Brasil : CORONAVÍRUS
Enviado por alexandre em 30/01/2020 08:36:45

Tempo de incubação do vírus é de cinco dias

Estudo: tempo de incubação do novo coronavírus é de cinco dias

Foto: Funcionários de um hotel de Wuhan, na China, em 28 de janeiro de 2020 - AFP

Da ISTOÉ - Por AFP

O período de incubação do novo coronavírus que surgiu em Wuhan, no centro da China, é de 5,2 dias, em média, embora possa ter variações de paciente para paciente, descobriram pesquisadores chineses em um dos maiores estudos publicados até agora sobre a epidemia.

A estimativa de caráter preliminar e “imprecisa”, passível de grande variação, justifica “um período de observação ou de quarenta de 14 dias para as pessoas expostas” ao vírus, escreveram os pesquisadores das autoridades chinesas neste estudo, que foi publicado pela revista médica americana New England Journal of Medicine (NEJM).

Em um boletim divulgado na segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde menciona um período de 2 e 20 dias para o aparecimento dos sintomas, caracterizados por febre, tosse e dificuldade respiratória aguda.

A estimativa do período de incubação do 2019-nCoV foi realizada a partir de 10 pacientes, mas os cientistas estudaram os primeiros 425 afetados para estabelecer as características básicas da epidemia, dos quais a metade tinham 60 anos ou mais. Nenhum destes pacientes tinha menos de 15 anos.

A epidemia do novo coronavírus deixou mais de cem mortos e 4.500 afetados no gigante asiático. A OMS considera a ameaça “alta”, sem ativar ainda um alerta de saúde internacional.



Brasil não restringirá entrada de pessoas vindas da China

Imagem: Reuters

Por Agência Brasil

O ministério da Saúde (MS) afirmou ontem que não fará qualquer restrição à entrada de chineses no Brasil. Mesmo com a crescente epidemia de coronavírus – que se alastrou pela China – o governo brasileiro não fechará as portas para os chineses. A título de precaução, o MS tem recomendado que as pessoas evitem viajar para aquele país e que empresários evitem receber pessoas vindas da China para reuniões presenciais.

“Nossa recomendação é que não se viaje para a China. Não cabe ao governo brasileiro recomendar que os chineses saiam de lá ou não, mas estamos recomendando as empresas brasileiras que evitem reuniões presenciais com pessoas que vieram da China”, disse José Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do MS.

O ministério também considera que a recomendação do próprio governo chinês para que sua população evite viajar ajudará a reduzir o fluxo de visitas. “Essa recomendação pode até virar restrição, mas isso não tem interferência nossa”, acrescentou o secretário-executivo.

Questionado, o diretor do Departamento de Imunização de Doenças Transmissíveis, Julio Croda, disse que a medição de temperatura do visitante ao chegar no país não é uma medida efetiva e, por isso, não há preocupação em aplicá-la. A recomendação para os que chegaram da China há poucas semanas é procurar uma unidade de saúde assim que surgirem os sintomas de febre e tosse.

Croda, no entanto, destaca que caso os sintomas não sejam graves, a pessoa pode se manter isolada em casa. Com isso, há diminuição, inclusive, da circulação viral entre outros usuários das unidades de saúde. “É muito recomendado que se o paciente não apresenta sintomas que indiquem internação hospitalar, que possa ser feito isolamento domiciliar. Isso está no nosso protocolo”.

O potencial de letalidade do coronavírus ainda não é conhecido. O ministério aguarda dados mais completos da Organização Mundial de Saúde (OMS) a respeito das chances de morte dos portadores do vírus. O recomendado, até o momento, são medidas básicas de higiene para reduzir as chances de contrair o coronavírus: lavar as mãos regularmente e levar a mão à boca na hora de espirrar.

Em 2005, outro tipo de coronavírus, a chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), contaminou mais de 8 mil pessoas, matando cerca de 800. O que o MS sabe é que o novo vírus é menos perigoso, mata menos que a Sars, mas se espalha com mais facilidade.

Carnaval

Por enquanto, o ministério não considera adotar nenhuma medida que altere de alguma forma as festas de carnaval, que acontecerão na segunda metade de fevereiro. A princípio, explicou Gabbardo, serão feitas ações visando a prevenção. Mas esse planejamento pode mudar caso o quadro da epidemia comece a evoluir no Brasil. No momento, não existe nenhum caso confirmado de pacientes portadores do coronavírus no país.

“Não existe nenhuma decisão do ministério da Saúde, neste momento, de alguma interferência ou intervenção mais drásticas em relação ao carnaval. Vamos divulgar para as pessoas o que elas podem fazer para reduzir a possibilidade de transmissão. Vai depender do que acontece nos próximos dias e semanas. Não é uma decisão definitiva”.

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, acrescentou que o Brasil está no verão e que, por isso, é muito pequena a possibilidade de uma doença respiratória se alastrar por aqui nos moldes do que ocorre na China. Por isso, nenhuma medida mais extrema será tomada a menos que seja realmente necessário. “Não vamos tomar nenhuma medida de exceção por precaução, fazendo ações que impliquem na decisão das pessoas sem termos muita clareza da tomada dessa decisão”.

