Política : RUPTURA!
Enviado por alexandre em 28/05/2020 08:21:11

Eduardo Bolsonaro: questão não é mais se terá ruptura, mas quando

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) falou várias vezes em ruptura institucional em transmissão pela internet na noite desta quarta-feira (27). “O problema não é mais se, mas quando [haverá uma ruptura]”, disse o filho do presidente da República. Para ele, o inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o financiamento a uma rede de notícias falsas e ameaças a autoridades, que hoje teve uma operação mirando influenciadores bolsonaristas, é ilegal e seus responsáveis precisam ser punidos.

“Suspender esse inquérito não basta. O que o ministro Alexandre de Moraes cometeu hoje foi um crime. Temos que correr atrás e punir”, defendeu Eduardo.

 “Entendo quem tem uma postura mais moderada pra não chegar um momento de ruptura, uma momento de cisão ainda maior, eu entendo. Mas falando bem abertamente, opinião de Eduardo Bolsonaro, não é mais uma opinião de se, mas sim de quando isso vai ocorrer. E não se engane, as pessoas discutem isso. Porque a gente estuda história, a gente sabe que ela se repete. Não chegou de uma hora pra outra a ditadura na Venezuela. (…) temos que pontuar, deixar a sociedade ciente do problema e depois tomar algumas atitudes”.

Pouco depois, disse que “quando Jair Bolsonaro for obrigado a tomar uma medida enérgica, será chamado de ditador”.

A live

Como reação às buscas e apreensões realizadas pelo STF, o influenciador bolsonarista e jornalista Allan dos Santos organizou uma transmissão pela internet com a participação do guru Olavo de Carvalho, dos deputados federais Eduardo e Bia Kicis (PSL-DF) e do médico Ítalo Marsili, que os olavistas tentam emplacar como ministro da Saúde.

O título da live é “Nunca deixe um ditador calar a sua voz”, frase que foi colocada sobre uma foto do ministro Alexandre de Moraes, do STF.


O presidente Jair Bolsonaro em reunião com governadores

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou, com vetos, o Projeto de Lei Complementar 39/2020 que institui as medidas de socorro aos estados e municípios durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro havia confirmado durante a noite desta quarta-feira (27), que sancionaria o texto, no limite da data legal para tomar uma decisão sobre a medida. Já na madrugada de hoje (28), a publicação oficial foi feita no Diário Oficial da União (DOU).

Vetos

Conforme previsto, o presidente vetou o trecho que abria exceções para algumas classes em relação ao congelamento dos salários de servidores públicos. O Congresso havia liberado aumentos para profissionais da saúde, forças de segurança, professores, funcionários de funerárias e garis.

Em videoconferência com governadores, na última quinta-feira (21), Bolsonaro pediu apoio na manutenção desse veto, que, na prática, fará com que professores membros da segurança pública e também médicos e enfermeiros que atuam contra a Covid-19 tenham seus salários congelados.

Após alerta de organismos internacionais, o presidente também vetou o trecho da lei que aliviava a cobrança de dívidas de estados e municípios durante a pandemia. Por recomendação do Ministério da Economia, o artigo caiu.

Outro veto impede que as unidades federativas que não conseguirem pagar suas dívidas dentro dos prazos estabelecidos tenham mais 30 dias de tolerância. Novamente, a equipe econômica interveio e alegou que o prazo de moratória excederia o limite constitucional.

Por fim, o governo federal permitiu que os prazos de todos os concursos públicos já homologados continuem a correr. Havia um artigo suspendendo os prazos para concursos federais e locais – o que foi vetado.

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