Política : AUTORIZA OU NÃO
Enviado por alexandre em 10/08/2020 08:59:49

Para chefiar missão, Temer precisa de autorização para sair do país

Alvo de sete processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, o ex-presidente Michel Temer precisa de autorização para deixar o país e cumprir a tarefa para a qual foi convidado pelo presidente Jair Bolsonaro: chefiar a missão de ajuda do Brasil no Líbano, após a explosão que matou cerca de 150 pessoas e espalhou destruição pelas ruas da capital, Beirute.

De acordo com a defesa do ex-presidente, ele já comunicou à Justiça a intenção de viajar e aguarda a permissão. Temer, que é filho de libaneses, já obteve aval da Justiça para sair do país duas vezes e, para isso, precisou recorrer a juízes de segunda instância, já que cumpre obrigações impostas quando deixou a prisão.

Uma dessas restrições é a retenção do passaporte. Ele foi preso preventivamente pela operação Lava Jato fluminense em março de 2019.

O ex-presidente Michel Temer aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro e será o enviado especial brasileiro ao Líbano. Segundo pessoas envolvidas nas tratativas, os detalhes serão acertados nesta segunda-feira (10).

O plano é enviar um avião KC-390 com medicamentos, mantimentos e outras doações para ajudar o Líbano, que enfrenta uma crise sem precedentes depois que uma explosão no porto de Beirute provocou a morte de mais de uma centena de pessoas.

A iniciativa é parecida com o que já ocorre nos Estados Unidos onde ex-presidentes costumam liderar missões humanitárias. Com a presença de Temer, que tem ascendência libanesa, a diplomacia brasileira quer dar maior relevância à missão.

Os contatos entre Bolsonaro e Temer começaram no dia seguinte ao acidente, ocorrido na terça-feira. O presidente ligou para seu antecessor informando que pretendia coordenar uma ajuda para o Líbano e pediu a Temer que fizesse a ponte com a comunidade libanesa no Brasil, que é expressiva.

Em reunião com líderes internacionais ocorrida neste domingo (09), Bolsonaro revelou o envio da avião com a missão humanitária e o convite para que Temer liderasse a delegação. O Brasil também deve mandar um navio com quatro toneladas de arroz. Continue lendo

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