Trânsito Legal : De bigu com a modernidade
Enviado por alexandre em 20/12/2021 08:03:12

De bigu com a modernidade

Volvo cria rede de estradas eletrificadas

A divisão de automóveis da consagrada marca sueca Volvo tomou duas importantes decisões de mercado, mobilidade e sustentabilidade esta semana. Primeiro, ele vai montar rotas com carregadores rápidos em rodovias, possibilitando viagens mais longas com os carros elétricos. Segundo, tornou a linha XC40 totalmente elétrica, algo inédito no Brasil.

A instalação desses carregadores em rodovias que ligam capitais e destinos importantes está dividida em cinco fases - e a primeira já estará funcionando no início de 2022.  Serão criados 13 corredores elétricos que abrangem 3.250 quilômetros saindo de São Paulo e ligando a cidades como Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Uberlândia (MG), Baixada Santista, litoral norte etc.

Cada um dos pontos terá capacidade para carregar dois veículos simultaneamente. “Estamos proporcionando aos proprietários de veículos elétricos fazerem viagens intermunicipais, e até interestaduais. Todos os carregadores serão instalados em locais de parada e conveniência, com segurança e comodidade. As pessoas podem deixar seus carros carregando enquanto almoçam, jantam ou simplesmente fazem a parada para um cafezinho”, explica Rafael Ugo, diretor de marketing da Volvo Car Brasil.

Os carregadores rápidos de 150 kWh são capazes de carregar um veículo como o XC40 Recharge Pure Electric em menos de 40 minutos. “A Volvo já tem quase 1 mil eletropostos espalhados pelo país, sem cobrança, e disponíveis a donos de outras marcas. Queremos cada vez mais difundir a eletrificação e aproximar isso das pessoas”, diz João Oliveira, diretor-geral de operações e inovação da Volvo Car Brasil.

Em relação ao XC40, porta de entrada dos modelos da marca, a partir de agora todos serão 100% elétricos. “Somos a primeira marca que teve coragem de fazer um movimento desse porte. Estamos pegando nosso principal produto e transformando-o em elétrico. Eletrificação para a Volvo não é nicho nem complemento de gama, é realidade”, comemora João Oliveira.

Esse é um movimento que começou em 2017, com o lançamento do XC90 Plug-in Hybrid. Já em 2020, a Volvo passou a ter ao menos um veículo eletrificado em cada um de seus modelos e, com isso, alcançou a vice-liderança do segmento premium. Já no início de 2021, a marca deixou de comercializar veículos somente a combustão, tendo somente modelos híbridos e elétricos em seu portfólio. E agora para 2022, torna a linha XC40 100% elétrica, o que representará 40% das vendas no Brasil de veículos elétricos.

Tiggo 7 Pro: maior e mais bonito - O novo Caoa Chery Tiggo 7 Pro acaba de ser oficialmente apresentado como sucessor do Tiggo 7, que sai de linha, e ganha fôlego para encarar concorrentes fortes, como o Jeep Compass e Toyota Corolla Cross, por exemplo. Ele cresceu (ficou mais largo e mais alto) e ganhou um visual bem mais imponente com seus faróis dianteiros em LED e mais afilados e uma sacada de design bem legal com a última janela lateral que se une ao vidro traseiro e passa a impressão de um “teto flutuante”. O preço? R$ 180 mil. O motor é um 1.6 turbo somente a gasolina calibrado e desenvolvido pela engenharia brasileira da Caoa Chery por cerca de doze meses. Ele ficou com mais potência e torque na nova versão: são 187cv e 28,0kgfm, com aceleração de 0-100 km/h em 8 segundos.

O novo câmbio é  de sete velocidades com alavanca tipo joystick. O pacote de segurança é bom, com tecnologias que habilitam vários recursos automaticamente - como o limite de desaceleração durante a frenagem de emergência; o pedal inteligente, que identifica uma situação de emergência e desacelera o veículo quando os pedais do acelerador e freio são pressionados ao mesmo tempo; assistência à frenagem etc. O Tiggo 7 Pro traz ainda freio de estacionamento eletrônico, controle eletrônico de descida, seis airbags e assistente de saída em aclives.

Novidades na linha Onix - A Chevrolet vai ampliar para mais versões do Onix (sedã e hatch), a partir de janeiro, o pacote de conectividade que inclui o OnStar, o wi-fi nativo, o myChevrolet app, a projeção sem fio e atualização remota de sistemas eletrônicos do carro. Antes exclusivo da Premier, ele se estende para as RS, LTZ e Midnight. E a outra nova será no conjunto mecânico (motor e transmissão), que foi recalibrado para reduzir as emissões de poluentes e, paralelamente, se enquadrar nas novas regras anti-poluição do governo brasileiro. 

