Política : SEM AUMENTO
Enviado por alexandre em 03/08/2020 08:47:56

Bolsonaro diz que novo imposta não gerará aumento na carga tributária

O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (02), que autorizou o ministro da Economia, Paulo Guedes, a  propor um novo imposto, mas sem aumento de carga tributária. Segundo ele, o novo tributo tem que ser compensado com extinção de outro imposto ou desoneração. 

“O que eu falei com o Paulo Guedes é que pode ser o imposto que você quiser. Tem que ver do outro lado o que vai deixar de existir. Se vai diminuir o Imposto de Renda (IR), exonerar folha de pagamento, acabar com o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI)”, disse o presidente.

Bolsonaro garantiu que só haverá um novo imposto sem aumento de carga tributária. Em caso de rejeição da proposta pela população, o presidente disse que não irá fazer alterações.

“Não tem aumento de carga tributária, é para substituir imposto. Para aumentar o pessoal não aguenta mais”, afirmou, completando:

“Se o povo não quiser, então deixa como está”.

Blog do Vicente

Tal como a tomada de três pinos, cujas razões técnicas nunca foram convincentes, a nova cédula de R$ 200 anunciada pelo Banco Central chega para confundir, já que a substituição do dinheiro manual por meios de pagamentos digitais é uma tendência forte em todo o mundo, além de contrariar o cronograma de inovações da própria entidade. 

O BC marcou para novembro a estreia do que tem chamado de PIX, uma plataforma de pagamentos instantâneos funcionando 24 horas sem fins de semana, diferentemente do DOC e da TED bancária. Estudos para um e-Real, moeda digital em testes na China e em discussão nos Estados Unidos, tanto pelo Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano) quanto pelo Congresso, também estão na agenda do nosso BC. Tais movimentos competem com o dinheiro físico. 

A digitalização de processos e transações é uma ruptura definitiva que vem imprimindo mudanças profundas nos modelos de negócios e até inviabilizando atividades antes prósperas, como agência de turismo e mesmo os bancos comerciais baseados em atendimento presencial ou remoto e a guarda e gestão dos depósitos de correntistas. 

Já não precisa ser assim. Uns dez anos atrás Bill Gates disse que logo se constataria que o crédito pode prescindir do banco comum. Não falou em aplicativo de celular, então em progresso, mas é o que se tornou ubíquo mesmo no Brasil. O celular é o tudo em um do mundo em evolução. E avança sobre a fronteira da política monetária. 

Cédula só interessa ao mercado ilegal

O Senado dos EUA debate projeto que cria o dólar digital e instrui o Fed ou os bancos credenciados a abrir uma conta corrente digital para cada cidadão americano (como fez a Caixa Econômica Federal para pagar o auxílio emergencial à população desbancarizada). 

Então, para que a nota de R$ 200, quando muitos dos que ainda se servem de dinheiro sonante se queixam da dificuldade de achar troco para R$ 100? O Banco Central Europeu tirou de circulação a nota de 500 euros, o Banco Central da Índia recolheu as de 100 rúpias, e por aí vai. 

E por que assim fizeram? Primeiro, porque, embora ainda relevante em alguns países, a moeda física é cada vez menos necessária. Mas, sobretudo, para dificultar a evasão fiscal e o tráfico de drogas e armas, que fogem de pagamentos suscetíveis de serem rastreados. Não é para isso, obviamente, que o BC criou a nota com a efígie do lobo guará. Certo? Mas será sua tomada de três pinos do mundo digital.

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