Regionais : Infectologista prevê máscara obrigatória no país pelo menos até fim do ano
Enviado por alexandre em 13/07/2020 09:10:00

Foto: Alexandre Schneider / Getty Images

Mulher veste cores do Brasil e usa máscara durante pandemia do novo coronavírus

 Sergio Cimerman, médico infectologista e coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia, acredita que o uso de máscara deve ser obrigatório no Brasil pelo menos até o fim de 2020 e disse esperar que as pessoas denunciem quem não utilizá-la em locais públicos.

 

"Esse é o novo normal que nós vamos viver, e provavelmente até o fim do ano a gente deve ter o uso obrigatório de máscaras. E as pessoas vão ter de se acostumar. Vai ser um acessório a mais que as pessoas vão ter, como a gente sai com o nosso documento de identificação, com a chave do carro, o relógio, adornos nas mulheres...", opinou Cimerman à GloboNews.

 

"A máscara também faz parte do dia a dia. É inadmissível, hoje, uma pessoa adentrar ou circular perante outras pessoas sem utilizar máscara. O cidadão deve denunciar a pessoa que não estiver utilizando a máscara. Hoje, o educado é usar máscara; mal educado é o que não usa e não colabora com todos nós", completou o infectologista.

 

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O Brasil registrou nas últimas 24 horas mais 631 mortes causadas pelo novo coronavírus, de acordo com último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. Além dos novos óbitos, que elevaram o total a 72.100, o país também confirmou mais 24.831 novos casos da doença. Agora, o total de infectados é de 1.864.681.

 

Construção de hospitais de campanha no interior?

 

Eu acho que [a construção de hospitais de campanha no interior] precisa ser discutida, mas com mais parcimônia, com mais tranquilidade. Por exemplo, São Paulo desativou o hospital de campanha do Pacaembu, mas tem o do Ibirapuera, que está tendo um fluxo adequado para cidades como Campinas. A gente tem de ter uma interação mais forte entre os governos estaduais e municipais para ver essa flexibilização de leitos, como vai ser coberta essa rede e como vai ser colocada à população. Fazer um gasto desnecessário, com compras de novos respiradores... Tendo hospitais que, mesmo que não sejam na cidade do paciente, mas para os quais ele possa se transferir com total tranquilidade, sem colocar em risco a vida, a gente pode esperar. A gente tem de ter total tranquilidade nessa hora e avaliar o recurso público de modo adequado para gastar no que a gente realmente precisa para a população e não ter um gasto desnecessário.

 

Hoje, a gente precisa ter o que se chama de recursos humanos, o RH adequado. Eu preciso ter desde a pessoa que faz a limpeza até o médico intensivista, o médico generalista, o médico infectologista que vai atender o paciente na linha de frente. Se a gente não tem todos esses profissionais envolvidos e contratados, de que adianta ter vários leitos e vários respiradores? Isso não vai ser benéfico. A gente tem de usar o máximo que a gente tem, guardar esse recurso. Para que, quando for necessário - e a gente espera que isso não aconteça, porque o Brasil já está, na grande maioria de estados e municípios, chegando no estágio de platô -, a gente possa utilizar recurso de modo adequado. Sem ver notícias de superfaturamento de respiradores, de máscaras etc.

 

Pode haver colaboração de municípios e estados para alocação de recursos?

 

Quando a gente observa a questão médica, sempre é possível. Mas existe uma questão política na pandemia. Tem essa dificuldade de interlocução. O governo federal não se coloca como a base que deveria dar o Norte para todos os locais. Se a gente tem uma polarização com os defensores da hidroxicloroquina contra quem não toma cloroquina, quem usa ivermectina e quem não deve usar, assim por diante, fica complicado. A questão política, hoje, tem sido um fato importante, negativo, e acaba prejudicando a nossa população.

 

'Interiorização' do novo coronavírus no Brasil

 

 

O Brasil é muito grande demograficamente e, agora, estamos vivendo esse período de flexibilização em quase todos os municípios. E aí a gente vai ter de avaliar cada um em separado, essa é a questão. A gente não pode avaliar um conjunto global. O estado de São Paulo sofre um processo de interiorização em algumas cidades, não todas. Você tem Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto com número excessivo de casos, e aí levando a um provável colapso do sistema público de saúde, sobretudo nas unidades de terapia intensiva. Mas quando você observa a capital, você vê uma estabilização, número menor de mortes, número menor de casos, e a gente já está em um platô. A cidade de São Paulo já se encontra em um platô, e teve uma flexibilização com certo cuidado. E a população tem observado sobretudo pela questão do uso de máscaras, isso é muito importante. Apesar de existir a multa, que é um caráter de alerta, a gente vê que hoje, a cada 10 pessoas, nove usam máscara. A despeito do início da pandemia, em março, em que a cada 10 pessoas havia uma usando máscara. Esse é um fator que vai ajudar, junto com o distanciamento e a higienização das mãos, a termos uma diminuição do número de casos, internações e mortes.

 

UOL

AJUDA OU NÃO? Imagens impressionantes mostram eficácia das máscaras contra a Covid-19

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Foto: Divulgação

Coronavírus já vitimou mais de 70 mil brasileiros e índice de contágio segue preocupante.

