Política : REPUTAÇÃO
Enviado por alexandre em 01/07/2020 14:50:00

Decotelli diz ter sido alvo de destruição de reputação e defende currículo

Em entrevista após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e definir a sua saída do Ministério da Educação, o economista Carlos Alberto Decotelli disse nesta terça-feira (30) ter sido alvo de uma “destruição de reputação”, e defendeu seu currículo das críticas que vem recebendo.

O principal ponto de questionamento por parte de Decotelli é uma nota divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em que a instituição diz que ele não faz parte do seu quadro de professores efetivos.

“A estrutura pela qual a destruição da continuidade veio pelo fato fake da FGV divulgar que eu nunca fui professor da FGV. Então esta informação, divulgada pela FGV, fez com que o presidente me chamasse e dissesse que, se até a FGV, onde o senhor trabalha há 40 anos ministrando cursos, vários alunos têm seu nome impresso nos certificados, está negando que o senhor é professor da FGV, então é impossível o governo continuar sendo questionado das inconsistências em seu currículo”, disse Decotelli.

O economista pediu, durante a entrevista, que ex-alunos e colegas da instituição divulguem relatos atestando terem convivido com ele na instituição. A FGV disse que ele “atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da fundação”.

O nomeado por Bolsonaro para o Ministério da Educação afirmou ter lecionado, a partir de 1986, em um curso chamado Cademp, listado no site da empresa para gestão e liderança de equipes. Carlos Alberto Decotelli defendeu a sua dissertação de mestrado, que está sendo alvo de uma apuração por parte também da FGV. Continue lendo


Decotelli pode ter de refazer de mestrado ou até perder o título, diz FGV


José Brito Da CNN, em São Paulo
Carlos Decotelli

O ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Um dia após Carlos Alberto Decotelli pedir demissão e deixar o Ministério da Educação, antes mesmo de tomar posse, uma reunião virtual entre o presidente da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Carlos Ivan Simonsen Leal, e todos os diretores da instituição de ensino discutirá a volta às aulas em meio a pandemia da Covid-19 e o caso do ex-ministro deve surgir na agenda.

A principal questão que deve ser abordada sobre o assunto, nesta quarta-feira (01), é a investigação interna sobre o mestrado profissional feito pelo professor com indícios de plágio e que foi defendido na FGV, entre os anos de 2006 e 2008.

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“Quando ele defendeu o mestrado, naquela época, não havia o software que identifica se há plágio. Eu vejo ele como um bom professor e nunca soube de nada que fosse desabonador a ele até agora. Estou chateado com isso. Eu nem li o jornal desde ontem”, disse o pró-reitor da fundação, António de Araújo Freitas Júnior, em entrevista à CNN. Ele também foi o orientador da tese de Doutorado ‘Gestão de Riscos na Modelagem dos Preços da Soja’ que não foi finalizada por Decotelli. 

Segundo Araújo, três ex-diretores da FGV, que são professores da Escola Brasileira Administração Pública e de Empresas (Ebape), formam a comissão que vai apurar os questionamentos referentes à dissertação. “Eles vão examinar com uma lupa o que ocorreu para ser justo e tomarão as providências pró ou contra Decotelli. O limite superior pode ser perder o título de mestre, mas espero que entendam que ele possa refazer o trabalho. A Fundação não tem interesse em penalizar o ser humano, portanto imagino que o mais provável seja ele ter que refazer o trabalho”, explicou.

Para o pró-reitor, o ex-ministro não deixou o governo por conta da carta feita pela FGV, mas o motivo teria sido o conjunto da obra. “Ele era professor de educação continuada Lato Sensu, com vínculo de Pessoa Jurídica. Ele nunca deu aula em uma escola regular da Fundação, por isso não foi planejada uma análise do currículo dele”, disse Antonio.


bolsonaro forcas armadas

Estadão

O reajuste de até 73% na bonificação salarial concedida aos militares das Forças Armadas que fazem cursos ao longo da carreira custará R$ 26,54 bilhões em cinco anos. Chamado de “adicional de habilitação”, o “penduricalho” será incorporado na folha de pagamento de julho dos militares, com impacto de R$ 1,3 bilhão neste ano, em plena pandemia do novo coronavírus, de acordo com nota técnica do Ministério da Economia e dados do Ministério da Defesa, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Na prática, o gasto anual com o pagamento dessa bonificação no soldo dos militares crescerá ano a ano, como antecipou o Estadão, e em 2024 já estará em R$ 8,14 bilhões. O reajuste do adicional foi aprovado com a reforma da Previdência dos militares, no fim do ano passado. Os críticos argumentam que o benefício deveria ter sido suspenso até dezembro de 2021, junto com o congelamento dos reajustes salariais dos servidores civis, aprovado pelo Congresso com o socorro de R$ 120 bilhões aos Estados e municípios.

A ideia do congelamento – uma contrapartida do setor público aos cortes salariais no setor privado – foi do ministro da Economia, Paulo Guedes. Quase 12 milhões de trabalhadores da iniciativa privada foram atingidos durante a pandemia com a tesourada nos salários e suspensão de contratos. Os ministros militares do governo Jair Bolsonaro, porém, trataram de negociar com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a “blindagem” das Forças Armadas. Desde o início do governo, Bolsonaro tem protegido as carreiras militares.

O bônus será concedido no momento em que Bolsonaro enfrenta uma sucessão de crises e busca ampliar sua base de apoio, composta por militares, policiais, evangélicos, ruralistas e, agora, políticos do Centrão. Ocorre também em um cenário de dificuldades do governo para prorrogar o auxílio emergencial de R$ 600 à população mais afetada pelos efeitos da pandemia da covid-19 na economia. A área econômica anunciou na terça-feira, 30, a extensão do benefício por dois meses, mas o repasse deverá ser feito em várias etapas. Continue lendo

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