Regionais : Quem é Sara Winter, ex-ativista do Femen e apoiadora de Bolsonaro presa pela PF
Enviado por alexandre em 16/06/2020 10:24:06


Natália Oliveira e Stéfano Salles, da CNN, no Rio de Janeiro


A ativista bolsonarista Sara Winter, presa nesta segunda-feira (15) em Brasília, nasceu em São Carlos, no interior de São Paulo, mas passou grande parte de sua vida no Rio de Janeiro. Seu nome real é Sara Fernanda Geromini. Ela ganhou notoriedade ao participar do grupo ucraniano feminista Femen, em 2013 e 2014, quando chegou a participar de atos contra a realização da Copa do Mundo daquele ano.

De acordo com amigos, Sara veio de uma família humilde, foi vítima de violência doméstica e sexual, e chegou a realizar um aborto. Depois de se tornar católica, Winter abandonou o feminismo e começou a lutar contra o movimento e contra o aborto, no que chama de “militância pró-vida”.

O irmão dela, Diego Giromini contesta os relatos de abuso. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele disse que Sara não tem contato com a família e busca apenas a fama com seu ativismo.

Em março de 2016, Sara Winter iniciou sua trajetória partidária, se filiando ao PSC (Partido Social Cristão) no Rio de Janeiro. Em 2018, chegou a flertar com o PSL para concorrer ao cargo de deputada federal, mas acabou indo para o DEM. Na disputa, contou com o apoio de setores da Igreja Católica e grupos de militância contra o aborto. Sara recebeu 17.246 votos e não conseguiu se eleger.

Em junho de 2019, a ativista foi nomeada como coordenadora-geral de Atenção Integral à Gestante e à Maternidade do Departamento de Promoção da Dignidade da Mulher, da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres. A aproximação com a ministra Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, responsável pelo cargo ao qual Sara foi nomeada, se deu justamente pela atuação na luta contra o aborto. Em outubro do mesmo ano, ela foi exonerada.

No dia 2, o Democratas decidiu expulsar Sara Winter do partido. O presidente nacional do partido, ACM Neto, disse em uma rede social que Sara não tinha vida partidária atuante no partido e afirmou: “Jamais vamos aceitar na legenda quem prega a violência e prática atos antidemocráticos”.

Atualmente, Winter é líder do grupo 300 do Brasil, que apoia o presidente Jair Bolsonaro e tem feito duras críticas às demais instituições.

O grupo ficou por semanas na Esplanada dos Ministérios em Brasília, mas o acampamento foi desmontado no sábado por uma operação da Polícia Militar do Distrito Federal. No dia seguinte, o grupo realizou disparos de fogos de artifício contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), simulando um bombardeio.

Sara Winter e manifestantes

A ativista Sara Winter (de máscara) ao lado de manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro

Foto: Instagram/Sara Winter

No dia 27 de maio, Sara Winter já tinha sido um dos alvos da Operação Fake News, da Polícia Federal (PF). Contra ela havia um mandado de busca e apreensão. A investigação apurava um esquema milionário envolvendo empresários e blogueiros para disseminação de notícias falsas e criação e manutenção de perfis falsos nas redes sociais.

Sara teve seu celular e computador apreendidos. A ativista na ocasião gravou um vídeo com ameaças e xingamentos ao ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável por autorizar a operação. 

No Rio de Janeiro, Sara também é investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) por improbidade administrativa para apurar se houve irregularidade na utilização de R$ 25 mil recebidos do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas em 2018, o chamado fundo eleitoral. Segundo a Procuradoria da República do Rio de Janeiro, o processo ainda está em fase de produção de provas e não tem qualquer ligação com a prisão realizada nesta segunda.

Nas redes sociais, ela afirma ser perseguida política. Após a prisão, seu pefil informou que ela é a "terceira presa política da ditadura do STF".

O advogado de Sara, Bertoni Barbosa de Oliveira, afirma que a prisão "foi exclusivamente pelos fogos de artifícios que foram lançados contra o STF". "No dia e horário dos acontecimentos, Sara Winter estava em casa, nós temos uma montanha de álibis para provar isso. Temos imagens, testemunhas, vizinhança. Essa prisão está sendo injusta. A PF está apenas cumprindo ordens do STF e nós, como advogados, estamos tentando obter acesso ao inquérito para defender nossa cliente. Como sabemos o motivo para qual ela está presa, iremos conseguir derrubar rapidamente esta prisão temporária", disse.

 


Natália Oliveira e Stéfano Salles, da CNN, no Rio de Janeiro


A ativista bolsonarista Sara Winter, presa nesta segunda-feira (15) em Brasília, nasceu em São Carlos, no interior de São Paulo, mas passou grande parte de sua vida no Rio de Janeiro. Seu nome real é Sara Fernanda Geromini. Ela ganhou notoriedade ao participar do grupo ucraniano feminista Femen, em 2013 e 2014, quando chegou a participar de atos contra a realização da Copa do Mundo daquele ano.

De acordo com amigos, Sara veio de uma família humilde, foi vítima de violência doméstica e sexual, e chegou a realizar um aborto. Depois de se tornar católica, Winter abandonou o feminismo e começou a lutar contra o movimento e contra o aborto, no que chama de “militância pró-vida”.

