Trânsito Legal : De bigu com a modernidade
Enviado por alexandre em 26/09/2021 21:48:40


Tracker 1.0 turbo: desempenho bom, consumo idem

Nas ruas e estradas, o Chevrolet Tracker Premier é um só, mas sempre tem alguém perguntando: esse é qual? No caso, o 1.0 ou o 1.2? Ambos são turbinados, bons de dirigir (principalmente na cidade), vêm de série com 6 airbags, controles de tração e estabilidade, alertas de colisão frontal e de ponto cego e frenagem autônoma - equipamentos que todo modelo acima dos R$ 80 mil deveria ter. Bem, e o custo-benefício - especialmente do Tracker 1.0, testado por este colunista? 

Comecemos pelo preço. Não há carro 0km abaixo dos 50 mil. O singelo Renault Kwid, na versão mais cara, já passa dos R$ 60 mil. É uma espécie de pé-duro de luxo para esse segmento. Então, imagine o cobrado pelo Tracker topo de linha. No site da Chevrolet, a Premier aparece com preço-base de R$ R$ 128.650 para a linha 2022. Com a cor metálica vermelho chili o valor sobe para R$ 130.250. Pois bem: numa ligação para uma loja aqui do Distrito Federal, sondando o custo da versão Premier 1.0, o vendedor disse: “A gente pode conseguir até R$ 125 mil”. 

Bem, sinceramente, para a quantidade de equipamentos que a versão tem e para as condições econômicas do país, com taxa de inflação beirando os 10% ao ano e supervalorização de produtos como o aço, não é exagero. E o Tracker 1.2? “Por uns R$ 138 mil”, completou o rapaz. Quer dizer: o mesmo pacote, motor mais potente e R$ 13 mil a mais. Então, vamos ao veredicto: vale a pena, sim. Embora, vale enfatizar, esse segmento de SUVs pequenos e médios, que se confundem, oferece muitas alternativas. Basta que o consumidor saiba o que deseja e valoriza para si.

O Tracker 1.0 Premier é mais do que suficiente para a vida diária, principalmente na cidade. Tem, por exemplo, uma suspensão confortável. A direção com auxílio elétrico é leve - mas acho que poderia ser mais. A dirigibilidade, no geral , é boa - e, segundo a GM, é resultado de uma arquitetura modular nova e otimizada para o modelo (carroceria ficou e mais e até 144 kg mais leve que a geração anterior).

Facilidades - A versão avaliada oferta uma boa lista de itens de conforto e comodidade - como o já conhecido assistente de estacionamento semiautônomo. Ajuda tanto para vagas paralelas como para as perpendiculares, girando o volante sozinho e pondo o carro até mesmo em vagas mais apertadas. Há também sensor de chuva, que aciona e ajusta automaticamente a intensidade de varredura dos limpadores conforme a intensidade da água. E há sensor crepuscular que aciona automaticamente os faróis quando a luminosidade natural fica reduzida (em túneis e no fim da tarde).

A versão testada pelo Entre-eixos já tinha o sistema de projeção sem fio para Android Auto e Apple Carplay, numa tela de 8” (sim, é achada ainda). Usei e abusei dos aplicativos Waze e Spotify - assim como do carregador de smartphone por indução magnética. O Tracker tem faróis de Full LED com boa projeção tanto para luz baixa e alta - o que, obviamente, garante mais segurança. Obviamente ele tem DRL, porém (e o mais importante) é o sistema de luz auxiliar lateral que amplia em 11% a área iluminada em manobras e curvas. A primeira sensação de quem entra num Tracker é a ampla visão que ele oferece em manobras, das ruas e estradas, enfim. Descobri: a área envidraçada dele cresce em até 15%. Quando se abre o teto-solar, aí fica imbatível.

