alto-falantes e amplificador de 360W.  O conjunto de motor não muda: o 2.0 turbo a gasolina entrega 192cv de potência e 28,6 kgfm de torque, sempre com câmbio automático de 8 marchas. Isso é capaz de fazer o X1 sair de 0 a 100 km/h em apenas 7,7 segundos, numa velocidade máxima de 225 km/h. E os preços? A versão sDrive20i GP Plus sai por R$ 287.950; a X-Line Plus, R$ 307.950; a Sport Plus, por R$ 327.950.

Corolla Cross: prós e contras - O Toyota Corolla Cross tem muitas vantagens, claro. Primeira: nasceu do sedã Corolla, sempre um dos carros mais vendidos do mundo (no Brasil, no ano passado, vendeu mais do que todos os concorrentes somados). E ainda é de uma marca de grande reputação, dona de uma fidelidade incrível dos clientes. Mesmo que o Cross não ofereça todas as comodidades do irmão menor (até a capacidade do porta-malas é 30 litros menor), o SUV faz sucesso e é o segundo mais vendido do país. Este colunista testou as versões topo de linha híbrida XRX e a XRE a combustão - e conta como se saíram e quais as diferenças entre ambas. Vamos, então, à percepção, aos fatos e às consequentes subjetividades de gosto e outras questões paralelas relevantes na hora de um consumidor escolher tal veículo (como o pós-venda, ponto porte da marca japonesa).

O Corolla Cross disputa em um segmento pesado, digamos assim: o Jeep Compass (com várias versões de acabamento e motorização, inclusive diesel e com tração 4x4) vendeu 70.923 unidades em 2021; o SUV da Toyota, 34.255. Em seguida, vêm os Caoa Chery Tiggo 7 e 8, o VW Taos, o Jeep Commander…O Cross, nesse universo específico, tem uma diferença especial (motor híbrido), mas é o que é: um Corolla, com as mesmas características (é até menor na distância entre-eixos, embora mais alto e mais largo). 

Ele, de fato, chama a atenção nas ruas. É muito bonito com seu porte bem imponente e grade em preto brilhante, a moda das modas. Fez até a marca tradicionalmente conservadora nesse aspecto ser mais ousada. Os bonitos faróis em LED, conjugando com as luzes diurnas e os faróis de neblina (também em LED), fazem com que o carro peça passagem ao carro da frente. 

Bem, o motor é híbrido
Mas não é plug-in, e sim aquele com regeneração (freia ou tira o pé do acelerador e ele produz energia). Portanto, vale lembrar, tem autonomia elétrica menor. Mesmo assim, ele consegue rodar mais de 500km (ou 600km, se você for cuidadoso) apenas com um abastecimento: e isso com um tanque de 36 litros! O conjunto de propulsão é bem adaptado ao Brasil, digamos assim, por usar a tecnologia bicombustível, com a opção do então patriótico etanol. Segundo o Inmetro, essa versão faz de 14,5 km/l (uso urbano) e 16,3 km/l (na estrada) se abastecido com gasolina ou 9,9 km/l e 10,9 km/l, respectivamente, com etanol.

Mas lembram da citação acima do carro pedindo passagem por conta do visual? No dia a dia, não dá para contar com isso em relação ao conjunto de motores, que geram de forma combinada apenas 122cv (em um carro de 1.450kg). A potência e o torque oferecidos só no a combustão são de carros menores: no máximo 101cv, com 14,5 kgfm. Os dois elétricos chegam a 72cv e a 16,6 kgfm. Quando combinados, 122 cv. Lembrando: são os elétricos que fazem o Corolla Cross dar a largada e só param quando notam que o colega a combustão está funcionando. 

No dia a dia, até que vai, mas numa estrada não empolga, principalmente - e obviamente - no modo Eco, que prioriza o baixo consumo: para sair da imobilidade (0km/h a 100km/h) leva mais de 12 segundo, Até as retomadas nas estradas são lentas, exigindo mais concentração do condutor numa ultrapassagem - e nesse caso deve-se optar pelo modo Power, elevando as RPM.  Esportividade, enfim, não é o forte dele - e isso não é para se lamentar. 

E o pacote de segurança? - Até pelo preço cobrado, está dentro do padrão comercial das obviedades: na versão XRX, tem 7 airbags e controle de cruzeiro adaptativo, com alerta de mudança de faixa, alerta de ponto cego, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro. A versão XRE não tinha boa parte desses recursos - mas a correção foi feita na linha 2023 (leia mais abaixo).

E o acabamento? - É bom, mas é preciso levar em conta alguns detalhes. Vamos lá: mesmo mais curto do que o sedã, proporciona uma base caprichada de conforto tanto a quem vai na frente quanto atrás. Mas só o banco do motorista tem ajustes elétricos (falha num carro deste valor). O oferece regulagem lombar. 

O pessoal da engenharia e do marketing/comercial da Toyota lembrou que o passageiro de trás também é importante: há lanterna de leitura no teto, saídas do ar-condicionado e até duas tomadas USB. Como compartilha a plataforma do sedã, não precisa nem testar (reclamação válida para a maioria desses modelos): o quinto elemento, que vai no ‘assento’ do meio, sempre sofre.

