Regionais : Coronavírus: estudo diz que Brasil pode ter 30 mil casos em 21 dias
Enviado por alexandre em 12/03/2020 09:16:11


Estudo divulgado pelo Instituto Pensi, centro de pesquisa clínica em pediatria do Hospital Infantil Sabará, traz um cenário preocupante em relação ao avanço do coronavírus no Brasil. De acordo com análise divulgada nesta quarta-feira (11), o país poderá chegar a mais de 4 mil casos em 15 dias e cerca de 30 mil em 21 dias. A previsão foi feita a partir da confirmação de mais de 50 registros da doença no Brasil.

Ainda segundo o estudo, o Brasil pode precisar de cerca de 2,1 mil leitos hospitalares, sendo pelo menos 525 em unidades de Terapia Intensiva (UTIs) apenas nos primeiros 21 dias, após comprovação de 50º caso.

“O grande desafio é a velocidade com que o novo coronavirus-19 se espalha e gera pacientes graves”, aponta a análise, que levou em consideração a evolução da doença em países como a Coreia do Sul, Irã, Itália, França, Alemanha e Espanha.

De acordo com o documento, o cenário exige respostas rápidas e coordenadas dos sistemas público e privado de saúde, que devem agir em parceria.

À noite, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmou que o Brasil deve viver semanas “duras” após o começo da transmissão comunitária (nessa fase da doença, já não é possível identificar quem transmitiu o vírus para quem) do novo coronavírus. “Vamos passar por isso. Vai ser duro. Vão ser mais ou menos umas 20 semanas duras”, avaliou Mandetta ao Estadão/Broadcast.

Também nesta quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia de coronavírus. A reclassificação ocorreu horas após o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarar que a ameaça de uma pandemia do coronavírus se tornou “bastante real”.

Estatísticas

No mundo, há mais de 118 mil casos, em 114 países, e 4.291 mortes em decorrência da doença. Os sintomas da Covid-19 são semelhantes aos de uma gripe comum na maioria das pessoas e, para evitar a propagação do vírus, os órgãos recomendam medidas de higiene simples, como lavar as mãos regularmente e usar álcool em gel.

De acordo com a OMS, o número de casos, mortes e países afetados deve subir nos próximos dias. Nas últimas duas semanas, a quantidade de ocorrências fora da China aumentou 13 vezes e o de países afetados triplicou.

Segundo o Ministério da Saúde, o Distrito Federal possui dois casos confirmados e 74 suspeitos do novo coronavírus. A pasta informa que foram descartados 28 pacientes que se encaixavam na definição.

No Brasil, até o momento, o país tem 52 casos confirmados, 907 sob investigação e 935 descartados. Foram incluídos os casos de Porto Alegre e outros dois no Rio de Janeiro. Agora, há casos registrados no estado fluminense, Espírito Santo, Bahia, São Paulo, Alagoas, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Minas Gerais.



Após uma série de ataques proferidos dentro da Câmara dos Deputados contra jornalistas, como a fala de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) contra a repórter Patrícia de Campos Mello, da Folha de S. Paulo, diversas organizações da sociedade civil, preocupadas com a escalada de ataques de autoridades a profissionais da imprensa, se reuniram nesta quarta-feira (11) com o presidência da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

As organizações discutiram sobre liberdade de imprensa e o direito à informação como pressupostos para o Estado de Direito e o respeito às instituições democráticas. Estavam presentes a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Intervozes, Conectas Direitos Humanos e Artigo 19. O deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP) articulou o encontro e acompanhou as entidades durante a reunião.

“A ofensiva contra a liberdade de imprensa é grave violação de direitos humanos e a Câmara dos Deputados deve atuar para conter esses abusos, não permitindo que ataques aconteçam em suas comissões e dependências. Esse foi um dos pedidos que levamos ao presidente Rodrigo Maia”, explica a representante da Conectas, Camila Asano.

Camila relata que a reunião foi positiva e que Rodrigo Maia afirmou que tem esse compromisso com a liberdade de imprensa. Durante o encontro, Maia ressaltou ainda que os ataques que Bolsonaro faz à imprensa, repercutem negativamente no cenário internacional, o que gera prejuízos para o crescimento do país.

A reunião aconteceu após ataques virtuais endossados por representantes do governo e do Congresso a jornalistas como Patrícia Campos Mello e Vera Magalhães. Em sua própria Facebook Live semanal, o presidente Jair Bolsonaro reforçou as críticas, convocando empresas a boicotarem veículos de imprensa que publicam conteúdos críticos ao governo. Continue reading

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