Política : CARA DE PAU
Enviado por alexandre em 05/10/2021 09:27:39

PT mente descaradamente na maior cara de pau

Seria cômica se não fosse trágica a fala da presidente do PT, Gleisi Hoffman, no encontro do ex-presidente Lula, ontem, em Brasília, com a bancada petista no Congresso, quando conclamou aliados para terem um discurso alinhado de rebate aos escândalos na era petista de Lula e Dilma. “Podemos fazer módulos específicos, com umas três horas, para a bancada, explicando tintim por tintim o que aconteceu. Mostrar o que aconteceu na lava jato, as mentiras que foram contadas, no que culminaram, o que falaram sobre a Petrobras. Temos que estar com isso na ponta da língua. Temos muitos argumentos e vamos encarar nosso debate”, disse ao lado do ex-presidente.

Joseph Goebbels, ministro de Propaganda Hitler na Alemanha Nazista, dizia que uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade. Não é o caso do que aconteceu nos governos petistas, campeões em roubalheira no País, a começar do Mensalão, no primeiro mandato de Lula. Só não deu em impeachment porque o pernambucano Severino Cavalcanti, então presidente da Câmara, engavetou todos os pedidos feitos pela oposição.

O escândalo estourou em 6 de junho de 2005, quando o deputado Roberto Jefferson disse ao jornal Folha de São Paulo que o Partido dos Trabalhadores (PT) pagou a vários deputados R$ 30 mil por mês para votar favorável aos interesses do Governo na Câmara dos Deputados. Os fundos supostamente vieram dos orçamentos de publicidade das empresas estatais, canalizados através de uma agência de publicidade de propriedade de Marcos Valério. O que Hoffman tem a dizer sobre isso? Mentira, cara pálida?

Quanto à lava jato, exclusividade do seu discurso, foi resultado de um conjunto de investigações, realizadas pela Polícia Federal do Brasil, que cumpriu mais de mil mandados de busca e apreensão, de prisão temporária, de prisão preventiva e de condução coercitiva, visando apurar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de reais em propina. Ao longo de seus desdobramentos, entre outras pessoas relevantes que acabaram sendo presas, o próprio ex-presidente Lula.

Também ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o seu sucessor Luiz Fernando Pezão, ainda durante o mandato. Ainda ex-senador Delcídio do Amaral, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, os ex-ministros da Fazenda, Antonio Palocci e Guido Mantega, o publicitário João Santana, o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, e o empresário Eike Batista. Ao final de dezembro de 2016, a Operação Lava Jato obteve um acordo de leniência com a empreiteira Odebrecht, que proporcionou o maior ressarcimento da história mundial, que causou graves danos à ordem econômica brasileira.

O acordo previu o depoimento de 78 executivos da empreiteira, gerando 83 inquéritos no STF, e de que o ministro Edson Fachin. Do STF, retirou o sigilo em abril de 2017. Aonde está a mentira, Gleisi Hoffman, cara pálida?

Maior do País – A operação Lava Jato investigou crimes de corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, organização criminosa, obstrução da justiça, operação fraudulenta de câmbio e recebimento de vantagem indevida. Foi apontada como uma das causas da crise político-econômica de 2014 no País. De acordo com investigações e delações premiadas, estavam envolvidos em corrupção membros administrativos da empresa estatal Petrobras, políticos dos maiores partidos do Brasil, incluindo presidentes da República, presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e governadores de estados, além de empresários de grandes empresas brasileiras. A Polícia Federal considera-a a maior investigação de corrupção da história do País.

Olho na bancada – Presente ao encontro, o ex-presidente Lula destacou a necessidade de o PT eleger uma bancada expressiva no Congresso nas eleições de 2022. “É importante formar uma bancada grande para ter um bom apoio”, afirmou. “Só não vou conversar com quem não quiser conversar comigo”, disse Lula. A agenda do ex-presidente em Brasília deve se estender pelo menos até sexta-feira. Na quinta-feira, visitará uma cooperativa de catadores de materiais recicláveis na Cidade Estrutural, na periferia de Brasília. Lula também planeja para os próximos meses ao menos duas viagens internacionais. Uma para a Europa, onde deve ir à Bélgica, França e Alemanha. Depois, à América Latina, começando pela Argentina.

