China pede para o Brasil "confiar", no Partido Comunista O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, fez um apelo para que o país ‘fortaleça a confiança mútua’ no Partido Comunista Chinês (PCC) e nas autoridades do gigante asiático. Em artigo intitulado “Pensamento de Xi Jinping: Na vanguarda do seu tempo e com uma visão mundial”, publicado na revista Veja nesta quarta-feira (23), Wanming defendeu a harmonia entre os dois países – cuja relação diplomática ocasionalmente entra em conflito. Leia também1 Perseguição da China obriga jornal pró-democracia a fechar 2 China usa prisões secretas para torturar suspeitos, diz relatório 3 China defende prêmio Nobel para laboratório de Wuhan 4 Vídeo de morcegos em Wuhan retoma polêmica sobre origem do coronavírus 5 Casa Branca cogita um encontro entre Joe Biden e Xi Jinping – Maiores países em desenvolvimento nos hemisférios Oriental e Ocidental, a China e o Brasil definem suas vias de desenvolvimento e filosofias de governança conforme seus respectivos solos históricos e culturais, mas partilham objetivos comuns na busca da prosperidade nacional e do bem-estar social. Diante das novas conjunturas, torna-se ainda mais necessário para as duas partes intensificar a aprendizagem um com o outro e fortalecer a confiança mútua – escreveu o diplomata. Mesmo com as diversas denúncias de crimes contra a humanidade, a falta de liberdade e a possível culpa pela disseminação do coronavírus, Wanming enfatizou o compromisso do PCC em defender “o povo”, “a saúde” e a “dignidade de cada cidadão”. – O Partido Comunista da China, sempre com o foco no povo, preserva a saúde e a dignidade de cada cidadão, e conta com a aprovação e o firme apoio da população – disse. Ainda segundo o embaixador, que elencou em três pontos a visão do atual líder do partido, Xi Jinping, o PCC não quer conflitos ideológicos, mas sim a “harmonia universal”. – O terceiro ponto é manter o compromisso com o bem do mundo. Construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade é o conceito central do pensamento de Xi Jinping sobre diplomacia. Ele se baseia no ideal da civilização chinesa de buscar a “harmonia universal” e transcende a limitada mentalidade da Guerra Fria e do jogo de soma zero – destacou. |