Política : COMEMORANDO
Enviado por alexandre em 02/02/2021 08:50:00

Bolsonaro celebra vitória de Lira como presidente da Câmara federal

Após a eleição de Arthur Lira (PP) como novo presidente da Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro comentou o resultado em suas redes sociais.

Ele publicou uma foto apertando a mão de Lira.

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– Arthur Lira é eleito (302 votos em 513 possíveis), em primeiro turno, para presidir a Câmara para o biênio 2021/22 – disse.

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Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, recebe os parabéns de Jair Bolsonaro Foto: Agência O Globo

O presidente Jair Bolsonaro ligou para o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para cumprimentá-lo logo após a vitória ser anunciada. O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, foi o emissário e repassou o próprio celular para Pacheco, que foi eleito com 57 votos.

– Foi apenas uma ligação para que ele (Bolsonaro) desse parabéns ao senador Rodrigo Pacheco pela vitória, disse Flávio.

No fim do ano passado, o então presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), levou Pacheco para um encontro com Bolsonaro no Palácio da Alvorada. O apoio foi selado e, no início do ano, o presidente disse a apoiadores que tinha “simpatia” pela candidatura do senador do DEM.

Em discurso feito momentos antes da votação, Pacheco afirmou que terá uma gestão independente em relação aos outros poderes e que não haverá “nenhum tipo de pressão externa”. Segundo ele, “governabilidade não significa ser subserviente ao governo”. Pacheco também assumiu um compromisso pela defesa intransigente do Estado Democrático de Direito.

Ao mesmo tempo, o senador mineiro disse que a sua gestão, formada com alianças de diferentes correntes ideológicas, pode ser uma oportunidade de “pacificação” das relações políticas:— Vamos fazer disso uma grande oportunidade, uma grande oportunidade singular de pacificação das nossas relações políticas e institucionais porque é isso que a sociedade brasileira espera de nós. Continue lendo

Após vitória, Lira busca pacificação com Maia


Por Caio Junqueira, CNN  

Arthur Lira discursa na Câmara dos Deputados
Arthur Lira discursa na Câmara dos Deputados
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil (2.fev.2021)

O novo presidente da Câmara, Arthur Lira, deverá procurar nesta terça-feira (2) seu antecessor Rodrigo Maia em busca de um acordo político para pacificar a casa após as eleições desta segunda-feira.

A ideia de Lira é não só conter uma ida ao Judiciário por parte de Maia e seu grupo, como também se aproximar do grupo de Maia para tentar avançar com a agenda economico-legislativa. Embora Lira tenha tido mais do que o dobro (302) dos votos de Baleia Rossi (145), a avaliação é de que é preciso aglutinar a centro-direita para que a pauta econômica seja apreciada já que a esquerda, que tem cerca de 130 votos na Câmara, não deverá aceitar a agenda reformista.

O problema é que o processo eleitoral deixou feridas. Maia e seu grupo divulgaram uma nota no começo da madrugada desta terça-feira na qual classificam de “autoritário” o primeiro gesto de Lira na presidência: tornar sem efeito a decisão de Rodrigo Maia de validar o bloco de Baleia Rossi.

“Os partidos que se uniram em torno da defesa de uma Câmara livre e independente repudiam, com a mais intensa veemência, o ato autoritário, antirregimental e ilegal praticado pelo deputado Arthur Lira. A eleição é una: não se pode aceitar só a parte que interessa. Ao assim agir, afrontando as regras mais básicas de uma eleição - não mudar suas regras após a sua realização -, o referido deputado coloca em sério risco a governabilidade da Casa”, diz a nota, encaminhada à imprensa à 1h39 desta terça e assinada por “líderes e parlamentares do PT, MDB, PSB, PSDB, PDT, PCdoB, CIDADANIA, PV e REDE”. Todos integrantes do bloco de Baleia Rossi.

A ideia do grupo é ir ao Supremo Tribunal Federal. Lira argumenta que eles perderam o prazo regimental para protocolar o bloco, cujo horário-limite era as 12h desta segunda-feira. O documento obtido pela CNN de fato mostra que o bloco não foi protocolado, mas Maia rebate dizendo que houve uma falha do sistema. Sob essa justificativa, acabou horas depois, em um dos seus últimos atos na presidência, validando o bloco.

Se for mantida a decisão de Lira, o bloco que o apoiou ficará com cinco das seis vagas da Mesa Diretora. Maia e seu grupo querem tentar na Justiça resgatar a sua decisão que validou o grupo de Baleia horas antes da eleição e assim dividir de forma equânime os cargos da mesa.

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