Justiça em Foco : Barroso reage duro a ataques ao STF
Enviado por alexandre em 14/06/2020 20:29:25

Barroso reage duro a ataques ao STF

O presidente do TSE e ministro do STF, Luís Roberto Barroso, se manifestou, na noite de hoje, sobre os ataques de manifestantes bolsonaristas à sede da Suprema Corte brasileira. Em sua conta oficial no Twitter, utilizou um tom bastante crítico para repudiar as agressões.

"Há no Brasil, hoje, alguns guetos pré-iluministas. Irrelevantes na quantidade de integrantes e na qualidade das manifestações. Mas isso não torna menos grave a sua atuação. Instituições e pessoas de bem devem dar limites a esses grupos. Há diferença entre militância e bandidagem", declarou.

Na noite de ontem, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro soltaram fogos de artifício em direção ao Supremo Tribunal Federal, além de xingarem ministros.




Toffoli e Moraes reagem contra ataque ao STF

O Globo

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, criticou neste domingo manifestantes que lançaram fogos de artifício em direção ao prédio da Corte na capital federal, em protesto ocorrido na noite de sábado. O magistrado afirmou que o tribunal não se sujeitará a ameaças e que o ato "simboliza um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas". A mensagem dele foi acompanhada por manifestação semelhante do ministro Alexandre de Moraes.

"O Supremo jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo a sua missão", diz trecho da nota.

Divulgados em redes sociais, vídeos gravados no sábado mostram manifestantes proferindo ofensas contra ministros do STF enquanto disparam fogos na direção da sede, que não foi danificada. O próprio Toffoli foi chamado de "bandido", assim como o ministro Gilmar Mendes. Houve ainda xingamentos direcionados a Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.

Parte do grupo afirmou que o ato era um "recado". Um deles repetiu a frase "Acabou, porra", dita pelo presidente Jair Bolsonaro no fim de maio, quando ele criticou diligências contra seus apoiadores permitidas por Moraes no âmbito do inquérito que investiga ataques e notícias falsas disparados contra a Corte. O magistrado já vinha sendo atacado antes mesmo dessa decisão, depois que suspendeu a nomeação do delegado Alexandre Ramagem para chefiar a Polícia Federal (PF).

"O STF jamais se curvará ante agressões covardes de verdadeiras organizações criminosas financiadas por grupos antidemocraticos que desrespeitam a Constituição Federal, a Democracia e o Estado de Direito. A lei será rigorosamente aplicada e a Justiça prevalecerá", escreveu Moraes no Twitter, também neste domingo.



Ataque ao STF faz Ibaneis tirar subcomandante da PM

Metrópoles

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), exonerou na manhã deste domingo (14/06) o subcomandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Sérgio Luiz Ferreira de Souza. A decisão está contida em decreto assinado pelo chefe do Poder Executivo local, com data de hoje.

A demissão do coronel Souza é uma resposta à atuação da Polícia Militar do Distrito Federal neste fim de semana. Questionado sobre a decisão, Ibaneis disse à coluna o seguinte: “Ele foi exonerado porque permitiu que manifestantes soltassem fogos de artifício em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A PMDF deve servir, no mínimo, para resguardar os cidadãos e as instituições da capital federal. Se não fez isso, errou grosseiramente”, pontuou o titular do Palácio do Buriti.

Ao justificar a medida, o governador também revelou que o comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Julian Rocha Pontes, está infectado com Covid-19 e hospitalizado. “Eu só não responsabilizei e exonerei o próprio comandante da PM, porque ele está com coronavírus e internado. Não teve culpa de nada”, frisou Ibaneis.


"Invadir hospitais é crime", declara Gilmar Mendes

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes foi ao Twitter, hoje, para fazer uma nova crítica ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mesmo que indiretamente. “Invadir hospitais é crime – estimular também. O Ministério Público (a PGR e os MPs Estaduais) devem atuar imediatamente. É vergonhoso – para não dizer ridículo – que agentes públicos se prestem a alimentar teorias da conspiração, colocando em risco a saúde pública”, escreveu.

A declaração se refere a um pedido que Bolsonaro fez aos seus apoiadores para que entrem em unidades de saúde e façam imagens de leitos destinados aos doentes com a Covid-19, para saber se estão vazios ou não, o que vai de encontro à legislação. Gilmar Mendes também fez uma cobrança ao procurador geral da República, Augusto Aras.














Grupo pró-Bolsonaro fura bloqueio e protesta no DF

UOL

Um grupo de cerca de 50 pessoas participou hoje de um protesto a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Praça dos Três Poderes, em Brasília, apesar da proibição de que fossem realizados atos no local neste domingo.

Na noite de ontem, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), assinou um decreto fechando a Esplanada dos Ministérios para pedestres e veículos desde a meia-noite até as 23h59 de hoje. O decreto informa que manifestações na Esplanada dos Ministérios poderão ser admitidas, desde que comunicadas "com antecedência" e com autorização do Secretário de Segurança do DF.

Ao justificar a decisão, Ibaneis citou "as aglomerações verificadas nos últimos dias na Esplanada dos Ministérios, que contrariam as medidas sanitárias de combate ao novo coronavírus", e afirmou que "parte das manifestações realizadas nessas aglomerações tem declarado conteúdos anticonstitucionais", inclusive com ameaças de manifestantes aos Poderes.

A proibição foi publicada após a PM (Polícia Militar) desmontar um acampamento de apoiadores do presidente, que permaneciam desde maio na Esplanada.

PM permitiu permanência de manifestantes

De acordo com o observado pela reportagem do UOL neste domingo, parte do grupo — vestido de verde e amarelo e carregando símbolos de Israel e dos Estados Unidos — não usava máscaras ou outro tipo de proteção contra o novo coronavírus, embora isso seja obrigatório por lei no DF.

Algumas pessoas gritaram palavras de ordem contra o STF (Supremo Tribunal Federal), o governador Ibaneis Rocha e a pandemia de covid-19.

A Polícia Militar chegou a se aproximar dos manifestantes e falou com alguns deles, mas não exigiu que eles se retirassem do local. O UOL pediu um posicionamento da corporação sobre o consentimento, mas ainda não recebeu resposta.

Em determinado momento, o comando da PM responsável pela área da Esplanada dos Ministérios conversou com parte do grupo pedindo que o dia seja "harmonioso" e sem confrontos. A conversa ocorreu de maneira pacífica.

Críticas mais fortes

Uma das maiores preocupações da PM é que o Palácio do Buriti, local de trabalho do governador, seja alvo de manifestantes. Parte deles passou a atacar Ibaneis com mais veemência após o desmonte do acampamento pró-Bolsonaro na Esplanada.

Ao contrário do que viu em atos anteriores, a reportagem não presenciou hoje faixas em grades ou na grama na área da Esplanada.

A sede do STF e o Palácio do Planalto têm segurança reforçada hoje, com grades e integrantes do Bope (Batalhão de Operações Especiais).

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