Política : PAZ À VISTA
Enviado por alexandre em 03/06/2020 09:32:50

Bolsonaro busca aproximação com o ministro Alexandre de  Moraes

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes conversaram duas vezes nos últimos dias.

A primeira vez foi na quinta-feira (28), um dia depois da operação policial contra militantes bolsonaristas. Essa conversa foi intermediada pelo presidente do Congresso, Davi Alcolumbre. A outra foi na segunda-feira (1º) pelo telefone. Desta vez, intermediada pelo presidente do STF, Dias Toffoli.

A conversa da segunda-feira ocorreu horas antes de o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, ter se encontrado pessoalmente com Moraes em sua residência em São Paulo.

Segundo fontes, a conversa ocorreu em tom amistoso e teve por objetivo distensionar o ambiente político entre o Palácio do Planalto e o STF. 

Desde a última sexta-feira, o governo busca uma aproximação com a corte.  Na segunda-feira, diante das movimentações contra o governo do final de semana, houve um aumento nessa disposição do governo. Isso porque foi a primeira vez que o governo enfrentou protestos nas ruas, até então dominas por manifestações bolsonaristas. Além disso, houve diversos manifestos da sociedade civil.

Os próprios generais que circundam Bolsonaro adotaram uma linha de desanuviar o ambiente político. 

A presença de Bolsonaro na posse de Moraes nesta terça-feira foi mais um gesto nesse sentido. Desde a semana passada, com o acirramento das tensões entre o Executivo e o Judiciário, Moraes fez chegar ao governo o interesse de que as investigações pudessem alcançar as ações que podem cassar a chapa de Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão.

A Secretaria de Comunicação do STF disse que não compete a ela tratar de “conversas privadas de ministros”.



Parado há quase três meses devido à pandemia do novo coronavírus, o Conselho de Ética da Câmara voltará a funcionar até o início de julho, anunciou, nesta terça-feira (02), o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), alvo de duas das nove representações pendentes de análise no colegiado, pode ser um dos primeiros julgados pelo grupo.

Além dos dois processos na lista, partidos da oposição pediram a abertura de mais um para analisar o que consideram mais uma fala inconstitucional do filho do presidente Jair Bolsonaro. Eduardo disse, em uma entrevista, na última quarta-feira (27), que uma “ruptura institucional” é questão de tempo. Ele também afirmou que o presidente pode tomar uma “medida enérgica” quando “não tiver mais saída”.

Após as declarações, Maia apontou que, “se algum partido entender que há um crime na frase dele pode representar no Conselho de Ética” — o que, de fato, aconteceu. A Rede, o PT, Psol e o PDT apresentaram, na última quinta-feira (28), um pedido para que o colegiado avalie quebra de decoro parlamentar por parte do deputado. As legendas alegam que a fala evidencia uma tentativa de “deflagrar uma ruptura institucional, com graves consequências para a democracia brasileira”.

Apesar da recente declaração, entendida por parlamentares como mais um indício de tendências autoritárias do governo, o presidente da Câmara nega que a motivação para retomar os trabalhos do colegiado seja a conduta de Eduardo. Segundo Maia, “é porque tem muita coisa parada no Conselho”. A última reunião foi em 10 de março. Pouco depois, as atividades das comissões foram suspensas, para evitar a propagação do novo coronavírus. Continue lendo

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