Política : O SUJO
Enviado por alexandre em 14/05/2020 09:13:34

Lula cobra de Maia votação do processo de impeachment de Bolsonaro

O ex-presidente Lula (PT) foi para o Twitter cobrar do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que coloque em votação um dos mais de 30 processos de impeachment protocolados contra o presidente Jair Bolsonaro na Câmara. Segundo Lula, Bolsonaro tende a “endurecer” o discurso e caminhar para um viés cada vez mais “autoritário”.

“Acho que o Bolsonaro trabalha com a ideia de endurecer cada vez mais, de um governo autoritário. Espero que o presidente da Câmara coloque o impeachment em votação. Porque o Brasil não aguenta três meses do jeito que está sendo governado”, disse o ex-presidente na rede social.

O presidente da Câmara ainda não deu sinalização se pretende tirar da gaveta algum dos processos de impeachment contra o presidente.

Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), não é o momento de ser pautado o afastamento do chefe do Executivo. A afirmação foi feita em uma live promovida pela Casa do Saber nesta quarta-feira (13). “É melhor evitar. Mas quem tem que evitar mesmo é quem está no poder. Bolsonaro está cavando a própria fossa. Pare de cavar, meu Deus. Não quero isso. Sei o custo histórico. Eu me opus ao impeachment do presidente Lula. Ele foi o primeiro líder sindical que chegou à presidência. Vamos tirar? Isso fica na história. Eu não me movo na direção de derrubar alguém, mas se esse alguém não melhora, ele cai”, afirmou o tucano.

Bolsonaro conta com apoio de parte do Centrão, que promete blindá-lo, em troca disso, o grupo está conquistando cargos dentro do governo, ou seja, o velho toma lá da cá. Essa medida foi muito criticada por Bolsonaro antes de assumir e durante seu primeiro ano de mandato, porém, nos últimos meses, Jair tem mudado de posicionamento e feito alianças políticas com o Centrão, incluindo com deputados processados e até mesmo corruptos confessos, como é o caso de Roberto Jefferson, delator do Mensalão.



O presidente Jair Bolsonaro avisou, nesta quarta-feira (13), que gosta que seus ministros estejam alinhados com ele e com o que ele pensa. O recado teve direção certa: o ministro da Saúde, Nelson Teich, que, em mensagens publicadas em redes sociais, mostrou sérias restrições ao uso da cloroquina no tratamento de pessoas com a covid-19. 

“Todos têm que estar afinados. Quando eu converso com os ministros, eu quero eficácia na ponta da linha. Nesse caso, não é gostar ou não do ministro Teich, tá? É o que está acontecendo. Nós estamos tendo aí centenas de mortes por dia. Se existe uma possibilidade de diminuir esse número com a cloroquina, por que não usá-la? A gente não pode é, daqui a dois anos, falar: ah, se tivesse usado a cloroquina lá atrás, teríamos salvado milhares de pessoas. Só isso”, afirmou. 

Nas redes sociais, um dia antes, Teich havia sido enfático: “Um alerta importante: a cloroquina é um medicamento com efeitos colaterais. Então, qualquer prescrição deve ser feita com base em avaliação médica. O paciente deve entender os riscos e assinar o “Termo de Consentimento” antes de iniciar o uso da cloroquina”. 

Discussão 

Bolsonaro destacou que, nesta quarta-feira, discutirá com Teich a ampliação do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes contaminados pelo novo coronavírus. Para o chefe do Executivo, ainda que a eficácia desse medicamento não tenha sido comprovada, seu uso contra a covid-19 tem que ser pensado de forma emergencial. 

“Vai ser discutido hoje com o ministro. O meu entendimento, ouvindo médicos, é de que ela  (a cloroquina) deve ser usada desde o início para quem está no grupo de risco, pessoas com comorbidades, com idade”, frisou. Ele disse também que o uso do medicamento contra a covid-19 não é opinião dele, porque não é médico.  Continue lendo

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