"PSOL é um câncer e precisa ser extirpado", diz Eduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro criticou pedido, que queria barrar a eleição de Bia Kicis para a presidência da CCJ da Câmara
Na noite desta quinta-feira (4), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou as redes sociais para comentar a decisão judicial que negou um pedido que visava barrar a eleição de Bia Kicis (PSL-DF) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O pedido contra a parlamentar foi apresentado pela deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS).
– PSOL é um câncer de hipocrisia que precisa ser extirpado do Brasil. Vale lembrar, o partido ao qual Adélio Bispo foi filiado. A última coisa que são é democratas – declarou Eduardo Bolsonaro.
ENTENDA O CASO A Justiça Federal do Distrito Federal negou um pedido de Melchionna para tentar barrar a eleição de Bia Kicis para a presidência da CCJ da Câmara. Fernanda tentou obter uma liminar para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não registrasse a candidatura de Bia.
Na decisão, o juiz da 4ª Vara Federal Cível do DF, Itagiba Catta Preta Neto, argumentou que a deputada do PSOL tentava impedir a eleição de Bia ao cargo somente em função de sua atuação parlamentar, oposta à de Fernanda, que é de esquerda.
O juiz afirmou que “todos os deputados e senadores são eleitos para defender ideias, ideais e posições políticas”.
– Deixar de atuar nesse sentido seria trair o voto de seus eleitores e, mesmo isto, não está sujeito à jurisdição. A cada quatro anos é o povo quem julga, sob esse aspecto, os seus parlamentares. Faz isso através do voto – sustentou.
Neto pontuou ainda que é “ilegítima a invasão” do Poder Judiciário em assuntos como a eleição de parlamentar para cargos internos do Legislativo.
– Nem mesmo o povo, no caso pela via da Ação Popular, pode interferir nisso. […] O que a autora pretende, na verdade, é, por ordem judicial, manipular o Parlamento do Brasil. Não há fundamento legal para esse tipo de pretensão. Pelo contrário. Repugna o sentimento republicano e democrático uma tentativa de tolher a atuação do Parlamento – escreveu o juiz.