Política : SOB PRESSÃO
Enviado por alexandre em 13/03/2020 08:30:20

Governo se mexe para evitar quebradeira de empresas

Sob pressão diante do avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil, o governo começou a organizar uma reação para evitar quebradeira das empresas por conta da crise e anunciou nesta quinta-feira, a liberação de R$ 28 bilhões para dar fôlego à economia. 

O Ministério da Economia anunciou a antecipação da primeira parcela do 13.º aos segurados do INSS em abril, o equivalente a R$ 23 bilhões. O ministério também vai propor na semana que vem ao Conselho Nacional de Previdência Social a redução do limite de taxa de juros para empréstimos consignados em folha de pagamento dos beneficiários do INSS. Em outra frente, uma proposta será enviada ao Congresso para ampliar a margem do salário que pode ser comprometida com a parcela do financiamento. Hoje essa margem é de 30% em caso de empréstimo e 5% para cartão de crédito. O prazo de pagamento também deve aumentar, mas o secretário não detalhou os novos parâmetros.

Se nas primeiras semanas do avanço da doença, a ação do governo à turbulência do mercado esteve concentrada na mão do Banco Central, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, começou a acionar medidas mais pontuais também nas frentes fiscal e de crédito. Um comitê de monitoramento será formado pelo presidente Jair Bolsonaro para analisar as medidas a serem adotadas, a pedido de Guedes. O grupo trabalhará em diferentes dimensões e terá atualizações periódicas, a cada 48 horas. Continue reading

O secretário Waldery Rodrigues Junior Foto: Gustavo Raniere / Ministério da Economia

O Ministério da Economia voltou atrás, nesta quinta-feira, e disse que não estuda permitir um novo saque imediato para as contas ativas e inativas do FGTS. O estudo da medida foi anunciado mais cedo pelo secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Junior (foto).

Depois, em nota divulgada pela assessoria de imprensa, o ministério informou: “O Ministério da Economia informa que não está em estudo nenhuma medida de Saque-Imediato das contas do FGTS”.

Perguntado por jornalistas, nesta quinta-feira, se o governo estudava uma nova rodada de saques do FGTS, Waldery afirmou:

— É uma medida que estamos analisando, respeitando a sustentabilidade do fundo, e o dinheiro dos cotistas.

Os saques imediatos do FGTS começaram em setembro para os correntistas da Caixa, que tiveram o crédito automático em conta, e em outubro para não correntistas. Pelas regras atuais, quem ainda não sacou o dinheiro tem até o dia 31 de março para fazer a retirada.

Primeiro, o governo lançou um calendário de até R$ 500 por conta vinculada do FGTS. Depois, decidiu liberar a retirada da totalidade das contas que possuíam saldo de até R$ 998.

Segundo informou a Caixa Econômica Federal, quase 37 milhões de trabalhadores que têm direito ao saque ainda não resgataram os recursos. Até fevereiro, ainda restavam R$ 15 bilhões para serem sacados. De acordo com a Caixa, foram resgatados R$ 27,65 bilhões, o que beneficiou um universo de 60 milhões de pessoas.

O saque imediato não tem relação com o saque-aniversário, que só começa a ser pago em abril de 2020. Essa liberação abrange contas vinculadas do FGTS que ainda estão recebendo depósitos do empregador atual e também de empregos anteriores, as chamadas contas inativas.

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