Política : UM TOURO
Enviado por alexandre em 30/07/2020 08:46:47

Rodrigo Maia está muito forte, avalia assessores do Bolsonaro

Depois da retumbante derrota do governo na votação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundeb) e do esfacelamento do Centrão, com a saída do DEM e do MDB do grupo fisiológico, assessores do presidente Jair Bolsonaro reconhecem que o “presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está mais forte” do que o imaginado. 

Até a duas semanas, era quase consenso dentro do Palácio do Planalto que Maia havia perdido espaço no comando dos deputados, uma vez que ele está a seis meses de deixar o cargo que lhe empodera. Um auxiliar do ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a dizer que “Rodrigo Maia é quase passado“, referindo-se ao andamento da reforma tributária e da proposta de volta da CPMF. 

Nos últimos dias, no entanto, ficou claro que o governo se precipitou ao prever o fim do poderio do presidente da Câmara. Mais: a partir de agora, haverá um grande embate entre Maia e Bolsonaro sobre o futuro do comando da Câmara. Qualquer movimento errado do Planalto pode custar caro ao governo, como custou a Dilma Rousseff, quando ela decidiu apoiar um candidato contra o então todo-poderoso Eduardo Cunha. 

Por enquanto, a ordem dentro do Planalto é manter a calma e mapear todos os movimentos de Rodrigo Maia. Segundo assessores de Bolsonaro, não há espaço para confronto neste momento. De qualquer forma, também não haverá um abandono do deputado Arthur Lira, do PP, que vem atuando como interlocutor do Planalto com o Centrão. Para Bolsonaro, é melhor ter um enfraquecido Lira como aliado do que mais um independente.  Continue lendo


Michel Filho

A Câmara aprovou uma medida provisória para dar novo fôlego a pequenos e médios empresários sufocados pela pandemia. Mas não só. O Congresso garantiu também uma forcinha ao caixa das igrejas.

A MP cria uma linha de crédito para bancar folhas salariais das empresas de pequeno porte. O governo vai disponibilizar R$ 17 bilhões para este fim.

O recurso sairá do Tesouro Nacional e chegará à ponta por meio dos bancos, a quem caberá à análise da concessão do crédito caso a caso.

O texto que saiu do Senado e agora recebe a chancela dos deputados, porém, estendeu o benefício às entidades religiosas. Com isso, elas também poderão pleitear o financiamento dos salários de seus funcionários.

Relator do projeto na Câmara, Zé Vitor, do PL de Minas Gerais, compara a situação com a das ONGs, também agraciadas pela futura lei.

Ele justifica a decisão de garantir o benefício a essas entidades com o seguinte argumento: trata-se de um gesto político que, segundo ele, não deverá ter efeito algum.

— A emenda das igrejas veio do Senado, e eu mantive por entender que não traz prejuízo ao projeto. Na prática, tanto as igrejas como as ONGs dificilmente vão conseguir esse crédito junto aos bancos.

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