A versão ainda vem com teto solar e a central multimídia de 8” pareia com Android Auto e Apple CarPlay. No geral, tudo por dentro é de boa qualidade. Destaque para o couro bege que reveste todo o interior - dos bancos aos painéis central e das portas. 

E o freio de estacionamento? - Presente em todas as versões, causou celeuma - e com razão. Ele é acionado por pedal, ao lado do freio normal. Toca-se com o pé esquerdo várias vezes nele numa viagem. Faz o motorista, até se acostumar, ficar remoendo: o que levou a Toyota a dispensar o eletrônico, acionado automaticamente ou mesmo com as mãos? O uso do pedal surgiu no Brasil nas picapes, e lá nos anos 1980, para ganhar espaço na cabine (o freio-de-mão literal ficava no console central, entre o motorista e o passageiro). Assim, a primeira fileira tinha mais uma ‘vaga’ de passageiro para ocupar. Outra polêmica - neste caso, nem tão relevante assim - se deu com a com o conjunto de escape aparente. O silenciador se sobressaía de maneira negativa, excessivamente exposto. Então, a turma do comercial/marketing brasileiro, bem brasileiramente, agiu: mandou pintar a parte exposta, e só ela, de preto, deixando-a mais discreta. 

Preços
Corolla Cross XRX híbrido
R$ 206.349 (em vermelho granada, com frete incluso)
XRE 2.0 a combustão
R$ 175.710
(na cor vermelho granada, com frete incluso)

A outra versão testada foi a XRE, topo de linha da linha com motor tradicional 2.0 bicombustível. É, reforçando, e até pela posição de dirigir, um Corolla de pneus mais altos (de aro 18) e suspensão mais elevada. Mas as características de SUV urbano estão lá, presentes, lembrando do que se pode ou não recorrer. 

O motor gera 177cv acima das 6.500rpm (com álcool) - mais agressivo do que o conjunto híbrido, embora mais poluidor, e, no fundo, em extinção: concorrentes do Corolla Cross, a exemplo do Compass, já usam propulsores turbos e com litragem menor. O torque é baixo, na faixa de SUVs pequenos como o Fiat Pulse: 21,4 Kgfm, quando abastecido com etanol.

O pacote de equipamentos é também mais limitado do que o da XRX. Não oferece as soluções do piloto automático adaptativo, por exemplo. Reforçando: a versão testada no fim do ano passado não contemplava, claro, as novidades da linha 2023 da Toyota. 

O câmbio é automático (CVT com modo sequencial de dez velocidades) e com opção de troca pelas paletas atrás do volante. No híbrido, importante lembrar, é um também CVT com botão seletor para normal, ECO, power e EV (elétrico). 

O que vem por aí?
A Toyota concentrou sua atenção, para a linha Corolla, na segurança. Tanto o sedã quanto o SUV ganharam, de série, o Toyota Safety Sense (TSS), presente apenas nas versões híbridas. O painel de instrumentos e o computador de bordo das versões XRE e XRV Hybrid passam a ser de tela digital TFT de 7 polegadas colorida, antes presente só na topo de linha XRX Hybrid. Confira alguns dos recursos do pacote de segurança.

Sistema de Pré-Colisão Frontal (PCS)
Usa a câmera e o radar de ondas milimétricas para detectar veículos e, ao detectar a possibilidade de uma colisão, alerta o motorista para evitar ou reduzir os danos causados por elas. No Corolla Cross, o sistema detecta ainda pedestres e ciclistas. 

Sistema de Assistência de Permanência de Faixa (LTA)
Em determinadas circunstâncias, o sistema é projetado para detectar desvios de pista quando as linhas divisórias são visíveis. Ao ouvir e ver os alertas, e depois de verificar que é seguro fazê-lo, o veículo deve ser redirecionado para o centro da pista. 

Faróis altos automáticos (AHB)
O AHB trabalha com uma câmera a bordo para detectar os faróis dos veículos que se aproximam e os faróis traseiros dos veículos na frente e alterna automaticamente entre os faróis altos e baixos em conformidade.

Controle de Cruzeiro Adaptativo (ACC)
É semelhante ao “cruise control” que permite a condução a uma velocidade constante pré-determinada. O ACC usa o radar de ondas milimétricas montado na grade frontal e a câmera projetada a bordo para detectar veículos, calcular sua distância e ajustar a velocidade para ajudar a manter uma distância predeterminada de veículo para veículo.

Motos: quem quer comprar? - A Webmotors, portal de negócios do segmento automotivo, realizou uma pesquisa para entender a intenção de compra de motos em 2022. O estudo revelou que 76% dos entrevistados têm intenção de comprar ou trocar de moto em 2022. Entre os entrevistados que já possuem moto (33%), o desejo por um modelo seminovo ou usado ficou em 83%. Em relação às categorias, os donos de motos têm preferência por Trail e Big Trail, seguidas pelas esportivas e scooters. Entre os que não têm moto, embora o principal motivo da compra seja para lazer (48%) e deslocamento para o trabalho (38%), as categorias escolhidas foram Street, Scooter e Custom.

*Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

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