Conectividade - Os índices de consumo - mas sempre levando-se em conta o estilo do motorista, claro - são interessantes (ficou até 17% mais econômico, segundo os engenheiros da marca). No teste, não foram feitas anotações detalhadas, mas no geral ficou na faixa dos 13 km/l (com gasolina). O motor 1.0T gera 16,8kgfm (abaixo dos 20,0kgfm da família que abastece a família Polo e Virtus) e 116 cv. Outro detalhe, já testado por este colunista em outros modelos da marca, é o conjunto de conectividade do Tracker Premier - com o wi-fi nativo em parceria com a Claro e o novo aplicativo myChevrolet, que permite muita interação entre o usuário e o veículo. Por ele, consulta-se o nível de combustível, relatórios por viagem - por dia, semana ou mês - e até aprende-se a dirigir de forma mais eficiente com o Smart Drive. 

Crise, que crise? - A Mercedes Benz trouxe para o Brasil o AMG G 63 Magno Edition. Mas não se anime: as 50 unidades, ao custo de R$ 2 milhões cada um, já foram vendidas. A versão limitada, aliás, foi criada especialmente para o mercado brasileiro. O que atrai tanto nele? Muita coisa. Ele possui quase um milhão de possibilidades de combinações dentre todas as motorizações disponíveis em todo o mundo e a personalização não conhece limites - pelo menos teoricamente, cada veículo é obra de arte única. O Mercedes-AMG G 63 Magno Edition tem motor V8 biturbo 4.0 de 585cv, tração nas quatro rodas (40:60), três bloqueios de diferencial, transmissão automática de 9 marchas, suspensão dianteira independente com duplo braço triangular e amortecimento ajustável adaptável. 

GM dobra produção - Para atender à demanda dos Chevrolet Onix, Onix Plus e Tracker, as fábricas da General Motors de São Caetano do Sul (SP) e Gravataí (RS) dobrarão a produção ao retomar o segundo turno de produção no dia 27 de setembro e 4 de outubro, respectivamente. O complexo de São José dos Campos (SP), onde é feita a Nova S10, também trabalha em ritmo acelerado desde maio para atender à demanda pela picape, que alcançou a liderança no segmento em agosto, impulsionada sobretudo pelo bom momento que atravessa o agronegócio.

Carro ou iPhone13? - Pedro Cerqueira, jornalista amigo meu, fez um levantamento muito interessante: com os R$ 15,5 mil exigidos para comprar o novo iPhone 13, qual carro você poderia pôr na garagem? Ele achou, por exemplo, um Peugeot 206 ano 2007, com motor 1.4 e teto solar de fábrica, ar-condicionado. Encontrou, também, um Fiat Uno1.6 R 1990, com tampa traseira em preto fosco. Por fim, Pedro Cerqueira achou até um - talvez sonho de infância dele - Escort XR3 conversível. 

Personalização da Toro - A Fiat Toro, que passou por boas mudanças em abril (com destaque para o novo motor turbo 270 flex), agora ganha os pacotes de personalização Chrome Edition e Black Edition, exclusivamente para a versão Volcano - que tem preço público sugerido de R$ 154 mil. Para transformá-la em Chrome Edition ou Black Edition, basta o consumidor pagar mais R$ 3 mil em cada uma. A Chrome acrescenta grade frontal cromada e overbumper. A Black Edition, a picape exibe grade frontal e overbumper escurecidos, rodas de 18 polegadas de liga leve pintadas de preto, logotipo Fiat e emblemas escurecidos, maçaneta da porta na cor da carroceria, além de rack de teto, molduras dos vidros e molduras de portas na cor preta. O pacote Tecnologia  sai por R$ 5,5 mil e inclui nova central multimídia de 10,1” posicionada na vertical, Apple CarPlay e Android Auto sem fio, comandos de voz Bluetooth, MP3, Rádio AM/FM, entrada auxiliar e porta USB, além de recursos avançados de auxílio à condução, como frenagem autônoma de emergência (AEB), aviso de saída de pista (LDW) e comutação automática do farol alto (AHB). A versão topo de linha da Toro tem motor que gera 185cv de potência e torque 27,0kgmf. 

Amarok 2.0 volta às lojas - Antes restritas a vendas diretas, as versões da picape da Volkswagen com motor 2.0 turbodiesel de 180cv voltam a ser vendidas também para o público final, segundo o site Motor1. Os preços vão de R$ 254.560 a R$ 299.100. Até então a V6 com motor de 258cv e 59,1 kgfm de torque é que estava disponível para o consumidor final. 

