Regionais : Governador de Mato Grosso é acusado de receber propina
Enviado por alexandre em 11/06/2020 09:26:02


Eleito com um forte discurso anticorrupção, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), é um dos políticos acusados na delação premiada dos executivos do Grupo Queiroz Galvão. O empresário Mario de Queiroz Galvão afirmou, em acordo de delação premiada homologado no Supremo Tribunal Federal (STF), que pagou pelo menos R$ 1 milhão em propina para o governador em outubro de 2012 e fevereiro de 2013, em três parcelas. Segundo o delator, o núcleo político de Mendes havia pedido ao grupo R$ 6 milhões, mas não foi atendido. As acusações se referem ao período em que ele era candidato e prefeito eleito de Cuiabá pelo PSB.

As informações constam de inquérito aberto pela Polícia Federal com base na delação premiada da Queiroz Galvão no âmbito da Operação Lava Jato. O procedimento tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por envolver a suspeita de crime eleitoral, e teve seu prazo para conclusão estendido por dois meses no último dia 4.

O processo cita trechos da delação de Mario Galvão. Segundo ele, Mauro Mendes recebeu R$ 500 mil em 2012, quando disputou com sucesso a prefeitura de Cuiabá, e outros R$ 500 mil quando já era prefeito. O hoje governador nega a acusação e diz que declarou legalmente as doações que recebeu da empreiteira.

Mario Galvão conta que fez a doação para a campanha municipal de Mendes esperando a manutenção da concessão dos serviços de água e esgoto do município com a CAB Ambiental, empresa que pertencia ao grupo Queiroz Galvão. De acordo com o empresário, foram feitos dois pagamentos na época, um no valor de R$ 400 mil, em 2 de outubro de 2012, e outro de R$ 100 mil, em 23 de outubro.

“Estava implícito que as doações serviriam para manter um bom andamento do contrato se eleito Mauro Mendes”, diz trecho da delação. Os recursos foram transferidos para o diretório nacional do PSB, partido de Mendes na época, e, então, repassados para a candidatura. Doações empresariais eram permitidas naquele ano, desde que fossem declaradas à Justiça eleitoral. Continue lendo



O ministro da Educação Abraham Weintraub

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que o governo decidiu editar a medida provisória alterando o processo de escolha de reitores porque as universidades não estavam fazendo “eleições limpas”. Segundo ele, o mundo acadêmico não deveria estar preocupado com “joguinho de poder” neste momento.

“Os conselhos universitários estavam enviando nomes por aclamação. Quando a pandemia acabar, eles farão eleições limpas e escolheremos a partir da lista tríplice”, disse Weintraub. “Enquanto isso, voltar às aulas deveria ser a prioridade, não o joguinho de poder”.

O presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória nesta quarta-feira (10) autorizando Weintraub a nomear reitores temporários para as universidades durante a pandemia sem ouvir a comunidade acadêmica. Com a medida provisória em vigor, o governo terá o poder de indicar vinte reitores até o fim do ano: dezesseis em universidades e quatro em institutos federais.

Na avaliação do governo, as universidades não deveriam ter suspendido aulas. Weintraub costuma reclamar a interlocutores que as listas tríplices encaminhadas ao MEC com os mais votados para as reitorias trazem sempre nomes “ligados à esquerda”.

A medida provisória provocou forte reação no Congresso e líderes já indicam que ela não deve prosperar: ou será derrubada ou deixarão ela caducar. A avaliação é que o governo está tentando mexer na autonomia universitária, o que seria inconstitucional. Continue lendo

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