A Câmara aprovou uma medida provisória para dar novo fôlego a pequenos e médios empresários sufocados pela pandemia. Mas não só. O Congresso garantiu também uma forcinha ao caixa das igrejas.
A MP cria uma linha de crédito para bancar folhas salariais das empresas de pequeno porte. O governo vai disponibilizar R$ 17 bilhões para este fim.
O recurso sairá do Tesouro Nacional e chegará à ponta por meio dos bancos, a quem caberá à análise da concessão do crédito caso a caso.
O texto que saiu do Senado e agora recebe a chancela dos deputados, porém, estendeu o benefício às entidades religiosas. Com isso, elas também poderão pleitear o financiamento dos salários de seus funcionários.
Relator do projeto na Câmara, Zé Vitor, do PL de Minas Gerais, compara a situação com a das ONGs, também agraciadas pela futura lei.
Ele justifica a decisão de garantir o benefício a essas entidades com o seguinte argumento: trata-se de um gesto político que, segundo ele, não deverá ter efeito algum.
— A emenda das igrejas veio do Senado, e eu mantive por entender que não traz prejuízo ao projeto. Na prática, tanto as igrejas como as ONGs dificilmente vão conseguir esse crédito junto aos bancos.