O Ministério da Saúde (MS) informou hoje (29) que existem nove casos considerados suspeitos de coronavírus no Brasil. São três casos em São Paulo, dois em Santa Catarina, e um caso nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Ceará.

Atualmente, 6.165 casos foram confirmados em todo mundo, sendo 6.070 somente na China. Naquele país 133 pessoas já morreram por conta do coronavírus. A doença chegou a 15 outros países, como Japão, Estados Unidos, França, Austrália, Emirados Árabes e Alemanha. Hoje foi confirmado o primeiro caso na Finlândia. Não houve ainda nenhuma morte em outros países.


Países com casos confirmados de coronavírus

Passageiros lotam estação ferroviária de Pequim - AFP

Do Terra - Por AFP

Segue abaixo a lista dos países que anunciaram casos de contágio de um novo coronavírus, da mesma família da Sars, desde o seu surgimento, em dezembro, em Wuhan, centro da China.

– China

São 170 mortos e 7.700 casos confirmados em todo o país, de acordo com o último balanço oficial desta quinta-feira (30).

A maioria das vítimas está na província de Hubei (centro).

Macau, um popular centro de apostas entre turistas do continente, confirmou sete casos até terça-feira.

Em Hong Kong, dez pessoas são portadoras da doença. Dessas, seis chegaram através de um terminal ferroviário de alta velocidade recém-construído que conecta a cidade ao continente.

Foi reportado um caso na região do Tibet.

– Japão 

As autoridades sanitárias do Japão confirmaram 11 casos, e o primeiro do país de transmissão de humano para humano.

Segundo as autoridades japonesas, o homem infectado de 60 anos não havia visitado Wuhan, mas havia transportado recentemente turistas da área em seu ônibus.

Em 30 de janeiro, o Ministério da Saúde informou que três das 206 pessoas evacuadas da cidade chinesa de Wuhan estavam contaminadas pelo novo coronavírus.

– Malásia 

Sete casos confirmados, todos hospitalizados e estáveis.

– Singapura

Dez casos confirmados. Todos os pacientes chegaram de Wuhan.
 
– Coreia do Sul

Até agora, existem quatro casos confirmados. Em 20 de janeiro, o primeiro caso foi confirmado, uma mulher de 35 anos que viajou para Wuhan. O quarto é um homem de 55 anos que também estava em Wuhan.

– Taiwan 

Taiwan confirmou oito casos até agora, sendo dois últimos em mulheres chinesas, com setenta anos, que chegaram ao país como parte de um grupo de turistas em 22 de janeiro.

– Tailândia

A Tailândia anunciou 14 infecções confirmadas na terça-feira, a taxa mais elevada fora da China.

As autoridades de saúde disseram que dos seis novos casos – todos os turistas chineses em Wuhan – cinco pertencem à mesma família, com idades entre 6 e 70 anos.

– Vietnã

Dois casos confirmados. São dois chineses, um homem que chegou em 13 de janeiro de Wuhan e seu filho, morador da cidade de Ho Chi Minh, no sul do Vietnã.

– Nepal

O Nepal confirmou que um homem de 32 anos de Wuhan estava com a doença. O paciente, que se encontrava inicialmente em quarentena, se recuperou e recebeu alta.

– Camboja

O ministério da Saúde do Camboja informou na segunda-feira o primeiro caso do vírus no país. Um homem de 60 anos que chegou de Wuhan e agora está estável em uma ala de isolamento.

– Sri Lanka

Um caso. O primeiro caso na ilha foi confirmado em 27 de janeiro: um turista chinês de 43 anos que chegou da província de Hubei.

– Austrália

Sete casos confirmados.

– Estados Unidos

Cinco casos confirmados: na Califórnia, Arizona, Illinois e no estado de Washington. Todos eles visitaram Wuhan, segundo as autoridades.

– Canadá

O Canadá confirmou seu primeiro caso do vírus na segunda-feira, um homem que viajou para Wuhan, e relatou um segundo caso – sua esposa – que fez a viagem com ele.

– França

A França tem cinco casos confirmados, um em Bordeaux e quatro em Paris. Três pacientes visitaram a China e estão isolados. O quarto é um turista chinês em estado grave, internado em Paris.

– Alemanha

Quatro casos. Na terça-feira à noite foram anunciados três casos adicionais de infecção com o vírus 2019-nCoV na Baviera, sul da Alemanha. São funcionários da mesma empresa em que foi identificado o primeiro caso. As autoridades informaram que o primeiro paciente foi infectado por outra pessoa em território alemão, o que que representa a primeira transmissão do vírus em solo europeu.

– Finlândia

Primeiro caso confirmado na quarta-feira, um turista chinês procedente de Wuhan.

– Emirados Árabes Unidos

Quatro casos confirmados na quarta-feira, todos membros de uma família chinesa de Wuhan.

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