Política : AO FOSSO
Enviado por alexandre em 12/05/2020 08:09:50

Inquietação do impeachment se deve ao obstáculo Mourão
O jornalista Janio de Freitas observa, em sua coluna na Folha de S. Paulo, ontem, que apesar das “dezenas de motivos suficientes para embasar processo de impeachment” contra Jair Bolsonaro, todos foram lançados “ao fosso das gavetas no Congresso e no Judiciário”. “A inquietação generalizada no “por que não o impeachment?” e no “até quando?” deve-se a um obstáculo com primazia ante a regra geral. E com nome: Hamilton Mourão”, afirma o jornalista.

Janio de Freitas observa que apesar das “sucessivas declarações antidemocráticas e ameaçadoras, nos primórdios da disputa eleitoral, que levaram esse general à presidência do Clube Militar e, como tal, à indicação para vice de Bolsonaro. Mourão, no entanto, passou a se mostrar o mais ponderado dos militares do bolsonarismo e logo adaptado ao convívio com o mundo civil. Longe de ser outra toupeira, beneficiou-se ainda da hostilidade de Bolsonaro ao seu novo estilo”.

“Ou porque a mudança foi rápida demais para ser convincente, ou pela experiência histórica, a opinião dominante sobre Mourão contém mais receios que os suscitados por Bolsonaro”, ressalta. “Entre empresários ativistas e na mídia, Mourão está em grande desvantagem. Bolsonaro é visto como manobrável com facilidade, aliado na política de classes do liberalismo financeiro e na recusa às defesas ambientalistas, indigenistas e climáticas”, diz o jornalista.

“O silêncio de Mourão em tais temas consolidou entre empresários a ideia de que o vice não se alinha à política econômica hoje representada por Paulo Guedes”, emenda

Para Janio, “os receios inspirados pelo vice Hamilton Mourão, como substituto de Bolsonaro, bloqueiam a via para o impeachment. Ao menos até que a cabeça desvairada e perversa de Bolsonaro torne obrigatório o seu afastamento. Até lá, envergonhemo-nos sem remédio perante o mundo às gargalhadas”.


Os incautos

Por Cláudio Soares*

Apenas os incautos, fanáticos, inexperientes ou arrogantes alardeiam que um presidente paranoico faz certo quando incentiva o povo ao genocídio. O mundo inteiro somente encontrou um remédio para combater a Covid-19 - o confinamento social.

Pessoal, já chegamos ao patamar de 751 mortes em 24h e as previsões são catastróficas. O vendaval de angústias tende a continuar por mais um ou dois meses. Não permita um irresponsável, louco, desprovido de escrúpulo instigar-lhe ou induzir-lhe a cavar sua sepultura, antecipada.

O que aconteceu com o discurso de campanha do presidente? O Governo quer interferir na Polícia Federal para seus filhos não serem investigados. Sérgio Moro deixou de ser juiz federal para ser ministro porque ouviu que teria carta branca para combater a corrupção e a lavagem de dinheiro.

Pediu demissão diante as inúmeras interferências de Bolsonaro para frear o trabalho da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

Mais de 350 picaretas do Centrão ganham cargos e verbas bilionárias do presidente Bolsonaro. Onde está o discurso de combate a corrupção?

*Advogado e jornalista.



A realidade vai além da ficção

Por José Adalbertovsky*

Breaking news: a invasão dos bárbaros extraterrestres ao nosso planeta está sendo transmitida ao vivo, de costa a costa nos Estados Unidos da América, pela rádio CBS, relata o bicho-grilo Adalbertovsky do alto das montanhas da Jaqueira. “São travadas batalhas ferozes entre os terráqueos e os alienígenas. Os exércitos humanos são aterrorizados. Espalhou-se o pânico na face da terra. Os crentes prostraram-se de joelhos pediram clemência ao Criador.

“Mas, fique peixe. Esta foi uma obra de ficção. Aconteceu em 1938 no Programa radiofônico “A Guerra dos Mundos”, transmitido pela CBS, criação artística do cineasta Orson Welles com base em livro de ficção científica. Somente depois da transmissão os milhões de ouvinte foram alertados que se tratava de uma ficção artística. Em tempos da maldita pandemia, a realidade hoje vai muito além da ficção. A ficção de Orson Welles seria agora apenas uma inocente cantiga de ninar criança. “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia”, lembra a sublime criação de Wiliam Shakespeare.    

“O santíssimo bicho-grilo evangelista João cantou as guerras do fim do mundo na epopeia do Apocalipse, o mais maravilhoso livro já escrito na humanidade terrestre. “Houve batalhas no céu” (Apocalipse 12-7). Os Deuses do Olimpo castigam a humanidade terrestre. Os Deuses são desumanos, demasiadamente desumanos, no dizer de Nietzsche, ou são demasiadamente Deusumanos, desde os saudosos tempos do paraíso de Eva e Adão". 

“Até agora a humanidade terrestre não deu certo, a contar 100 mil anos de quando uma mulher feminina das cavernas deu à luz um bebê de Neandertal e depois o marmanjo se enroscou com uma  Mulher Sapiens. A história da desumanidade terrestre é uma história de guerras, dilúvios, pestes, pandemias, escravidão, guerras, a fome ancestral na África, terremotos, tsunamis, a servidão nos cinco continentes".

“A epopeia do Apocalipse do santíssimo bicho-grilo João evangelista é a epopeia dos martírios da humanidade”. O sermão surrealista do bicho-grilo Adalbertovsky está postado no Menu Opinião.

*Jornalista

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