Política : AFAGOS
Enviado por alexandre em 16/07/2020 08:39:17

Bolsonaro retomará a agenda com agrado a um coronel do centrão

O presidente Jair Bolsonaro ainda nem foi liberado pelos médicos para voltar ao trabalho, mas já assumiu compromisso com um dos principais coronéis do Centrão, o senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí. 

Bolsonaro confirmou para 23 de julho presença em um evento no Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no Sul do Piauí, onde visitará o Museu do Homem Americano. A viagem também incluirá uma passagem pela cidade baiana de Campo Alegre de Lourdes, a 66 km de São Raimundo. 

Essa viagem deveria ter acontecido em 10 de julho, mas o presidente da República teve de adiar sua agenda ao ser diagnosticado com a covid-19. Depois de ser liberado da quarentena pelos médicos, ele quer retomar as viagens pelo país para tentar melhorar a popularidade. 

Centrão diz que Nordeste é estratégico para Bolsonaro 

O Nordeste tornou-se estratégico nessa empreitada. Bolsonaro e os filhos consideraram “espetaculares” os resultados da recente viagem que ele fez ao Ceará para inaugurar um trecho das obras da transposição do Rio São Francisco. Para o Planalto, Bolsonaro ganhou muitos pontos com a população mais pobre do Nordeste, reduto ainda dominado pelo PT. 

O senador Ciro Nogueira é um dos artífices dessa nova fase de Bolsonaro, de viajar para o Brasil inaugurando obras. Ele acredita que o presidente precisa sair mais de Brasília para criar uma agenda positiva para o governo. E o Nordeste deve ser visto como fundamental nessa empreitada. 

Ciro tenta se fortalecer 

O coronel do Centrão também está buscando tirar proveito da presença de Bolsonaro na região que ele domina eleitoralmente. Desde o início do mês, ele vem fazendo uma ampla campanha no estado para dizer que está aproximando o Piauí do governo federal. 

Ciro Nogueira é um especialista no assunto. Tirou enorme proveito da proximidade que tinha com os governos petistas. Tanto que acabou como um dos principais investigados da Lava-Jato. Mas, para Bolsonaro, isso é passado. O importante é o apoio que o Centrão está lhe dando no Congresso, inclusive, para afastar qualquer possibilidade impeachment.


O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, no Palácio da Alvorada

Em meio à escalada da pressão sobre o ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, o presidente Jair Bolsonaro passou a receber sugestões de nomes para assumir o comando pasta. A saída do general começou a ser dada como certa depois que integrantes das Forças Armadas e do Congresso relataram insatisfação com a permanência de Pazuello no posto. 

De acordo com relatos feitos o nome da cardiologista e pesquisadora Ludhmila Hajjar, diretora de Ciência e Inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia, voltou a ser sugerido a Bolsonaro. Ela chegou a ser cotada para substituir Luiz Henrique Mandetta. O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga, também estaria sendo cotado.

O presidente tem sido aconselhado a buscar um nome da área médica e que conheça o SUS (Sistema Único de Saúde). Hajjar é intensivista e professora de cardiologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas.

Queiroga, por sua vez, teria a simpatia do filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Na terça-feira (14), Pazuello disse não ter apego ao cargo. O general da ativa tem dito que sua intenção é voltar à atividade militar para alcançar o topo da carreira.

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