O presidente Jair Bolsonaro avisou, nesta quarta-feira (13), que gosta que seus ministros estejam alinhados com ele e com o que ele pensa. O recado teve direção certa: o ministro da Saúde, Nelson Teich, que, em mensagens publicadas em redes sociais, mostrou sérias restrições ao uso da cloroquina no tratamento de pessoas com a covid-19.
“Todos têm que estar afinados. Quando eu converso com os ministros, eu quero eficácia na ponta da linha. Nesse caso, não é gostar ou não do ministro Teich, tá? É o que está acontecendo. Nós estamos tendo aí centenas de mortes por dia. Se existe uma possibilidade de diminuir esse número com a cloroquina, por que não usá-la? A gente não pode é, daqui a dois anos, falar: ah, se tivesse usado a cloroquina lá atrás, teríamos salvado milhares de pessoas. Só isso”, afirmou.
Nas redes sociais, um dia antes, Teich havia sido enfático: “Um alerta importante: a cloroquina é um medicamento com efeitos colaterais. Então, qualquer prescrição deve ser feita com base em avaliação médica. O paciente deve entender os riscos e assinar o “Termo de Consentimento” antes de iniciar o uso da cloroquina”.
Discussão
Bolsonaro destacou que, nesta quarta-feira, discutirá com Teich a ampliação do uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes contaminados pelo novo coronavírus. Para o chefe do Executivo, ainda que a eficácia desse medicamento não tenha sido comprovada, seu uso contra a covid-19 tem que ser pensado de forma emergencial.
“Vai ser discutido hoje com o ministro. O meu entendimento, ouvindo médicos, é de que ela (a cloroquina) deve ser usada desde o início para quem está no grupo de risco, pessoas com comorbidades, com idade”, frisou. Ele disse também que o uso do medicamento contra a covid-19 não é opinião dele, porque não é médico. Continue lendo →