As deputadas petistas Gleisi Hoffmann (PR) e Erika Kokay (DF) apresentaram requerimento para a alteração do nome da Câmara dos Deputados, com a alegação de que a referência é masculina. “Câmara Federal” é o novo nome proposto para substituição.
De acordo com as parlamentares, o objetivo é combater o “machismo estrutural”. No entanto, conforme norma da Língua Portuguesa, o “gênero neutro” é o masculino, de modo que a palavra “deputados” também abrange as deputadas.
– Não há outra razão, a não ser o machismo estrutural, que justifique que, em pleno Século 21, a Câmara ainda seja conhecida como Câmara dos Deputados, a despeito de as mulheres representarem a maioria da população brasileira e do enorme esforço da justiça eleitoral brasileira e, até mesmo, dos organismos internacionais e dos tratados firmados pelo país em prol da inclusão da mulher – argumentam as deputadas.
Elas afirmam no texto que a linguagem exclui as mulheres.
– Pretendemos alcançar tal propósito a partir do uso de uma linguagem que desfaz a referência de discriminação ou exclusão de mulheres em favor de uma designação que expressa um lugar para todas e todos.
A proposta foi encaminhada para ser discutida dentro da PEC (proposta de emenda à Constituição) 125/2011, que trata da reforma política. A medida ainda aguarda despacho do presidente da Câmara, Arthur Lira.
A íntegra do requerimento pode ser visualizada neste link.
Aziz e Renan serão processados por violência contra Dra. Nise
Ação foi movida por assessora da médica na CPI da Covid
Os senadores Omar Aziz e Renan Calheiros, presidente e relator da CPI da Covid, serão processados judicialmente. Jane Silva, ex-secretária da Cultura e assessora da Dra. Nise Yamaguchi durante depoimento na CPI, anunciou a ação nas redes sociais, que pede “danos morais e a declaração de impedimento do senador Renan Calheiros”.
O comportamento dos senadores durante a sabatina da imunologista foi duramente criticada por diversos parlamentares e personalidades.
Na ocasião, de acordo com Jane, ela tentou conversar com Aziz, durante o intervalo da sessão, para pedir que ele e os integrantes da CPI fossem mais gentis ao questionarem a Dra. Nise. Jane afirmou que o presidente foi “estúpido e grosseiro” e a expulsou do local.
Ao final do depoimento da médica, no dia 2 de junho, Jane chegou a classificar a CPI como “sessão de tortura”.
– Chegando de Brasília, após ter presenciado horas de tortura a uma dama. Seu crime: ter encontrado 4 ou 5 vezes com o presidente da nação brasileira. Local da tortura: Senado Federal. Torturadores: senadores doutorados em corrupção – escreveu Jane no Twitter.
Além de agressão à mulher, a ex-secretária também lançará mão do agravante de que a Dra. Nise é uma idosa. Jane avisou que também irá denunciar Omar Aziz, que é engenheiro civil, ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), por atitudes “desrespeitosas e misóginas”.