Política : NA LUTA
Enviado por alexandre em 04/08/2020 08:23:56

Mês de Agosto exigirá que Bolsonaro participe mais dos debates políticos, avalia cientistas políticos

Agosto será um mês cheio nos três poderes da República, segundo o cientista político Murillo de Aragão. Ele relembra que tanto legislativo quanto judiciário têm, neste mês, pautas importantes em voga, o que irá exigir atuação decisiva do executivo, em especial do presidente.

“Agosto será de debates intensos que vão exigir presença ativa do presidente. Ele terá pela frente uma agenda cheia e complicada,” diz Murillo.

“As pautas do legislativo começam com o debate da reforma tributária, passam pelo início das discussões sobre o orçamento e, entre estas duas grandes pautas, temos vários itens em discussão: nova lei do gás, ajuda aos transportes públicos, discussão sobre a autonomia do Banco Central, a nova lei de falências e o Fundeb, que está tramitando.”

Já no legislativo, Aragão adianta que por conta da “judicialização em alta”, teremos grandes discussões na queda de braço entre a Procuradoria-Geral da União e a força tarefa da Operação Lava Jato de Curitiba.


O novo imposto que o governo federal tenta criar para tributar operações digitais não está sendo bem recebido entre parlamentares do Congresso Nacional. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) disparou, nesta segunda-feira (03), contra o projeto, comparando a natureza da cobrança com a antiga Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) com retoques de maquiagem.

“Não adianta passar um batom na CPMF para que o Congresso ache que ela seja diferente agora e imagine que ela não vai se utilizar, como antes, é de suas unhas, nas contas dos contribuintes”, disse.

Simone frisou que “o brasileiro já está entre os povos que mais pagam impostos do mundo, o que não condiz com a má qualidade de serviços públicos prestados”. Na opinião da parlamentar, o contexto de pandemia não é o melhor momento para testar um novo imposto.

“Tenho convicção de que o Congresso Nacional não vai aprovar mais impostos, especialmente para impactar na classe média e no bolso dos mais pobres”, afirmou.

“Precisamos de uma reforma tributária séria, que simplifique a cobrança de tributos, desburocratize, inverta essa lógica de cobrança no consumo e ajude a promover a justiça tributária, cobrando mais de quem recebe mais”, destacou.

Ainda segundo a senadora, a proposta não está clara o suficiente. Para Simone, o que foi apresentado pelo governo até agora não é suficiente para definir, com clareza, os rumos que deseja para uma reforma.

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