Regionais : Bolsonaro é filiado ao PT ao ter dados vazados, e partido diz: 'Indeferido'
Enviado por alexandre em 02/06/2020 22:30:40

(foto: Sérgio Lima/AFP)
(foto: Sérgio Lima/AFP)
Com o vazamento de dados do presidente Jair Bolsonaro, dos filhos, de ministros e apoiadores do governo, na noite dessa segunda-feira (1º/6), internautas acabaram fazendo ‘filiações’ em massa ao Partido dos Trabalhadores (PT). Na manhã desta terça, era possível ver diversos nomes aguardando resposta da legenda quanto à aprovação. A legenda anunciou que barrou as inscrições.

 

Por meio do sistema de filiações do PT, era possível ver alguns nomes inscritos pelos internautas após o vazamento de dados pelo perfil Anonymous Brasil. Diversas pessoas relataram, por meio de redes sociais, que Jair Bolsonaro já estava ‘filiado’ ao partido minutos após a divulgação dos dados. Um pou-up era aberto quando a pessoa tentava finalizar o cadastro, alertando que o CPF de Bolsonaro já estava ligado à uma filiação.

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Os filhos do presidente também não escaparam da ‘zoeira’ provocada pela internet. De acordo com o sistema do PT, os nomes do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), além do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) estavam sob análise, após a abertura dos pedidos.

 

Ministros

 

Também era possível ver uma filiação aberta no nome do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Ele foi um dos chefes de pasta do governo a ter dados vazados, assim como a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. A reportagem, no entanto, não conseguiu localizar nenhum pedido de filiação em nome de Damares.

 

Ferrenho apoiador do governo Bolsonaro, o deputado estadual de São Paulo, Douglas Garcia, também teve seu nome ligado ao Partido dos Trabalhadores. Assim como os Bolsonaros e Weintraub, o pedido de filiação aguardava resposta da legenda.

Garcia, inclusive, se posicionou minutos depois do vazamento de dados, garantindo que faria um boletim de ocorrência. Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, não escapou da exposição de dados, mas a reportagem não localizou abertura de filiação no nome dele.

 

Todos os nomes citados tiveram dados sensíveis divulgados. As informações sigilosas incluem salário, endereço, nota de avaliação de entidades de crédito, bens, dívidas registradas, capacidade de pagamento de contas, entre outros.


Reprodução

A versão brasileira do grupo hacker Anonymous começou a vazar dados que seriam da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seus familiares, ministros e aliados políticos nesta segunda-feira (1°). Foram divulgados dados do próprio Bolsonaro, do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-SP), do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), do ministro da Educação, Abraham Weintraub, da ministra Damares Alves, do deputado estadual Douglas Garcia (PSC-SP), e do cofundador da Havan, Luciano Hang. Logo após a divulgação em uma de suas contas no Twitter, ela foi suspensa.

Cerca de 1h30 após as publicações no perfil @AnonymouBrasil, a conta foi suspensa. Os documentos divulgados trazem informações como nome completo, endereços, telefones, número de título de eleitor, RG, e-mails, bens declarados, score do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e dívidas registradas. No documento do presidente Jair Bolsonaro, por exemplos, consta o imóvel localizado na Barra da Tijuca, no Estado do Rio de Janeiro, que esteve no centro das investigações do caso Marielle Franco. A casa é avaliada em R$ 603.803,54.

Horas antes de vazar os dados de Bolsonaro, outro perfil do grupo no Brasil, @YourAnonNewsBR, publicou sobre um gasto de R$ 56.160 com gasolina em nome do presidente.


O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, pediu nesta terça-feira (02) à Polícia Federal abertura de inquérito para investigar o vazamento de supostos dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos, ministros, empresário e políticos bolsonaristas.

Segundo o ministro, as investigações vão apurar crimes previstos no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei das Organizações Criminosas.

O vazamento foi feito pelo grupo de hackers Anonymous Brasil, em uma postagem no Twitter, na noite desta segunda-feira (1º).

Os hackers vazaram supostos dados cadastrais, como endereços e telefones pessoais, além de informações sobre suposto patrimônio dos atingidos.

Pouco depois da publicação, a rede social apagou as postagens. O Twitter também baniu o perfil do Anonymous Brasil, por violar as regras da empresa.

Entre as vitimas dos ataques do Anonymous estão o presidente, seus filhos (o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro); o ministro da Educação, Abraham Weintraub e a ministra da Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves; o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e o empresário Luciano Hang, apoiador do governo. Continue lendo



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