Política : KAJURU NA VEIA
Enviado por alexandre em 27/02/2020 08:30:07

"Governo tem razão, tem muito chantagista no Congresso"

Confirmando presença nas manifestações marcadas para dia 15 de março, o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) endossou as críticas do ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, a supostas “chantagens” do Congresso. “O governo tem razão, tem muito chantagista lá”, afirmou ele.

“Eu vou [aos protestos] porque é uma coisa normal para mim, todo mundo merece manifestação contra e tem muita gente ruim lá, do mesmo jeito que tem muita gente boa”, pontuou.

Segundo ele, “ou as pessoas se enganaram ou não quiseram entender” que Bolsonaro não falava dos parlamentares de forma generalista. “Em nenhum momento o presidente quis dizer que todo mundo no Congresso é igual, até por que ele permaneceu lá por sete mandatos. Entre os 594 [deputados e senadores], tem muita gente boa.”

Apesar de concordar com as críticas do auxiliar de Jair Bolsonaro (sem partido), contudo, Kajuru cobrou que o presidente exponha quem são os tais chantagistas, em vez de generalizar uma crítica ao Congresso. “Não dá nome por quê? Quer negociar com essa pessoa depois, não tem coragem? Generalizar é irresponsabilidade, é algo que eu nunca vou aplaudir”, rebateu o senador.

“Nós sabemos quais são os Aécios (Neves, deputado federal pelo PSDB-MG) no Senado e na Câmara dos Deputados. O Álvaro Dias (senador do Podemos-PR) pediu dinheiro ao governo? Eu sei que não. O Randolfe (Rodrigues, senador pelo Podemos do AP) pediu? Não. Eu queria era a verdade, ele falar quem é que está chantageando. Chantagem de quem, cara pálida?”. Continue reading


Investidor olha para a tela de seu computador durante o pregão na bolsa de Xangai, na China - 08/07/2015https://abrilveja.files.wordpress.com/2016/06/alx_economia-bolsa-xangai-20150708-01_original.jpeg?quality=70&strip=all&resize=420,280 420w, https://abrilveja.files.wordpress.com/2016/06/alx_economia-bolsa-xangai-20150708-01_original.jpeg?quality=70&strip=all&resize=360,240 360w, " data-pin-nopin="false" width="618" height="412" />

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, viveu o inferno em plena quarta-feira de cinzas, (26). Depois de passar dias fechada para as comemorações do Carnaval pelo país, enquanto via outros mercados amargurarem perdas consecutivas desde a última segunda-feira (24), o principal índice da Bolsa brasileira encerrou o dia em queda acachapante, de 7%. A perda de valor é histórica. O índice recuou de 113.646 pontos para 105.718 pontos. Para falar em valores, “sumiram” da bolsa 290 bilhões de reais — valor proporcional ao quanto vale o banco Itaú. Foi o pior desempenho para um dia desde 18 de maio de 2017, quando o mercado repercutiu a divulgação das conversas do ex-presidente Michel Temer com Joesley Batista, um dos donos da companhia frigorífica JBS — o evento ficou marcado como “Joesley Day” pelos investidores.

O motivo, em suma, para tamanha desventura no mercado de ações do país é de que o coronavírus (batizado de covid-19) tem ultrapassado as fronteiras. Na manhã desta quarta-feira, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso no país — outros vinte estão sob suspeita. Quase 3.000 pessoas já morreram mundo afora devido ao contágio — ao menos 44 países já confirmaram casos do vírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda descarta o risco de uma “pandemia” para a doença, mas diz que o surto deve ser tratado como emergência internacional.

A China, epicentro da enfermidade, tenta retomar a normalidade de sua produção aos poucos. No auge da doença, lojas e fábricas foram paralisadas. Pessoas em quarentena, em seus próprios lares, não se deslocavam nem aos supermercados, bares e restaurantes, por ordem do governo chinês. O resultado disso se mostrou instantâneo. A Apple, que detém boa parte de sua produção no país asiático, admitiu que não irá atingir sua meta de faturamento para este trimestre. Nesta quarta-feira, foi a vez de Danone e Diageo — dona das marcas Johnnie Walker, Smirnoff e da cachaça brasileira Ypióca — revisarem suas projeções para baixo. A companhia de bebidas alcoólicas britânica projeta um impacto de até 325 milhões de libras para as vendas do ano de 2020.

Companhias aéreas, montadoras, fabricantes de smartphones e empresas de turismo também serão impactadas com o coronavírus. Apesar desta ressaca sem fim aparente, a maioria dos bancos de investimentos instalados no país mantém as projeções para o Ibovespa este ano. A XP Investimentos, por exemplo, estima que a Bolsa registrará 140.000 pontos ao fim de 2020. “Ainda é difícil falar de revisão não só para o mundo como para o mercado doméstico também”, diz Betina Roxo, analista da XP. “Essa pressão sobre o Ibovespa continuará sendo vista no curto prazo. Mas ainda acreditamos que o Brasil conseguirá alcançar um crescimento de 2,3% para o PIB este ano”, complementa.

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