Política : TUDO PELO PODER
Enviado por alexandre em 29/09/2020 08:40:08

Alcolumbre se alia ao PT para garantir sua reeleição a presidente do Senado federal

As costuras para a possibilidade de o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), concorrer à reeleição ganharam força na Casa.

Com a realização de sessões semipresenciais, Alcolumbre aproveitou para visitar gabinetes e ganhou apoios até pouco tempo atrás considerados improváveis, como o do líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE).

“Se eu puder e tiver a oportunidade de dar um voto a Vossa Excelência que eu não dei, darei com muito gosto. Sabe por quê? Porque eu acredito é na boa política e não na nova política fascista que quer dominar o Brasil”, afirmou o petista em plenário, na última quarta-feira (23).

No mesmo dia, Carvalho anunciou aos colegas que iria presidir na sexta-feira (25), a sessão de debates da Casa. Sentado na cadeira de presidente do Senado, reiterou a defesa de Alcolumbre.

“Reforço a nossa admiração ao presidente Davi Alcolumbre por conduzir com tanta competência os trabalhos da Casa”, disse o petista.

Ao longo dos últimos meses, Alcolumbre tenta se firmar como a opção de Jair Bolsonaro (sem partido) para se manter por mais dois anos à frente do Senado —seu mandato vence em janeiro. Ele tem falado constantemente com ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), ex-presidentes da corte e ex-presidentes da República.

A incursão de Alcolumbre com senadores tem sido tão intensa que resultou até no apoio da senadora Kátia Abreu (PP-TO), que foi crítica de Alcolumbre na eleição passada. Continue lendo

O presidente da República, Jair Bolsonaro

Com o afastamento temporário de dois senadores paraibanos, o governo reforçará a base parlamentar no Senado para a votação de projetos estratégicos. Ex-ministro da Integração Nacional na gestão de Fernando Henrique Cardoso e alvo de investigações da Lava Jato, Ney Suassuna – filiado ao Republicanos – está de volta ao Senado e tomará posse nesta terça-feira (29).

Suassuna é suplente do senador Veneziano Vital do Rêgo (PB), líder do PSB, partido que faz oposição ao governo de Jair Bolsonaro. Veneziano pediu licença de quatro meses para coordenar campanhas eleitorais na Paraíba. A mulher dele, Ana Cláudia Vital, é candidata à Prefeitura de Campina Grande.

Nos próximos meses, o Palácio do Planalto tentará aprovar no Senado a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do pacto federativo, que enfrenta resistências por autorizar a redução de salários no serviço público e desvincular gastos que hoje são obrigatórios, como os da saúde e da educação. A medida depende do voto favorável de no mínimo 49 senadores. Diante desse cenário é essencial para o Planalto reforçar sua base de sustentação no Congresso.

Suassuna declarou que, diferentemente do titular da vaga, não será oposição ao governo e está pronto para aprovar projetos “em prol do Brasil e da Paraíba”. “Eu não sabia nem em que partido eu estava”, disse ele, que por muitos anos foi do MDB e depois chegou a entrar no PSL.

O Republicanos, partido ao qual Suassuna está filiado agora, é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. Trata-se da mesma legenda que abrigou o senador Flávio Bolsonaro (RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro, filhos do presidente Jair Bolsonaro, já que até hoje o Aliança pelo Brasil não conseguiu as assinaturas necessárias para sair do papel.

Aos 78 anos, é a terceira vez que Suassuna assume uma cadeira no Senado. “Eu respeito muito a oposição, mas não tenho partido definido. Meu partido se chama Paraíba e Brasil para o que for necessário”, afirmou.

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