O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na noite desta quinta-feira (04) que o governo já tem protocolos para lidar com a deterioração da pandemia de Covid-19. Ele disse que conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre medidas sem impacto fiscal. Citou a antecipação do 13º dos segurados do INSS (aposentadoria, pensão, auxílio-doença, auxílio-acidente, salário-maternidade e auxílio-reclusão).
Os recursos para o pagamento do estipêndio já estão previstos no Orçamento e seriam apenas desembolsados com antecedência. A antecipação foi feita no ano passado, no início da pandemia, como forma de mitigar os efeitos da crise.
Segundo dados do Ministério da Economia, a antecipação injetou R$ 47,2 bilhões na economia entre maio e abril de 2020.
Se a medida for utilizada novamente, poderá despejar um caminhão de dinheiro na economia nos primeiros meses do ano. Para 2021, é esperado que os pagamentos do 13º do INSS sejam pagos apenas depois de agosto.
“Nós temos o protocolo da crise. Se a pandemia nos atacar, nós sabemos como reagir”, afirmou Guedes na saída do ministério, ao lado do novo presidente da Câmara, Arthur Lira.
O ministro da Economia disse que a medida poderá ser utilizada enquanto o Congresso toca as reformas defendidas pelo governo. Citou a administrativa, o pacto federativo e a PEC emergencial.
Outras ações para mitigar os efeitos da pandemia estão em estudo pelo governo, como a reformulação do Bolsa Família e a antecipação do abono salarial. “A saúde e a economia andam juntas. Na saúde, a vacinação em massa, a proteção aos mais vulneráveis”, afirmou o ministro.