L200: do rally para o consumidor - Quer ter um exemplar dessa fera, preparada pela Mitsubishi do Brasil de forma exclusiva para o consumidor comum? Então, corra: a marca separou 10 unidades da L200 Triton Sport pronta que o der e vier. A versão R, preparada em Catalão (GO) por técnicos especializados que já têm no currículo a montagem de mais de 600 modelos do gênero, pode participar inclusive de eventos como Rally dos Sertões, pois é devidamente homologada pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA ) e respeita todas as exigências de segurança da Federação Internacional de Automobilismo(FIA ). A versão, da categoria T2, mantém as características de rua como chassi, transmissão, motor e carroceria.

O conjunto de amortecedores, molas e pneus foi especialmente calibrado para qualquer desafio off-road. Internamente, foram instalados reforços de barras metálicas para proteger piloto e navegador em caso de acidentes e os bancos foram substituídos por assentos mais leves. Os cintos de segurança são de 6 pontos e os vidros das portas do motorista e passageiros foram substituídos por acrílicos para reduzir o peso. O motor 2.4 diesel foi reprogramado pela SFI Chips para desenvolver 225cv de potência e torque de51,2kgfm. O preço? Tem que ser negociado com a própria Mitsubishi.

Agressor de mulher no trânsito deve perder a CNH? - A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou proposta que determina a cassação da carteira de motorista de pessoas condenadas por violência ou grave ameaça contra mulher no trânsito. Esses condutores terão de passar por programa recuperação e reeducação para reaver ou renovar o documento. A medida está prevista no Projeto de Lei 2003/21, do deputado José Guimarães (PT-CE), cujo objetivo é combater a violência contra a mulher no trânsito.

A relatora, deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), recomendou a aprovação da do texto por considerar que esse tipo de agressão é um grave problema social do Brasil. Ela destacou à Agência Câmara de Notícias o caso de uma mulher atropelada em Brasília por um advogado após uma briga de trânsito. Paulo Ricardo Moraes Milhomem foi preso após atropelar Tatiana Machado Matsunaga em agosto de 2021. O crime foi registrado por câmeras de segurança. “Nada mais adequado, portanto, que os homens que tenham se envolvido com violência ou grave ameaça contra a mulher na direção de veículo automotor percam o direito de dirigir”, afirmou Rosa Neide.

Cadastro de bons motoristas - E o chamado Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), conhecido também como cadastro de bons motoristas, deverá começar a ser utilizado no país em março de 2022. Segundo o diretor da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran, o antigo Denatran), Frederico Carneiro, o órgão já trabalha no sistema que vai reunir informações do Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf). As informações estarão disponíveis na Carteira Digital de Trânsito e no sistema para órgãos públicos e entidades privadas que quiserem fazer uso dessas informações para beneficiar o condutor, ressaltou ele à Agência Câmara de Notícias.

Esse cadastro, criado no ano passado com a reforma do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), torna possível premiar os motoristas que respeitam as leis de trânsito, concedendo a eles, por exemplo, descontos em tributos, pedágios e nos valores de locação e seguro de veículos, entre outros benefícios. A adesão ao cadastro será voluntária. “Além da necessidade de manifestação expressa do condutor, vamos colocar um termo de consentimento para que ele autorize o compartilhamento das informações com seguradoras, empresas de locação, órgãos de trânsito e secretarias de fazenda.”

Seguro para carros velhos - Desde 2015, a procura por seguros de veículos mais antigos, com mais de 10 anos de fabricação, tem crescido constantemente. Até o ano passado, foi registrado, no Brasil, um aumento de 12,5% na quantidade de veículos segurados deste segmento. Esse fenômeno ‘derruba’ a antiga percepção de que “carro velho não precisa de seguro”. A mudança no comportamento do consumidor acompanha um movimento do mercado: o envelhecimento geral da frota de carros no país. Durante os últimos seis anos, a média de idade dos veículos brasileiros passou de 8,2 anos para 9,6 anos.

“O brasileiro está optando cada vez mais pelos seminovos ou por manter seu carro por mais tempo. Com isso, a percepção do consumidor sobre a importância de fazer um seguro para garantir e manter o seu bem vem crescendo”, explica Gilmar Pires, diretor-executivo da Azul Seguros. Uma das razões que também ajudaram a impulsionar o aumento da frota mais antiga nos últimos meses foi a pandemia de Covid-19. Com a redução da fabricação de automóveis, o fechamento de algumas montadoras e o aumento dos preços dos carros em geral, houve um aumento na procura destes veículos mais antigos. Estudos apontam que o Brasil deve chegar em 2025 com 49,4% da frota tendo mais de 10 anos.

