A defesa obsessiva do projeto de lei que criminaliza a homofobia, que relatou quando senadora da República, estaria sendo usada como desculpa, por parte de alguns petistas, para não aceitarem o nome de Fátima Cleide para disputar a prefeitura de Porto Velho.

Na verdade, o prefeito Roberto Sobrinho (PT), sonha em fazer um sucessor que seja de seu grupo político e ele conta com dois nomes: a deputada estadual Epifânia Barbosa e o vereador Cláudio Carvalho.

Como Epifânia comanda hoje o PT no Estado e tem forças dentro das hostes petistas, o natural é que sela fosse a escolhida, por sua estreita ligação com o prefeito. Ocorre que após eleita deputada, Epifânia teria se distanciado de Sobrinho e se aproximado do deputado estadual Valter Araújo (PTB), presidente da Assembléia Legislativa e que também deve entrar na disputa pela prefeitura.

A alternativa de Sobrinho seria então o vereador Cláudio Carvalho. Para Fátima, é decisivo que ela junte forças com petistas ligados aos deputados Ribamar Araújo e Hermínio Coelho, que vivem apontando as suas metralhadoras de ‘fogo amigo’ contra o prefeito da capital.

O que mais chama a atenção é que a ex-senadora já declarou em entrevistas que não quer ser a sucessora de Sobrinho, mas sim a candidata do PT. A declaração deixa no ar a inquietação de petistas com o desempenho do prefeito, que não estaria impulsionando o partido a fazer o sucessor.