O irmão dela, Diego Giromini contesta os relatos de abuso. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele disse que Sara não tem contato com a família e busca apenas a fama com seu ativismo.

Em março de 2016, Sara Winter iniciou sua trajetória partidária, se filiando ao PSC (Partido Social Cristão) no Rio de Janeiro. Em 2018, chegou a flertar com o PSL para concorrer ao cargo de deputada federal, mas acabou indo para o DEM. Na disputa, contou com o apoio de setores da Igreja Católica e grupos de militância contra o aborto. Sara recebeu 17.246 votos e não conseguiu se eleger.

Em junho de 2019, a ativista foi nomeada como coordenadora-geral de Atenção Integral à Gestante e à Maternidade do Departamento de Promoção da Dignidade da Mulher, da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres. A aproximação com a ministra Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, responsável pelo cargo ao qual Sara foi nomeada, se deu justamente pela atuação na luta contra o aborto. Em outubro do mesmo ano, ela foi exonerada.

No dia 2, o Democratas decidiu expulsar Sara Winter do partido. O presidente nacional do partido, ACM Neto, disse em uma rede social que Sara não tinha vida partidária atuante no partido e afirmou: “Jamais vamos aceitar na legenda quem prega a violência e prática atos antidemocráticos”.

Atualmente, Winter é líder do grupo 300 do Brasil, que apoia o presidente Jair Bolsonaro e tem feito duras críticas às demais instituições.

O grupo ficou por semanas na Esplanada dos Ministérios em Brasília, mas o acampamento foi desmontado no sábado por uma operação da Polícia Militar do Distrito Federal. No dia seguinte, o grupo realizou disparos de fogos de artifício contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), simulando um bombardeio.

Sara Winter e manifestantes

A ativista Sara Winter (de máscara) ao lado de manifestantes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro

Foto: Instagram/Sara Winter

No dia 27 de maio, Sara Winter já tinha sido um dos alvos da Operação Fake News, da Polícia Federal (PF). Contra ela havia um mandado de busca e apreensão. A investigação apurava um esquema milionário envolvendo empresários e blogueiros para disseminação de notícias falsas e criação e manutenção de perfis falsos nas redes sociais.

Sara teve seu celular e computador apreendidos. A ativista na ocasião gravou um vídeo com ameaças e xingamentos ao ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável por autorizar a operação. 

No Rio de Janeiro, Sara também é investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) por improbidade administrativa para apurar se houve irregularidade na utilização de R$ 25 mil recebidos do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas em 2018, o chamado fundo eleitoral. Segundo a Procuradoria da República do Rio de Janeiro, o processo ainda está em fase de produção de provas e não tem qualquer ligação com a prisão realizada nesta segunda.

Nas redes sociais, ela afirma ser perseguida política. Após a prisão, seu pefil informou que ela é a "terceira presa política da ditadura do STF".

O advogado de Sara, Bertoni Barbosa de Oliveira, afirma que a prisão "foi exclusivamente pelos fogos de artifícios que foram lançados contra o STF". "No dia e horário dos acontecimentos, Sara Winter estava em casa, nós temos uma montanha de álibis para provar isso. Temos imagens, testemunhas, vizinhança. Essa prisão está sendo injusta. A PF está apenas cumprindo ordens do STF e nós, como advogados, estamos tentando obter acesso ao inquérito para defender nossa cliente. Como sabemos o motivo para qual ela está presa, iremos conseguir derrubar rapidamente esta prisão temporária", disse.


Cármen Lúcia deve decidir sobre liberdade de Sara Winter


Gabriela Coelho Da CNN, em Brasília
15 de junho de 2020 às 19:34 | Atualizado 15 de junho de 2020 às 19:36
Sara Winter

Sara Winter, líder do movimento conhecido como "300 do Brasil", durante ato a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro



A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, foi sorteada para relatar um habeas corpus apresentado pela defesa da ativista Sara Winter, presa nesta segunda-feira (15) após decisão do ministro Alexandre de Moraes, em inquérito que apura manifestações antidemocráticas. 

Segundo a defesa, Sara tem feito uso do seu direito "inalienável" de expressão e faz uso frequente das redes sociais para manifestar suas opiniões, sem medo de represálias e de censuras.

“Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, este direito implica a liberdade de manter as suas próprias opiniões sem interferência e de procurar, receber e difundir informações e ideias por qualquer meio de expressão independentemente das fronteiras”, diz a defesa. 

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Quem é Sara Winter, ex-ativista do Femen e apoiadora de Bolsonaro presa pela PF

Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, foi presa nesta segunda pela PF, que também cumpriu mandado de prisão de outras cinco pessoas investigadas. A prisão é temporária – vale por cinco dias e pode ser prorrogada por mais cinco.

Sara Giromini é líder do grupo 300 do Brasil, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O grupo se define como militância organizada de direita e foi responsável por um acampamento, com cerca de 30 pessoas, montado na Esplanada no início de maio e desmobilizado no último fim de semana.

No último sábado (13), integrantes deste grupo participaram de ato em que manifestantes lançaram fogos de artifícios contra o prédio do STF.


 

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