Regionais : Crise do coronavírus vai influenciar eleições municipais, acreditam 59% dos entrevistados pelo Ibope
Enviado por alexandre em 06/09/2020 20:24:52


Quase 60% dos brasileiros ouvidos pelo Ibope acreditam que a pandemia vai se refletir nas urnas Foto: Fotoarena / Agência O Globo

O Globo

Para três em cada cinco entrevistados da pesquisa Ibope, ou 59% dos respondentes, os resultados das eleições municipais de 2020 serão influenciados pelo impacto da pandemia.

Entre os que se declararam como de esquerda no espectro ideológico, a crença de que a política de resposta à Covid-19 vai ter peso nas votações marcadas para 15 e 29 de novembro foi maior, de 79%, enquanto 58% daqueles identificados com a direita creem em uma influência eleitoral provocada pela epidemia.

Num contexto em que a maioria dos brasileiros crê que o impacto do coronavírus no país foi maior que o esperado, o levantamento do Ibope confirma a expectativa de que a pandemia deverá ser um tema majoritário nas campanhas.

Como diversos outros aspectos do combate à Covid-19 já são objeto de polarização na opinião pública (fenômeno demonstrado pelo instituto de pesquisa), é possível que a emergência da doença contribua para radicalização ainda maior do discurso.



A proposta de emenda à Constituição (PEC) que coloca fim ao foro privilegiado se tornou alvo de discussão entre os senadores desde o último dia 24, data em que a deputada Flordelis (PSD-RJ) foi acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de mandar matar o marido, o pastor Anderson do Carmo. O texto é de autoria do senador Álvaro Dias (Podemos-PR), já foi discutido e aprovado no Senado há três anos e aprovado por uma comissão especial da Câmara dos Deputados, mas não tem data para ser votado em Plenário.

Os senadores que integram o grupo Muda Senado pressionam o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para a votação da PEC que exclui a imunidade parlamentar para julgamento de crimes comuns em tribunais superiores e na Justiça Federal. O texto mantém o foro privilegiado para os chefes dos três Poderes: presidentes da República, da Câmara, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF). 

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entregou o pedido de urgência de votação assinado por senadores no dia 26 de agosto ao presidente da Câmara. Anteriormente, Maia afirmou em coletiva de imprensa que iria pautar a proposta, mas “no tempo da Casa”. Continue lendo


O presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar, neste sábado, os efeitos da pandemia do novo coronavírus, mas admitiu que a volta à normalidade no Brasil deve demorar. Em viagem a São Paulo, ele chamou prefeitos e governadores que impuseram medidas de isolamento social de “projetos de ditadores nanicos”. 

“O pessoal não tem que ter medo da realidade, eu falei lá atrás que ia pegar uma grande quantidade de gente, vamos tomar cuidado dos mais idosos, os que possuem comorbidades e vamos enfrentar”, disse o presidente durante visita às obras de recuperação da pista principal do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Atualmente, o Brasil possui mais de 125 mil mortos pela covid-19.

Bolsonaro afirmou que a retomada do País não será rápida, mas que espera que o processo não seja “tão demorado assim”. “Esperamos que volte à normalidade o País… Eu digo o mais rápido porque não vai ter como ser rápido, mas não tão demorado também.”

Ele afirmou, ainda, que nos últimos meses apareceram “projetos de ditadores nanicos” em Estados e Municípios em referência a medidas de isolamento. “Alguns governadores, quero deixar claro, queriam proibir pousos. Alguns governadores fecharam rodovias federais, como o Pará, por exemplo, e tiraram o poder de resolver as questões como eu achava que devia resolver. Como alguns me acusam de ditador, os projetos de ditadores nanicos que apareceram no Brasil afora, não só em áreas estaduais, mas municipais também. Fica de ensinamento essa pandemia aí.”

Na agenda, Bolsonaro estava acompanhado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça. Após o compromisso, ele retorna para Brasília, onde passará o restante do final de semana.

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