O novo coronavírus segue assolando a população mundial em larga escala. Neste cenário pandêmico, o isolamento social segue como principal alternativa enquanto a vacina não fica à disposição.

 

Em necessidade de saída, a máscara é um aliado indispensável para a população e pode salvar vida, se usada corretamente.

 

Nesta semana, a revista científica Physic of Fluids publicou uma imagem mostrando o quanto as máscaras são essenciais para evitar a disseminação do novo coronavírus, comprando o quanto as gotículas que saem do nosso corpo podem circular e, consequentemente, contaminar outras pessoas.

 

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Diante da intensificação de contaminação do vírus, as máscaras foram recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para proteger a população. No Brasil, várias cidades tornaram o uso do equipamento como obrigatório, onde pessoas são proibidas de entrar em estabelecimentos comerciais caso não estiverem fazendo o uso da mesma.

 


Capacidade de proteção


Embora ainda alguns resistam, a eficácia das máscaras já foi comprovada por diversos estudos. Sem o equipamento, gotículas produzidas pelos seres humanos podem viajar até 3 metros de distância. Com a utilização da máscara, a distância de uma possível contaminação cai para poucos centímetros, reduzindo assim a possibilidade de disseminação da doença.


No teste feito pela revista científica, os pesquisadores utilizaram a cabeça de um manequim e a conectaram em uma máquina de fumaça capaz de criar vapor de água e glicerina. Diante disso, foi possível simular a tosse humana usando uma bomba para expelir o vapor pela boca do modelo.

 

 

Para detectar os efeitos, eles utilizaram uma espécie de folha de laser, que comprovou os efeitos esperados. Na sequência, os cientistas repetiram o processo, mas com o manequim utilizando uma máscara entre o nariz e a boca. Embora tenha escapado uma pequena parcela de gotículas, a segunda opção comprovou o quanto a máscara pode ser eficaz.

 

I7News


Projeto fotográfico homenageia profissionais de saúde no combate à Covid-19

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Foto: Alexandre Cavalcante

As imagens da iniciativa, desenvolvida por um psicólogo do HPS 28 de Agosto

Para homenagear os profissionais de saúde que atuaram na linha de frente no combate ao novo coronavírus, causador da Covid-19, o Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto estampou imagens dos servidores nos elevadores da unidade. As fotos fazem parte do projeto “Além das Máscaras”, desenvolvido pelo psicólogo do hospital, Alexandre Cavalcante. 

 

Cerca de 400 profissionais e mais de 500 fotografias foram tiradas durante o mês de maio. Segundo Cavalcante, a humanização e a valorização dos servidores foi o foco da ação desenvolvida pelo psicólogo e apoiada pela direção do hospital, que providenciou a impressão e adesivagem dos elevadores. 

 

“Eu acredito que aquilo (sessão de fotos) melhorava o dia deles, afinal era um momento em que eles não estavam ali só para trabalhar, mas se sentir lembrados também. Então, muitos começavam a anotar mensagens de carinho nas luvas, nos seus aventais, para mostrar às pessoas que vissem as fotos que existe uma equipe capacitada para cuidar delas aqui dentro”, acrescentou o psicólogo.

 

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De acordo com a diretora do hospital, Alessandra Santos, foi feita uma seleção das fotografias tiradas, e todos os elevadores do hospital agora estampam as imagens, que representam o empenho de todos os profissionais de saúde. 

 

“Os colaboradores, todos gostaram. Eles se sentiram homenageados, porque nessas fotos a gente consegue mostrar a expressão, a emoção, o sentimento de cada um diante dessa pandemia, que foi uma coisa que abalou muitas pessoas”, explicou a diretora. 

 

Ainda de acordo com a diretora, o sentimento de gratidão é a mensagem principal da homenagem. “Não só eu, mas toda a equipe, somos gratos um pelo trabalho do outro, porque foi um momento em que a gente realmente se uniu para poder vencer essa pandemia aqui no Hospital 28 de Agosto”, disse. 

 

Melhora no atendimento – Alexandre Cavalcante conta que, durante os registros, buscou retratar a todos os profissionais que atuam no hospital. Além das imagens nos elevadores de todos os andares da unidade, os servidores receberam do psicólogo as fotografias digitais para compartilhar com amigos e familiares. 

 

“Por isso eu fotografei a equipe de limpeza, da cozinha, segurança, serviços essenciais, e em seguida enviei as fotos a todos os funcionários, assim eles poderiam compartilhar com amigos e familiares a luta diária”, contou ele.

 

 

 

O projeto de humanização no momento de crise impactou positivamente o cotidiano dos profissionais de saúde e também dos pacientes, na avaliação do psicólogo. Segundo Alexandre, a ação refletiu no atendimento prestado.

 

Fotos: Divulgação

 

 

“Eu acredito que são práticas de humanização que reproduzem o autocuidado. Talvez o melhor resultado de um projeto como esse seja unir as pessoas e melhorar o dia do servidor, porque quem ganha é o paciente com o atendimento que transmite a humanização que a equipe recebeu”, finalizou.

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