Regionais : Coronavírus pode custar R$ 410 bilhões extras ao SUS, estima Ministério da Saúde
Enviado por alexandre em 26/03/2020 21:58:58


SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS

O novo coronavírus pode exigir R$ 410 bilhões a mais dos cofres públicos para que o Sistema Único de Saúde (SUS) consiga atender a população infectada. A projeção está registrada em documento enviado na terça-feira pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a Paulo Guedes, da Economia. Apesar do discurso do presidente Jair Bolsonaro, que tenta minimizar a gravidade da doença, o documento expõe a preocupação do ministério com o aumento das despesas para tratar um número cada vez maior de pessoas infectadas.

Para chegar à cifra de R$ 410 bilhões, a equipe da Saúde projeta, por exemplo, o custo de R$ 9,31 bilhões para internações, caso 10% da população seja contaminada. O valor é “conservador”, segundo o mesmo documento, “sendo necessário, assim, um aporte maior de recursos emergenciais”. O orçamento do Ministério da Saúde previsto para todas as ações da pasta neste ano é de cerca de R$ 125,5 bilhões. O documento enviado a Guedes afirma que, “como na maioria dos países”, os números de infectados no Brasil têm crescido de forma exponencial. “E há indícios de que estejam subestimados”.

A Saúde ainda alerta que a prevenção de uma epidemia se torna mais desafiadora e cara quando há falhas na prevenção de surtos. “A mitigação da epidemia continua sendo a única opção política. Atrasos na detecção e controle são, em última análise, muito caros, porque os custos de contágio e mitigação crescem exponencialmente”.

Depois de Mandetta afirmar que o SUS poderia entrar em “colapso” em abril pela covid-19, o presidente Jair Bolsonaro tem reforçado discursos em que minimiza os riscos. Mesmo integrando grupo de risco, por ter mais de 60 anos, Bolsonaro já afirmou que não teria problemas com a doença pelo seu “histórico de atleta” e disse que “depois da facada, não vai ser uma gripezinha” que o derrubaria. Continue reading


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Com o avanço do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil, asilos e casas de abrigos para idosos têm reclamado da falta de recursos e pedido ajuda ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, para comprar produtos de prevenção contra a pandemia. Segundo a responsável pela pasta, Damares Alves, desde janeiro deste ano essas instituições deixaram de receber uma verba importante para atender cerca de 78 000 pessoas da terceira idade — que se enquadram no grupo de risco da doença.

Preocupada com essa situação, a ministra Damares Alves solicitou que Paulo Guedes, chefe da equipe econômica, libere recursos para atender as necessidades das casas de abrigos de todo país. Segundo Damares Alves, essas “instituições estão sem o repasse dos recursos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) desde o mês de janeiro do corrente ano” e têm “demandado auxílio para aquisição de produtos e insumos destinados a prevenção e manuseio clínico do contágio com COVID-19”.

Com a liberação de verba para as casas de abrigos para idosos, segundo a ministra, será possível reduzir os quadros clínicos de urgência e evitar o aumento no número de mortes provocadas pelo coronavírus no país, já que a doença tem afetado principalmente pessoas acima de 60 anos de idade.

Procurado, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos disse que o assunto deve ser comentado pela pasta da Cidadania, responsável por administrar os recursos destinados às casas de abrigos para idosos. Questionado, o ministério da Cidadania informou que “determinou que seja reforçada a prioridade das políticas e ações voltadas para idosos que garantam que essa camada da população seja a mais protegida por todas as medidas de restrição social neste período de quarentena”. A pasta ainda informou que anunciou um aporte de 200 milhões de reais no Sistema Único de Assistência Social.

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