Política : SEM LIMITES
Enviado por alexandre em 03/06/2020 09:38:03

Em meio a pandemia senadores torram R$ 437 mil em passagens aéreas

Apesar das medidas de isolamento estarem sendo adotadas nacionalmente desde março, o Senado Federal desembolsou pelo menos R$ 437 mil desde então para ressarcir passagens aéreas dos parlamentares durante o período de quarentena. O valor compreende aquilo que já foi declarado e ressarcido em março, abril e maio e considera os dados do Portal de Transparência da Casa.

A maior parte deste valor, R$ 418,6 mil, foi paga em março, quando apenas metade do mês contou com sessões presenciais. Em abril, foram no mínimo R$ 14 mil, somados a R$ 4,3 mil no mês subsequente — cabe ressaltar, contudo, que senadores têm prazo de até três meses para pedir ressarcimento de despesas e que o valor ainda não está, portanto, fechado.

Em comparação com o mesmo período do ano passado, o valor caiu: de março a maio de 2019, foram gastos, com passagens, mais de R$ 1,9 milhões — R$ 531 mil em março, R$ 641,6 mil em abril e R$ 756 mil no mês seguinte.

Por enquanto, já pediram ressarcimento em abril e maio os senadores Marcos Rogério (DEM-RO), de R$ 3,1 mil; Álvaro Dias (Pode-PR), de R$ 835; Jorginho Mello (PL-SC), de R$ 1,19 mil; Romário (Pode-RJ), de R$ 2,9 mil; Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), de R$ 2,3 mil; Carlos Viana (PSD-MG), de R$ 1 mil; Nelsinho Trad (PSD-MS), de R$ 695; Marcio Bittar (MDB-AC), de 958.

Já em março, os parlamentares que mais gastaram foram José Serra (PSDB-SP) e Acir Gurgacz (PDT-RO), ambos na casa dos R$ 16 mil. Em seguida, com gastos superiores a R$ 14 mil, aparecem Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Veneziano Vital do Rêgo (PSD-PB). Omar Aziz (PSD-AM) fecha a lista, com gastos acima de R$ 13 mil.

Antonio Anastasia (PSD-MG) pediu ressarcimento de mais de R$ 5,2 mil em passagens para ele e seus assessores durante a pandemia. Na ausência do presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP), que pegou Covid-19 e ficou afastado por alguns dias, Anastasia assumiu a presidência do Senado, mas deixou a função no dia 7 de abril – R$ 3,5 mil desse montante foi gasto antes da data. Continue lendo


Carlos Wizard

O empresário bilionário Carlos Wizard Martins (à esquerda na foto), fundador da rede Wizard, de escolas de inglês, e ligado a marcas como Mundo Verde e Pizza Hut, foi convidado pelo ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, para chefiar a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE), um dos cargos mais importantes do Ministério da Saúde.

Wizard já atua como conselheiro de assuntos estratégicos da pasta desde 21 de maio e, de acordo com o próprio empresário, a função foi aceita para ser feita sem remuneração. Nos bastidores, ele já sinalizou que aceitará o convite para o novo cargo.

O setor entregue a Carlos Wizard é responsável por formular e implementar políticas nacionais de ciência, tecnologia e inovação em saúde, assistência farmacêutica e fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de saúde.

O último gestor da área foi o professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Antonio Carlos Campos de Carvalho, um dos poucos nomes indicados pelo ex-ministro Nelson Teich, que deixou o cargo no mês passado.

Carvalho pediu demissão do cargo que ocupava e foi desligado oficialmente da pasta em 22 de maio. A exoneração publicada no Diário Oficial da União foi assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto.

Proximidade

No Instagram, o empresário demonstra proximidade com o clã Bolsonaro e com aliados do governo. Ele divulgou uma foto de um encontro com o ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto. Também tem fotos com o presidente Jair Bolsonaro, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), a ministra Damares Alves, entre outros nomes da alta cúpula do governo. Continue lendo


O senador Eduardo Braga em pronunciamento durante sessão deliberativa do Senado

O Senado aprovou na noite desta terça-feira (02) um projeto para congelar o preço de remédios por 60 dias e planos de saúde por 120 dias. A matéria foi quase unânime, com 71 votos a dois. 

O texto agora segue para votação na Câmara dos Deputados.

O autor da proposta, senador Eduardo Braga (MDB-AM) relembrou os mortos por Covid-19 no Brasil. “Muitos deles talvez não pudessem comprar o remédio ou tivessem acesso a um leito de UTI”, disse. “Os planos de saúde precisam contribuir e dar sua ajuda para salvar brasileiros”. 

Inicialmente, Braga havia proposto que o preço dos medicamentos também não fosse reajustado por 120 dias. 

No final de março, o Planalto editou uma medida provisória semelhante, para impedir variação no preço dos remédios por 60 dias. O texto venceu nesta segunda-feira (1º). A Câmara deve analisar a medida ainda nesta semana e o relator, deputado Assis Carvalho (PT-PI), deve defender no seu relatório a prorrogação do reajuste por outros 60 dias, até 31 de julho.

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