Política : BIXO DE PÉ
Enviado por alexandre em 29/06/2020 08:52:46

Lula traça caminho isolado pós prisão

Sete meses depois de deixar a prisão, o ex-presidente Lula tem frustrado integrantes de legendas aliadas e colegas do próprio partido ao adotar uma linha política considerada sectária. A avaliação quase unânime é que o petista não conseguiu assumir o papel de líder da oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro que se esperava dele após passar 500 dias na cadeia.

Com a postura, o ex-presidente contribui para o isolamento do PT, que, nas palavras de um dirigente de uma sigla de esquerda, viveria uma volta a suas origens na década de 1980, quando resistiu inicialmente a se juntar a outras forças políticas nas Diretas Já, não participou do Colégio Eleitoral que escolheu Tancredo Neves como o primeiro presidente civil após a ditadura militar e votou contra a Constituição de 1988.

— Ele saiu da prisão com a cabeça completamente fora do lugar. Fez aquele discurso (dias depois de deixar a cadeia) de que o PT deveria ter candidatura em tudo quanto é lugar nas eleições deste ano, em todas as capitais. Isso não corresponde à realidade. É um erro grave, afirma Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB.

Uma liderança petista diz que Lula se sente injustiçado e tem baseado suas movimentações nesse sentimento, e por isso estaria “sectarizado”, quando deveria ter saído da cadeia com o discurso de união nacional. Um outro integrante do partido próximo do ex-presidente o vê com dificuldade de encontrar o tom e a forma de atuar nesse novo período.

Biografia

Outro fator que estaria motivado às atitudes do ex-presidente seria o interesse em recuperar a sua biografia após a prisão e as condenações por corrupção na Lava-Jato. Um aliado acredita que a meta de Lula é ser inocentado para passar para a História sem o peso das condenações — tema que já havia dominado a agenda do PT durante o tempo em que o petista ficou na cadeia. Continue lendo


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Os atos pró e contra o governo Jair Bolsonaro tiveram adesão menor em São Paulo e Brasília neste domingo (28), comparado aos finais de semana anteriores.

Apoiadores do governo se reuniram em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo, na região do Parque do Ibirapuera, com um carro de som e bandeiras. O presidente havia pedido que seus apoiadores não fossem às ruas para manifestações.

Os protestos contra o governo aconteceram na Avenida Paulista, durante a tarde, também com um grupo reduzido. As duas manifestações seguiram pacíficas, sem registros de incidentes.

Brasília

Os atos na capital federal, que aconteceram mais cedo, também foram esvaziados. Um grupo de pessoas foi até o Quartel General do Exército, localizado a 5 quilômetros da Esplanada dos Ministérios, levando faixas e cartazes.

No gramado em frente ao Congresso Nacional, algumas pessoas colocaram cruzes para simbolizar os mortos pela Covid-19 no país, que passam de 57 mil.

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