Folia sem restrição – Apostando na vacinação em massa da população até o final do ano, Rio e São Paulo saíram na frente e já anunciaram a volta do Carnaval em 2022. No Rio, por exemplo, será sem nenhum tipo de restrição, como o uso de máscaras. Da mesma forma, a capital paulista. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, anunciou que a festa será realizada sem medidas de restrição “se a questão sanitária estiver da forma como está”. Declaração foi dada em fala a jornalista no Hospital Municipal da Bela Vista, no centro. “Tanto o Carnaval de rua quanto o do Sambódromo, não conseguiríamos fazer se não houvesse uma preparação antes. Não dá pra esperar até fevereiro para eles começarem a fazer toda a preparação”, afirmou.

Ciro busca Datena – O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o apresentador José Luiz Datena se reuniram neste fim de semana durante um jantar em São Paulo para discutir uma possível aliança para 2022. O presidente do PDT, Carlos Lupi, e a mulher de Ciro, Giselle Bezerra, também participaram do encontro. O jantar marca a primeira reunião presencial entre Ciro e Datena depois que o apresentador foi convidado pelo PDT a se filiar ao partido. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, eles conversaram sobre o “futuro do Brasil” e “possíveis alianças”.

É bronca! – Se Lula optar pelo nome de Marília Arraes para disputar o Senado pelo PT, nome mais forte da legenda no Estado, como a deputada reagirá, tendo em vista que será obrigada a participar de uma aliança liderada pelo PSB? E da parte do PSB, suas principais lideranças, que enxergam em Marília uma inimiga e não adversária, haverá disposição para entendimento? Eis uma equação que só o próprio Lula será capaz de resolver!

CURTAS

NO PÉ DE GUEDES – O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) apresentou, ontem, um ofício contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ele afirma que as offshores mantidas por ambos configura os crimes de tráfico de influência, advocacia administrativa e improbidade administrativa. A acusação de Frota foi enviada a PGR (Procuradoria Geral da República.

ELEIÇÕES LIVRES – O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou, ontem, que o Brasil terá eleições livres em 2022 e com as instituições funcionando. Barroso deu as declarações ao discursar na abertura do "Seminário Internacional: Integridade Eleitoral na América Latina – Experiências Recentes e Perspectivas", organizado em parceria pelo TSE e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

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Lula pede que petistas façam contraponto a bolsonarismo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a congressistas do PT, em reunião, hoje, que, mesmo com a vantagem nas pesquisas, não deve haver clima de “já ganhou”. Também pediu mais esforço dos correligionários para se contraporem ao bolsonarismo.

Ele também demonstrou preocupação com o domínio legislativo sobre o Orçamento da União e citou que fará viagens internacionais nos próximos meses.

Disse também que o partido precisa ter como prioridade para o ano que vem aumentar as bancadas no Congresso. Lula está em Brasília para uma série de encontros políticos que começou ontem, quando jantou com governadores.

Ainda hoje, Lula se reunirá com embaixadores africanos. Nos próximos dias, ele se encontrará com representantes de outros países, como o embaixador russo, Alexey Labetskiy, e presidentes de partidos de esquerda e de centro. Um deles deve ser Gilberto Kassab, cacique do PSD, e Carlos Siqueira, do PSB. A ideia exposta por Lula aos correligionários é mostrar ao eleitor que o partido tem soluções para os problemas atuais, como a inflação e a fome. Uma das estratégias será comparar como era a vida do cidadão comum nos anos em que Lula foi presidente, de 2003 a 2010.

Um dos focos deverá ser o preço da carne. Lula costuma dizer que o trabalhador comum podia comer picanha em seu governo. “Ele colocou claramente que nós temos lado, temos posições consolidadas. Já mostramos serviço ao povo brasileiro”, afirmou o líder da Minoria no Senado, Jean Paul Prates (RN).

Lula também pediu que os congressistas estejam mais presentes nas ruas. É uma forma de se contrapor à mobilização bolsonarista. Clique aqui e confira a matéria do Poder360 na íntegra.

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