Brasil : SEM CONTROLE
Enviado por alexandre em 14/04/2020 09:01:57

Desmatamento na Amazônia bate recorde neste primeiro semestre

Os alertas de desmatamento na floresta amazônica bateram recorde no primeiro trimestre de 2020, comparados ao registrado nos últimos quatro anos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

 

Entre janeiro e março, foram registrados alertas em uma área de 796,08 km², um aumento de 51,4% em relação a 2019 (525,63%). Em 2018, o território sob ameaça abrangia 685,48 km²; em 2017, 233,64 km² e, em 2016, 643,83 km².

 

Os alertas de devastação da floresta feitos pelo Inpe são realizados pelo sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), municiando operações de órgãos como o Ibama. A taxa de desmatamento é calculada por outro índice, o Prodes, divulgado anualmente.

 

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Desde o ano passado, a queda de operações do Ibama preocupa especialistas e contribui para a tomada de áreas da floresta para atividades ilegais, ligadas principalmente a mineração , especulação de terras e indústria madeireira.

 

A apuração dos dados do Deter chegou a ser questionada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e pelo presidente Jair Bolsonaro.

 

Em março, mesmo com o início da pandemia da Covid-19, as atividades ilegais continuaram ganhando força na mata. Neste mês, os alertas sobre o desmatamento aumentaram 29,9%.

 

Em entrevista à Época, o cientista sênior do Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia, Paulo Moutinho, afirmou que o coronavírus não impediria o crescimento de investidas contra o meio ambiente:

 

— Grileiros e especuladores de terra acham que o risco à saúde vale à pena — disse. — É, para eles, um bom momento para se aproveitar do patrimônio público. Eles colocam algumas cabeças de gado em um terreno, como se dissessem que ali há uma atividade produtiva, e vendem terras que são do poder público. É um lucro fácil.

 

Os madeireiros levaram a Covid-19 às aldeias. Um jovem yanomani de 15 anos morreu com em decorrência da doença. Outros dois indígenas também foram vítimas, mas ambos viviam em áreas urbanas – uma mulher da etnia kokama, de 44 anos, e um indígena tikuna, de 78.

 

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As áreas de preservação mais afetadas no primeiro trimestre de 2020 são a Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará; a área de proteção ambiental do Tapajós, também no Pará; e a reserva extrativista Chico Mendes, no Acre.

 

iG

 

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