Política : O JEITINHO
Enviado por alexandre em 05/02/2020 08:50:48

Governo paga pensão para 52 mil filhas solteiras

O pagamento de pensão para filhas solteiras não é exclusividade do Congresso Nacional e dos militares. No Poder Executivo, ao menos 52.000 mulheres recebem o benefício pelo fato de não terem se casado no papel e seus pais, todos civis, terem trabalhado para a União até 1990.

O dado consta de documentos do Ministério da Economia e foi divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira (04). A reportagem mostra que há uma pensionista que recebeu R$ 3.000 em dezembro passado, mas R$ 233,4 mil em novembro.

As informações dos únicos dois meses só estão disponíveis por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), em acolhimento a denúncia do site Fiquem Sabendo, segundo apuração do Estadão. Somente nos dois últimos meses do ano, o custo do benefício para a União foi de R$ 630,5 milhões. Os dados totais não estão disponíveis.

Questionado sobre valores muito acima do teto do funcionalismo – de R$ 39 mil– como nos casos em que houve pagamento superior a R$ 200 mil, o Ministério da Economia informou ao Estadão apenas que a folha de novembro traz a 2ª parte da gratificação natalina dos servidores, aposentados e pensionistas.

O Estadão localizou a advogada de uma pensionista solteira que recebeu R$ 81 mil em novembro e R$ 41 mil em dezembro, mas ela disse que não comentaria o assunto. O governo não se manifestou sobre remunerações específicas, que podem conter verbas retroativas ou benefícios acumulados.

A “bolsa solteira” foi criada por uma lei de 1958, já revogada, com a justificativa de que as mulheres não poderiam se sustentar sem um pai ou um marido. O benefício também é garantido até o fim da vida às filhas solteiras de ex-congressistas e de ex-servidores do Congresso que não se casam ou não têm emprego público. Continue reading


Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara: uma das mais visadas pelas siglas Foto: Jorge William / Agência O Globo

A Câmara dos Deputados terá, nas próximas semanas, uma negociação acirrada dos partidos pelas comissões da Casa, colegiados onde geralmente são iniciados os debates dos projetos e que também atuam na fiscalização do Executivo, com medidas como a convocação de ministros. Além da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Câmara, que deixa de ser do PSL e é alvo de cobiça pelo centrão, deve haver disputa acirrada pelo comando do colegiado que trata de Educação, especialmente pelas sucessivas crises envolvendo o ministro da área, Abraham Weintraub.

Por ter a maior bancada e ter apoiado a eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, o PSL teve o direito de indicar o presidente da CCJ no ano passado. Neste ano, porém, a comissão deve ficar com um parlamentar do Republicanos, MDB ou PDT, conforme um acordo firmado por Maia no ano passado.

Para complicar a equação, porém, o PP também tem a pretensão de ficar com a CCJ. O partido não foi citado por Maia entre os que tinham negociado um “revezamento”, mas é o primeiro na fila para escolher a comissão depois do PSL, na ordem definida no ano passado. Por isso, vai tentar exercer essa preferência.

Todos os presidentes das comissões serão trocados com o início do ano legislativo. Só após a definição de quem vai ficar com a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) os demais partidos conseguirão negociar os outros colegiados, alguns deles também cobiçados por diversas siglas. Eduardo Bolsonaro, atual líder do PSL na Câmara, diz que a legenda ficará com a comissão de Finanças e Tributação.

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