Regionais : Estado de Pernambuco é exemplo de corrupção e todo tipo de malandragem com o dinheiro do povo
Enviado por alexandre em 18/12/2019 08:47:25

Blog de Noélia Brito

Consulta ao Portal Tome Conta do TCE/PE aponta para pagamentos de pelo menos da R$ 48.320.523,00, pelo Estado de Pernambuco, à empresa Brink Mobil, cujo sócio, Waldemar Àbila, foi um dos alvos da Operação Calvário, deflagrada hoje pela Polícia Federal, pelo MPF e pelo Gaeco do MP-PB, na Paraíba e em outros Estados e que resultou na expedição de mandado de prisão preventiva contra o ex-governador daquele Estado, Ricardo Coutinho, do PSB, por liderar uma organização criminosa que teria recebido mais de R$ 120 milhões em propinas oriundas de contratos superfaturados e fraudulentos nas áreas de saúde e educação.

De acordo com a decisão de 206 páginas que mandou prender o ex-governador, que continua foragido, vários secretários, o ex-procurador geral do Estado, deputados e prefeitos do PSB da Paraíba, o dono da Brink Mobil teria realizado pagamentos de propina ao governador e a outros integrantes do governo em percentuais que variavam entre 5% e 30%. Para operacionalizar os pagamentos de propinas, representantes da organização criminosa seguiam para Curitiba em aviões fretados pela empresa e lá recebiam os valores ilícitos em espécie. O esquema foi delatado por cúmplices de Coutinho.



Arthur Souza/LeiaJáImagens/Arquivo

O olhar parece ser a comunicação universal entre todas as espécies. Sem rochas para virar, um tronco para se esfregar, terra para cavar ou mesmo tanque adequado para se banhar, o letárgico casal de ursos pardos alojados no Parque Estadual Dois Irmãos (PEDI), localizado na Zona Norte do Recife, é incapaz de transmitir felicidade aos visitantes. O macho, nascido em 1998, e a fêmea, do ano de 2001, vêm sendo mantidos no equipamento estadual sob a promessa de condições dignas durante boa parte de suas vidas, assim como os demais cerca de 600 animais que habitam o local. Desde 2011, arrasta-se o processo de reforma do Parque, que segue sem prazo ou perspectiva de conclusão. Embora defenda que não possui recursos para colocar o projeto Bioparque em prática, o Governo de Pernambuco chegou a contar, em 2013, com R$ 278,14 milhões oriundos de compensação ambiental. O montante, contudo, foi direcionado, a partir de algumas leis assinadas pelo governador Paulo Câmara (PSB), para outras finalidades, como a construção de cinco barragens no Estado, das quais apenas uma foi concluída. 

Criada no ano 2000 através da lei federal nº 9.985, a Compensação Ambiental é um mecanismo financeiro imposto aos empreendedores responsáveis por obras de grandes impactos negativos não mitigáveis ao meio ambiente. “Quando você instala uma refinaria, por exemplo, destrói tudo que há em volta e esse impacto tem que ser compensado. Essas verbas são cobradas pelo estado através de sua agência ambiental, que gere o fundo estadual do meio ambiente. Esse dinheiro é ‘carimbado’, ou seja, só pode ser utilizado com a recuperação de ambientes degradados”, explica o promotor de Justiça de Meio Ambiente do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) Ricardo Coelho.

Foi ele, aliás, que, em 2015, propôs uma ação civil pública exigindo que o Governo do Estado iniciasse a reforma do Parque, cujo investimento era previsto em R$ 58 milhões. ”A Justiça recebeu essa ação mas ainda não proferiu julgamento. Já o Estado, a contestou, alegando que iniciou a reforma do zoológico”, afirma. Continue reading


https://s2.glbimg.com/rl1Eoa7WhXXulqY2lRRTQdGs4bg=/0x0:1920x1080/1000x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/n/g/BzeOuLTyKVSB52YdyiZQ/arena-de-pernambuco.jpg

G1

O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE) julgou, nesta terça-feira (17), irregulares os processos sobre a obra e a gestão da Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. O tribunal apontou que houve superfaturamento de R$ 81,3 milhões no contrato de construção e de concessão para a exploração do estádio, que ficou pronto para a Copa das Confederações, de 2013, e para a Copa do Mundo, de 2014.

Segundo o TCE, os valores superfaturados são ainda maiores, atualmente. Corrigidos pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), com data-base de novembro de 2019, eles correspondem a R$ 144.650.154,43.

A sessão de julgamento, que aconteceu na sede do TCE-PE, no Centro do Recife, começou na manhã desta terça (17) e terminou 12 horas depois. Ao todo foram julgados quatro processos, duas auditorias especiais, uma denúncia e o julgamento do cumprimento de um Termo de Ajuste de Gestão.

De acordo com o conselheiro Dirceu Rodolfo, que atuou como relator dos processos, também ficou constatada irregularidade no acordo entre as empresas responsáveis pela obra para vencer a licitação, entre elas a Odebrecht. O conselheiro afirmou, no entanto, que não houve prejuízo aos cofres públicos.

“Houve a construção da Arena de Pernambuco. Ainda havia um valor a ser pago pelo estado. Fizemos um encontro de contas e descobrimos que não havia dano configurado, por causa da rescisão contratual. Houve o abortamento de uma coisa que iria durar 30 anos”, declarou.

Em seu voto, o conselheiro Dirceu Rodolfo apontou “fragilidades e inconsistências” nos estudos de viabilidade e projeto básico da Parceria Público da Privada (PPP) da Cidade Copa. Continue reading

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia