Política : O ESCOLHIDO
Enviado por alexandre em 08/01/2020 08:36:50

Parte da ala militar do governo já trabalha pela candidatura de Moro à Presidência

Sem alarde, mas com muito empenho, uma parte da ala militar que continua no governo já trabalha pela candidatura do ministro da Justiça, Sergio Moro, à Presidência da República em 2022. Esses militares têm certeza de que Moro vai entrar na disputa pelo Planalto, mesmo que o presidente Jair Bolsonaro concorra à reeleição.

Nada, porém, relacionado a Moro será definido de forma precipitada. O ministro sabe de seu potencial nas urnas, já conversou sobre isso com alguns amigos muito próximos, mas se convenceu de que ainda é muito cedo para falar do assunto. Mais: não quer ser visto como traidor. O tempo, acredita ele, será seu aliado. 

Entre os militares que veem Moro como opção para a Presidência da República acreditam que Bolsonaro vai se desgastar muito até o início da campanha, porque não consegue domar sua tendência a gerar polêmicas. Num país com tantos problemas, o ocupante do Planalto deve optar pela sensatez. Moro está mais adequado a esse perfil, acreditam.

Paulo Guedes

Outro ponto importante, segundo os militares: Moro, se candidato e eleito, tenderá a manter Paulo Guedes no comando do Ministério da Economia. Os dois são muito próximos, jantam frequentemente em Brasília. Foi Guedes quem intermediou a aproximação entre Moro e Bolsonaro.

Com a promessa de Guedes no comando da Economia, ressaltam os militares que defendem Moro na Presidência, o ex-juiz terá todo o apoio do mercado financeiro. Há, inclusive, banqueiros trabalhando na mesma direção desses militares para que o ministro da Justiça se jogue de vez na política.

Todas as pesquisas de popularidade apontam Moro como o líder mais confiável do país na atualidade. O único a ter índices mais próximos aos dele é o ex-presidente Lula, que os militares querem ver pelas costas. Moro sabe que, com esses indicadores, sai na dianteira de qualquer disputa para o cargo mais importante do país.

Estocadas

Quem transita pelo Palácio do Planalto admite que Bolsonaro está consciente da possibilidade de Moro sair candidato à Presidência da República. Não por acaso, sempre que possível, o presidente faz questão de dar umas estocadas no subordinado. A mais recente, e mais pesada, foi a manutenção dos juízes das garantias no pacote anticrime aprovado pelo Congresso. Continue reading

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta terça-feira (07) que privatizaria os Correios, se pudesse, e que esse é um objetivo da equipe econômica do governo em 2020, embora considere a tarefa difícil.

“A gente pretende. Se pudesse privatizar hoje, privatizaria. Mas não posso prejudicar o servidor dos Correios. É isso”, falou pela manhã na entrada do Palácio da Alvorada. As informações são do Uol.

Na conversa, Bolsonaro lembrou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que definiu que as empresas-mães, como o Correios, não podem ser privatizadas sem o aval do Congresso e afirmou que uma possível privatização da empresa mexeria com muitos funcionários.

“Você mexe nessas privatizações com centenas, dezenas de milhares de servidores. É um passivo grande. Você tem que buscar solução para tudo isso. Você não pode jogar os caras para cima. Eles têm que ter as suas garantias. Tem que ter um comprador para aquilo. É devagar. Tem o TCU com lupa em cima de você. Não são fáceis as privatizações”, disse.

Bolsonaro comparou a situação com a de um médico que prescreve um remédio, mas não tem certeza da eficácia do tratamento. Neste momento, disse ter tomado três comprimidos em casa e não saber se será curado.

Questionado se está se sentindo mal, disse ser “rotina” devido às cirurgias após o atentado sofrido em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral. “Quatro cesarianas enormes. Quatro filhos do Adélio”, afirmou comparando suas cirurgias a procedimentos obstétricos.

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