Viagem de moto: antes de sair, o que revisar? - A chegada desses feriadões de fim de ano enche de alegria quem gosta de pegar a motocicleta para uma viagem. Para ajudar o motociclista a aproveitar a estrada com segurança, a Motul (multinacional francesa especializada em lubrificantes e fluidos de alta tecnologia) listou sete itens que precisam ser revisados antes de colocar a moto para rodar longos percursos em alta velocidade. De acordo com Marcelo Rocha, engenheiro de Aplicação da Motul Brasil, a revisão da motocicleta está diretamente ligada à segurança. “Os itens devem ser verificados não só para proteger as peças mecânicas e manter a durabilidade do conjunto, mas para garantir a segurança do condutor, uma vez que a quebra desses componentes pode levar a um acidente”, afirma. 

1) Lubrificante do motor - Caso a última troca de óleo do motor tenha sido feita há mais de 12 meses, é importante substituir o lubrificante, mesmo que a quilometragem não tenha sido atingida. Isso porque o óleo envelhece mesmo com o motor parado. “Com a troca, o motociclista garante que todos os aditivos do lubrificante vão proteger o motor e fazer a função de limpeza”, diz Rocha.

2) Líquido de arrefecimento - Cheque o nível do líquido de arrefecimento e complete, caso necessário.  “É importante fazer a substituição no intervalo correto, porque parte dos aditivos é perdida com o passar da quilometragem ou do tempo, o que impede a solução de proteger o motor de uma corrosão”, aponta.

3) Fluido de freio - Confira a janela de uso do fluido de freio, por tempo e quilometragem. Se a solução estiver antiga, o fluido estará contaminado por água, o que reduz a temperatura máxima de trabalho. Caso exceda essa temperatura durante a viagem, a moto enfrentará falha no freio, o que pode gerar um acidente. “Se o fluido estiver baixo, o motociclista deve checar se há vazamentos e, se não encontrar, precisa checar a pastilha de freio, uma vez que o fluido baixo é indicativo de pastilha gasta, para assegurar o funcionamento de todo o sistema”, orienta o especialista da Motul.

4) Corrente - Observe se a corrente está lubrificada, o que é uma condição para ter um correto funcionamento na estrada. “Se a transmissão estiver seca, além de gerar desgaste, corre o risco de travar ou romper, o que pode provocar um acidente”, alerta Rocha. Além de estar lubrificada, a corrente precisa ter a folga ajustada da forma correta – confira aqui como fazer esse ajuste.

5) Óleo da suspensão - Cheque o intervalo de uso do óleo da suspensão, por quilometragem e tempo. Quando está envelhecido ou fora da especificação, o fluido deixa o sistema mais rígido, o que impede a suspensão de copiar as irregularidades do terreno. Com isso, o condutor sofre não só com o desconforto, mas com a insegurança, porque a roda pode não estar em contato com o solo como deveria. “Em situação de emergência, em que seja preciso desviar de um objeto ou frear, a suspensão dificultará a manobra”, explica o engenheiro. 

6) Pneus - Observe se os pneus estão dentro da quilometragem de uso, o que pode ser verificado por meio do indicador de desgaste (TWI). Por mais que a profundidade do sulco seja maior que a mínima, a borracha pode estar ressecada. Nesse caso, é importante checar a validade do pneu, fixada em cinco anos a partir da data de fabricação – essa informação pode ser encontrada na lateral do item. Caso tenha passado o período de cinco anos, é indicada a substituição. Também deve ser verificada a pressão dos pneus. “Quando for fazer uma viagem com passageiro ou, muitas vezes, malas carregadas, o motociclista deve modificar a pressão de trabalho dos pneus. Essa informação é encontrada em etiqueta na motocicleta ou no manual do proprietário”, afirma o especialista. Outra dica é carregar a solução P3 - Tyre Repair, capaz de selar o furo e inflar o pneu para que o motociclista possa continuar sua viagem até conseguir fazer o reparo definitivo do pneu.

7) Lanternas, faróis e setas - Faça uma inspeção nas lâmpadas das lanternas, dos faróis e das setas, assim como nas luzes do freio e do painel. Esses itens são essenciais para garantir a visibilidade na estrada e a segurança de todos à sua volta. Se for necessário trocar alguma lâmpada, é essencial checar se a peça possui a potência indicada pelo fabricante, uma vez que instalar uma lâmpada com voltagem acima da original pode causar danos à bateria e aos refletores.

*Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

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