Falhas gravíssimas, esse foi um dos termos utilizados pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, ao tratar sobre os valores e quantitativos apresentados pela SEDUC na compra de materiais esportivos na edição 2011 dos Jogos Escolares de Rondônia, o JOER.
A questão chega a ser assustadora, para se ter uma noção do desplante dos preços aceitos na licitação, apenas para comprar as bolas de jogos coletivos, a SEDUC alegou que seriam gastos incríveis R$ 1.047.903,94 (Um milhão, quarenta e sete mil, novecentos e três reais e noventa e quatro centavos), para a aquisição de inacreditáveis duas mil e trezentas bolas oficiais.
Tal proposta é claramente fora da realidade, porém, uma situação que vêm se tornando comum nos gastos dos representantes da “Nova Rondônia”, isenções fiscais milionárias, pequenas ajudas de custo para exposições agropecuárias acima de trezentos mil reais, e por aí vai.
O grande problema é que dessa vez não foi, o próprio TCE percebeu que se deixasse passar os gastos do JOER 2011, estaria assinando o termo de cumplicidade na volúpia de gananciosos e aloprados que não fazem a mínima cerimônia quando o assunto é gastar dinheiro público. O TCE fez certo, e não aceitou tal ofensa ao povo de Rondônia.
Em quem paga o preço? Milhares de jovens que esperam anualmente o JOER, estudantes dos mais longínquos municípios da imensa Rondônia, que perderam mais uma vez o motivo em porque confiar nos braços do governo.
A ganância e o despreparo mais uma vez venceram a dignidade e a vontade de criar uma nova geração de rondonienses, a de criar verdadeiramente uma nova Rondônia.
É inconcebível o que está acontecendo com o JOER, chega a dar asco, raiva e todos os sentimentos que temos quando estamos frente de algo ou alguém repulsivo.
Os responsáveis por esses absurdos precisam ser identificados, punidos e banidos da política ou de qualquer representatividade pública em Rondônia, pois conseguiram com seu senso de impunidade e psicopatia com o erário, afetar diretamente, crianças e adolescente, muitos desses que não terão nenhuma outra oportunidade na vida de participar de um evento esportivo do porte que era o JOER.
O pior de tudo, foi a nota enviada pelo novo secretário de educação Julio Olivar, prestem atenção em uma das desculpas pelo cancelamento do JOER 2001: “No entanto, a despesa não se traduziria em saldo efetivo. Os estudantes rondonienses classificados para as últimas edições das Olimpíadas Escolares, fase nacional dos jogos, obtiveram classificações pífias em razão do formato inadequado do JOER”.
Espera um pouco! Que lógica mental tardia, faz os representantes da SEDUC acreditarem que devido aos índices atletas estudantis de Rondônia nas competições nacionais serem “pífios” cancelar o JOER 2011 e estagnar a prática competitiva local em um ano vai melhorar o rendimento de nossos atletas?
Senhor secretário Julio Olivar, o problema não é a fórmula do JOER, nunca foi, o mau rendimento dos atletas estudantis de Rondônia em competições nacionais está ligado a falta de qualidade no ensino esportivo dentro das escolas.
O JOER, é apenas um evento que contempla a competência ou a incompetência da gestão esportiva de Rondônia dentro dos colégios, entendeu? Prefere que eu seja mais claro? Então vou ser.
Se não trabalhar dentro das escolas, as quadras esportivas, a qualificação dos professores de Educação Física, os materiais para a prática de esporte, os intercâmbios esportivos, apoio de competições locais, motivação dos alunos, e outra série de melhorias, o senhor e seus competentes assessores podem reformular o JOER um milhão de vezes e os números em competições nacionais continuarão a serem “pífios”.
Parabéns, os representantes da Nova Rondônia conseguiram mais uma vez derrubar com o pouco que estava em pé, andar para trás em algo que já estava á passa lentos.