Política : SABE MUITO
Enviado por alexandre em 17/06/2020 08:40:00


Weintraub virou uma peça de xadrez no governo federal

Pode ser até que o presidente Jair Bolsonaro tire Abraham Weintraub do Ministério da Educação, mas ele já foi alertado, por assessores muito próximos, que o ministro sabe demais para ser defenestrado do governo sem nenhuma compensação. 

Weintraub, segundo esses assessores, é muito ligado aos integrantes do gabinete do ódio, que está no centro do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar a disseminação de fake news com o intuito de destruir reputações e de defender ações antidemocráticas. 

Não por acaso, dois filhos do presidente, Carlos e Eduardo Bolsonaro, vêm defendendo a permanência de Weintraub no governo. Eles afirmam que o ministro tem uma longa ficha de “bons serviços” prestados ao governo. 

A posição dos filhos, por sinal, está pesando mais na decisão de Bolsonaro sobre o futuro de Weintraub do que as queixas contra o ministro que o presidente vem recebendo de militares que participam do governo e de integrantes do Centrão, grupo político ao qual o Palácio do Planalto recorreu em busca de apoio no Congresso. 

Missão dada é missão cumprida 

Ao presidente Bolsonaro, Weintraub diz que seguirá a missão que lhe for dada pelo chefe. Mas ele não esconde que gostaria de continuar à frente do Ministério da Educação, pois ainda não conseguiu cumprir o seu objetivo de “limpar as universidades da mentalidade esquerdista” que se consolidou nas instituições nos últimos 30 anos. 

“Engana-se quem pensa que Weintraub está em baixa no governo”, diz um dos principais assessores do Palácio do Planalto. “Ele é muito bem-quisto pela família Bolsonaro. Os filhos do presidente elogiam muito a forma como o ministro defende o governo”, acrescenta. 

Outro assessor diz que Weintraub “é leal” e merece todo apoio. “É essa lealdade que prevalecerá caso ele tenha que deixar o governo numa tentativa do presidente de reconstruir pontes com o STF e com o Congresso”, frisa.  Continue lendo


Bolsonaristas culpam general Ramos por situação de Weintraub

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, é o novo alvo dos bolsonaristas radicais. Eles atribuem ao militar o vazamento de informações sobre a iminente demissão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, entre outras notícias contrárias a essa ala do governo.

Weintraub tem sido apontado como o próximo ministro a ser demitido. O presidente Jair Bolsonaro estaria negociando uma saída honrosa para seu auxiliar.

A ideia de afastamento teria ganhado força desde a divulgação da reunião ministerial do dia 22 de abril, em que Weintraub declarou que, por ele, os ministros "vagabundos" do Supremo Tribunal Federal (STF) já estariam na cadeia.

A participação do ministro, neste final de semana em ato na Praça dos Três Poderes contra o STF, quando ele reafirmou o que disse na reunião, teria sido gota d'água para a decisão de afastamento do ministro.

Na verdade, a ala militar do governo sempre avaliou que radicalismo do ministro é um estorvo. Assim como a forma com que administra sua pasta, considerada tecnicamente inepta e excessivamente ideologizada.

Mas as pressões para a saída do ministro desencadearam uma guerra no governo. Os bolsonaristas de raiz contam com o apoio, por enquanto discreto, dos filhos do presidente. Clique aqui e confira a matéria do jornalista Tales Farias na íntegra.


Governo discute cargos para Weintraub deixar o MEC

Blog da Andréia Sadi

O Palácio do Planalto discute, nos bastidores, diferentes cargos para Abraham Weintraub deixar o Ministério da Educação. O presidente Bolsonaro disse ontem que busca solucionar a questão de Weintraub.

Segundo o blog apurou, em discussão hoje, além da ideia de um posto no exterior, foram citados cargos em conselhos ou até diretoria de bancos. Weintraub é economista. A ideia de uma embaixada foi cogitada e descartada, uma vez que senadores mandaram avisar que o nome do ministro não seria aprovado na Casa. O Planalto ainda não bateu o martelo sobre o destino de Weintraub.

O STF e o Congresso aguardam a demissão de Weintraub o mais breve possível. A ala ideológica do governo- incluindo os filhos- querem convencer Bolsonaro a manter o ministro no cargo- mas admitem desde ontem que ele pode deixar o cargo. Se não for possível, querem uma compensação ao ministro.

Nas palavras de um aliado de Bolsonaro, “se sair, Weintraub não sairá de mãos vazias”. O argumento para a solução premiada a Weintraub é que o presidente reconhece o trabalho de Weintraub para “tirar esquerdistas” do MEC, por exemplo.

Na avaliação de um aliado de Weintraub, o “ideal” seria a garantia de que, saindo do governo, o ministro não será preso- mas o governo sabe que não terá essa sinalização do Judiciário.

Como o blog publicou na segunda-feira, a expectativa é a de que Weintraub seja demitido antes da posse de Fabio Faria amanhã, marcada para 11 horas.

Fontes ouvidas pelo blog defendem que o presidente escolha um nome de “alto nível” para a pasta- e sem a influência da ala ideológica e dos filhos do presidente.


Vice-líder do governo: A cota do Weintraub já se esgotou

O Antagonista

O senador Chico Rodrigues (DEM), um dos vice-líderes do governo no Senado, defendeu a saída de Abraham Weintraub. “A cota dele (Weintraub) já se esgotou. Ele só cria problema para o governo. As manifestações dele até aqui só foram para criar problema”.

Rodrigues já havia escrito no Twitter: “O ministro Weintraub passou de todos os limites ao comparecer à manifestação [bolsonarista, no fim de semana, em Brasília]. O momento é de pacificação, não de incêndio, e é exatamente isso que o ministro tem promovido. O presidente precisa de panos mornos, e não de água fervendo”.

Ontem, uma liderança do governo confirmou ao site que Jair Bolsonaro está procurando substituto para o ministro da Educação.

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