Regionais : Bolsonaro pede que donos de supermercados tenham ‘patriotismo’ e baixem os preços
Enviado por alexandre em 05/09/2020 22:36:54


Jair Bolsonaro

Com receio do risco de inflação, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira (04), que tem buscado associações de supermercados para tentar baixar os preços de produtos que compõem a cesta básica. Ele ponderou que não pretende dar “canetada em lugar nenhum”, nem interferir na área econômica. O comentário foi feito durante viagem a Registro (SP).

“Está subindo arroz, feijão? Só para vocês saberem: já conversei com intermediários, vou conversar logo mais com a associação de supermercados”, disse o presidente. “Estou conversando para ver se os produtos da cesta básica aí… estou pedindo um sacrifício, patriotismo para os grandes donos de supermercados para manter na menor margem de lucro”. 

Na mesma conversa, Bolsonaro indicou que tem receio do risco de inflação. “Não é no grito, ninguém vai dar canetada em lugar nenhum… porque veio o auxílio emergencial, o pessoal começou a gastar um pouco mais, muito papel na praça, a inflação vem”, declarou. “A melhor maneira de controlar a economia é não interferindo. Porque se interferir, dar canetada, não dá certo”.

Supermercados reclamam de reajustes por parte da indústria

Na quinta-feira (03), a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) disse que o setor supermercadista tem sofrido forte pressão de aumento nos preços. “Conforme apuramos, isso se deve ao aumento das exportações destes produtos e sua matéria-prima e a diminuição das importações desses itens”, disse a associação, em comunicado. “Somando-se a isso a política fiscal de incentivo às exportações, e o crescimento da demanda interna impulsionado pelo auxílio emergencial do governo federal”. Continue lendo



Tribunal vai orientar que eleitores levem canetas para assinar caderno de votação

Esta eleição não vai ser igual àquela que passou. Em tempos de pandemia do novo coronavírus, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai precisar de um total de 9,7 milhões de máscaras para garantir a segurança de mesários e dos eleitores nos locais de votação.

A proteção facial não vai ser a única novidade da campanha deste ano: os eleitores poderão comparecer às urnas das 7h às 17h (considerando os horários locais), uma faixa ampliada em uma hora (antes, era das 8h às 17h), para reduzir o risco de aglomerações. Além disso, o tribunal vai orientar que os eleitores levem as próprias canetas para assinar o caderno de votação.

Em agosto, o TSE lançou um edital em que solicita a doação de 9,7 milhões de máscaras – 7,5 milhões para mesários (que precisam trocá-las ao longo do dia) e o restante para o público que eventualmente comparecer às seções eleitorais sem a proteção. O TSE também quer 1,9 milhão de protetores faciais (conhecidos como “face shields” ou viseiras plásticas), 5,2 milhões de frascos de álcool em gel (com capacidade de 100 ml a 1L) e 1,9 milhão de canetas esferográficas de tinta azul. A Justiça Eleitoral pretende garantir canetas para cada eleitor, mas a ideia é que cada um leve a sua.

Desde que assumiu a presidência do tribunal, em maio, o ministro Luís Roberto Barroso tem se reunido com empresários e especialistas da área de saúde para garantir a segurança de mesários e do público nas eleições, que foram adiadas para 15 e 29 de novembro.

Em julho, representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Ambev se comprometeram a doar materiais e equipamentos. Depois que o edital foi lançado, a lista de empresas e instituições que decidiram contribuir com a Justiça Eleitoral chegou a 26.


Para o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), equipe técnica terá que explicar trecho polêmico da reforma administrativa Foto: Um9xdWUgZGUgU+EvQWfqbmNpYSBTZW5hZG8=

O Globo

Líderes do próprio governo afirmam que a inclusão de dispositivo na reforma administrativa que dá poder ao presidente da República para extinguir fundações e autarquias por decreto, sem aval do Congresso, pode contaminar o debate em torno da proposta.

Esse trecho é polêmico e está mal compreendido, disse o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO). Segundo Gomes, a equipe técnica precisará explicar cuidadosamente o que isso significa para não prejudicar o debate:

— Vai ser preciso interpretar melhor essa matéria.

O líder do DEM, Efraim Filho (PB), vê risco de mudanças no texto:

— Esse dispositivo tem potencial para contaminar a discussão. Será preciso construir uma redação melhor, que preserve as prerrogativas do Congresso. O governo manifesta a intenção, mas a palavra final é do Parlamento.

A proposta partiu da área econômica do governo e foi avalizada pelo Palácio do Planalto, que viu na medida uma maneira de facilitar a tomada de decisões que hoje têm alto custo político, como extinção de um órgão ou Ministério.

Fusão ou extinção

Técnicos que participaram da elaboração do texto dizem que a proposta se justifica porque os Poderes Judiciário e Legislativo podem fazer sua organização interna sem qualquer interferência. Na visão dos técnicos, há “ingerência política” do Congresso em decisões do Executivo.

O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder da maioria, disse que a reforma administrativa é um debate que interessa ao país. Diante disso, destacou, a questão específica da extinção de autarquias por decreto precisa ser aprofundada. Continue lendo

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