Política : PT BLOQUEADO
Enviado por alexandre em 10/07/2020 08:44:02

Canais do PT no WhatsApp são bloqueados
Dez canais administrados pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no aplicativo WhatsApp estão bloqueados há duas semanas. Segundo a empresa, os bloqueios ocorreram após envio de “mensagens em massa ou automatizadas”, que violam os termos de serviço. O partido diz que as contas desativadas são restritas a pessoas cadastradas para divulgar informações institucionais, e que não foi informado sobre os motivos do bloqueio.

Entre as contas bloqueadas estão um canal administrado pelo gabinete da presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o principal grupo de divulgação de notícias do partido no aplicativo, o “Zap do PT”. O partido estuda tomar medidas judiciais cabíveis para reverter a decisão e, além disso, anunciou a migração do canal para o aplicativo Telegram. Em nota, o PT disse que não divulga desinformação em seus canais e nem faz disparos em massa.

Gleisi gravou um vídeo nas redes sociais em que diz ter seguido tanto as regras do WhatsApp quanto da Câmara dos Deputados ao contratar o serviço que faz os disparos de mensagens em seu grupo. Ela diz que o canal servia para divulgar ações de seu mandato de deputada e informações de interesse do partido.

“Essas pessoas estão cadastradas por livre e espontânea vontade. Os números não são aleatórios, são números de apoiadores, seguidores, meus eleitores”, disse a deputada no vídeo. "Para realizar esse trabalho, eu contratei um serviço que segue as regras do WhatsApp, exatamente as recomendações, e fiz isso através do meu mandato, o que é autorizado pela Mesa Diretora da Câmara”.

Segundo o partido, uma notificação sobre o bloqueio foi feita por e-mail e informou que a desativação ocorreu após “reclamações”. No vídeo, Gleisi diz que a suspeita é que oponentes políticos tenham se infiltrado e feito reclamações em massa para provocar os bloqueios.

Batida dura – O ex-presidente Lula criticou duramente o ex-juiz Sergio Moro por sua conduta enquanto atuava à frente da Operação Lava Jato em Curitiba, que acabou condenando e prendendo Lula em abril de 2018 pelo caso do triplex do Guarujá. Segundo o petista, Moro teria “mentido o tempo inteiro” e “segue mentindo até hoje”. “Eu desafio o Moro. Até vocês poderiam propor um debate dele com a acusação dele e eu a minha defesa. Quero provar que o Moro é mentiroso, foi falso, mentiu o tempo inteiro. Era necessário, e ele confirma isso depois que aceitou ser ministro. Ele excessivamente não aceita nenhum argumento que aceitamos. Levei 83 testemunhas e não valeu absolutamente nada”, afirmou.

Moleque – Além das críticas a Moro, Lula também falou sobre o trabalho do procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do Ministério Público. “O Moro é mentiroso e o Dallagnol um moleque irresponsável. O Moro deveria ter sido exonerado pela quantidade de mentira que ele colocou no processo. Eu não estou inventando, eu tenho o processo. O Dallagnol deveria ter sido exonerado porque passou duas horas me acusando sem provas”, acrescentou o petista, referindo-se à apresentação em PowerPoint usada para explicar a denúncia contra Lula.

Acesso aos arquivos – Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediram, ontem, acesso aos arquivos originais do sistema de propinas da Odebrecht. Os dados estão em um servidor na Suíça e seriam usados pela defesa nos processos da Lava Jato. A informação foi divulgada pelo portal UOL. De acordo com a força-tarefa, os documentos comprovam que a construtora pagou R$ 12 milhões em propina ao ex-presidente na compra do terreno do Instituto Lula. A defesa argumenta que os investigadores não usaram os arquivos originais, mas uma cópia cedida pela própria Odebrecht, que pode ter adulterado os dados.

Indecente – Um dia depois de o Facebook ter removido uma rede com 73 contas falsas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro, a seus filhos e aliados, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) postou um comentário dizendo estar “cagando” para o que chamou de “lixo” das fake news. Filho “02” do presidente, Carlos sempre foi influente nas redes sociais do pai e comanda o “gabinete do ódio”, instalado no terceiro andar do Palácio do Planalto. A existência do “gabinete do ódio” – núcleo que alimenta a militância digital bolsonarista com um estilo beligerante nas redes sociais – foi revelada pelo Estadão, em setembro do ano passado.

CURTAS

VIOLAÇÃO – O procurador da República Kleber Marcel Uemura disse à Justiça que o presidente Jair Bolsonaro violou a dignidade humana dos pacientes ao incentivar seus apoiadores a invadir hospitais para filmar os leitos destinados às vítimas da pandemia. Segundo o procurador, o presidente incitou a prática de uma “conduta ilícita” que “viola o direito à saúde e a dignidade humana dos pacientes”. Disse também que Bolsonaro atentou contra o livre exercício das funções dos profissionais de saúde “que não podem ser perturbados no momento que têm papel crucial no atendimento”.

Gabinete do ódio desmascarado

Por José Nêumanne

O Facebook anunciou, ontem, que derrubou uma rede de contas e perfis falsos ligados a integrantes do gabinete do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos, ao PSL e aliados. Foram identificadas e removidas 35 contas, 14 páginas e 1 grupo no Facebook e 38 contas no Instagram.

O material investigado pela plataforma identificou pelo menos cinco funcionários e ex-auxiliares que disseminavam ataques a adversários políticos da “famiglia”. Nessa lista está Tercio Arnaud Thomaz, que é assessor do presidente e integra o chamado “gabinete do ódio”, núcleo instalado no terceiro andar do Palácio do Planalto.

A investigação particular vem somar-se a outras no STF, no TSE e na CPMI e, sobretudo, põe a nu um esquema de extermínios de reputações de adversários e propaganda disparada dos feitos do chefão. Que feio!

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