Accord híbrido - O sedã Honda de luxo Accord chega ao país levemente reestilizado e com tecnologia híbrida, ao custo de R$ 300 mil. A empresa japonesa diz que ele faz 17,1 km/l na estrada e 17,6 km/l na cidade. O motor é um 2.0, a gasolina, que rende 145 cv e torque de 17,8mkgf e dois elétricos que produzem 184 cv e 32,1 mkgf.

Suzuki focada no conforto - A marca japonesa Suzuki acaba de apresentar nos Estados Unidos a GSX-S1000GT, mais focada no conforto em longas jornadas (com nova posição de pilotagem mais vertical e confortável, banco traseiro de veludo e compartimentos laterais opcionais). Sem falar no para-brisa mais alto e uma carenagem que reduz a ação do vento. A Suzuki do Brasil divulgou dizendo que está ansiosa para anunciar a data de sua vinda para o Brasil. A faixa de preço também não foi revelada.  

Mortes no trânsito - A semana nacional de trânsito voltou a alertar os brasileiros dos excessos que ainda matam 15 pessoas em cada grupo de 100 mil habitantes. Bem, relatórios de mobilidade do Google mostram redução de até 80% dos deslocamentos em março de 2020 em relação ao início do mesmo ano. Porém, o número de acidentes com motos só caiu 7%. E o país gasta uns R$ 130 bilhões/ano com despesas hospitalares e patrimoniais resultantes dos sinistros de trânsito. 

Deficiente auditivo com CNH - Um projeto de lei que tramita no Congresso quer permitir às pessoas com deficiência auditiva o direito de obter CNH em todas as categorias. A proposta é do senador Romário Faria (PL/RJ). O texto, apresentado em 2 de agosto, diz que a deficiência auditiva não poderá ser motivo para negativa da concessão do documento e ressalta que Federação Mundial de Surdos garante que o problema não limita de forma alguma a capacidade de uma pessoa de dirigir um carro ou outros veículos, de forma que esse motorista surdo não constitui um risco para o trânsito seguro.

Assinatura de veículos - O serviço de assinatura de veículos para o uso diário cresce a cada dia - e nem é mais só dirigido a empresas. Na sexta-feira (24), a Toyota expandiu a oferta de assinatura do Kinto para pessoas físicas. Quem quiser ficar 12 ou 24 meses dirigindo um modelo da marca, basta acessar o site https://kintomobility.com.br. Os contratos têm preços a partir de R$ 2.682,59 mensais para o Yaris hatch pelo período de dois anos. A assinatura inclui manutenção preventiva, assistência 24 horas, IPVA, carro reserva (quando necessário) e seguro com cobertura para terceiros. Na outra ponta, a SW4 , ao custo mensal de R$ 12.233,31 por dois anos. 

Economize ao abastecer - A gasolina teve um aumento de 51% ao longo de 2021. Nem é mais novidade que o preço do litro da gasolina comum na bomba de alguns postos já ultrapassa os R$ 7, como no Acre, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins. Por isso, o Zul+, principal autotech da América Latina, separou algumas dicas de como escolher o combustível correto e economizar na hora de abastecer. "Analisando friamente o que é mais vantajoso, a gasolina é o mais econômico. Porém, para se ter uma resposta mais próxima da realidade é necessário fazer alguns cálculos", afirma André Brunetta, CEO do Zul+.

1) Usa do carro - Analise a frequência com que usa o carro - e o trajeto que costuma percorrer. O etanol é mais recomendado para aqueles que utilizam o veículo em menor frequência, já que a gasolina, ao ficar parada no tanque por muito tempo, pode acabar evaporando. Por outro lado, aqueles que fazem trajetos mais curtos podem ter melhor resultado com a gasolina, já que o etanol pode não aquecer o suficiente para uma combustão correta.

2) Faça cálculos - Sempre multiplique o preço da gasolina por 0,73. Se o resultado for maior que o preço do etanol, o combustível de origem vegetal é o ideal. Caso seja menor, opte pela gasolina. Outra forma de chegar à resposta correta é calcular quantos quilômetros por litro o veículo faz com cada combustível, em carros mais modernos, o próprio instrumento aponta quantos km/litro o veículo está fazendo.

*Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

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